O Fokker 100 (modelo F.28 MK
0100, tipo ICAO F100) é um avião comercial bimotor de grande porte,
projetado e construído pela fabricante holandesa Fokker para atender
pedidos de companhias aéreas que atuam no mercado de transporte aéreo
doméstico e regional.
Com design baseado no antecessor
Fokker F28, foi lançado em 1983 juntamente com o turboélice Fokker 50. O
primeiro voo ocorreu em 1986.
No Brasil, a Avianca rebatizou a
aeronave com o designador MK-28. Foi a maior aeronave construída pela
Fokker.
Em relação ao Fokker F28, as
principais mudanças estão na fuselagem bem mais alongada, que acomoda
cerca de 108 passageiros com razoável conforto, a aviônica sofisticada e
a econômica motorização Rolls-Royce Tay 650, com reduzido nível de
ruído, dentro do limite Stage III, e com cerca de 15.000 libras de
potência individual para a decolagem.
A boa combinação de asas retas e
motores turbofan potentes e econômicos resultou numa aeronave ideal para
operar em aeroportos com pistas de médio tamanho, e deu o conforto e a
velocidade de um avião a jato aos passageiros da aviação regional. Em
função disso, o Fokker 100 é considerado um sucesso de vendas da
companhia holandesa.
Design e Desenvolvimento
O desenho do Fokker 100 foi
anunciado em 1983 como uma substituição atualizada de seu antigo e já
defasado jato comercial F28 Fellowship. Apesar da maioria das partes
entre as duas aeronaves serem diferentes, o Fokker 100 foi certificado
pela FAA - Federal Aviation Administration como Fokker 28-0100. A
distinção mais notável foi a fuselagem consideravelmente mais longa, que
aumentou o número de assentos em 65%, indo de 65 nas séries originais do
F28 para cerca de 108 em classe única, com assentos triplos e duplos.
A Fokker também introduziu uma asa
redesenhada para o 100, que garantia um ganho em eficiência de até 32%
nos voos de cruzeiro. A Fokker optou pelos econômicos e modernos motores
turbofan Rolls-Royce Tay, enquanto a cabine foi aperfeiçoada com um
pacote de instrumentos EFIS (navegação por instrumentos).
O Fokker 100 apresenta motores
montados na fuselagem e cauda em "T", semelhante aos modelos da família
DC-9, MD-80 e MD-90 da norte-americana McDonnell Douglas. Diferente de
seu antecessor, não possui janelas acima do cockpit, conhecidas como "eyebrow
windows".

O primeiro protótipo do
Fokker 100, no Aeroporto de Amsterdam, na Holanda, nos anos 1980
Foto:
Frank Schaefer (airliners.net)
Dois protótipos foram construídos -
o primeiro, PH-MKH (foto acima), voou sua primeira vez em 30 de novembro
de 1986 e o segundo, PH-MKC, em 25 de fevereiro de 1987. O certificado
de tipo foi alcançado em novembro de 1987.
As primeiras entregas dos
motorizados com o TAY620-15 se iniciaram para a Swissair em fevereiro de
1988. A American Airlines utilizou 75 aeronaves encomendadas, a TAM -
Transportes Aéreos utilizou cerca de 50 aeronaves e a US Airways outras
40. Essas grandes empresas foram os principais clientes da Fokker na
década de 1990, os principais operadores do Fokker 100, estes com
motores TAY650-15.
No ano de 1991 foram produzidas 70
unidades, com mais de 230 pedidos. Uma versão ER (Extended Range), com
tanques adicionais das asas foi introduzida em 1993, e outra versão de
mudança rápida entre passageiros e cargueiro em 1994, denominado 100QC.
Um modelo derivado mais curto do
Fokker 100, chamado pela empresa de Fokker F-70, foi apresentado em 1993
como um substituto do seu irmão mais velho, F28, com a remoção de 4,70 m
(15.42 ft), dando-lhe uma capacidade máxima de 80 assentos.
Estudos para um provável Fokker
130, com 130 assentos e o Fokker 100QC (cargueiro) não alcançaram
estágios mais avançados de desenvolvimento. Um Fokker 100EJ (Executive
Jet) foi introduzido em 2003 como uma conversão de aeronaves Fokker 100
usadas.
Falência da Fokker
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Apesar de o desenho ter
sido um sucesso no mercado, a
Fokker continuou perdendo dinheiro
por má administração, o que fez sua controladora Daimler Benz
Aerospace decidir por seu fechamento em 1996, encerrando a
produção de aeronaves no final de 1997. Havia alguma discussão
sobre a empresa ser comprada pela Bombardier, mas os planos não
se concretizaram. |
Baseado em Schiphol, nas
proximidades de Amsterdã, o grupo holandês Rekkof Restart foi criado com
o objetivo de reiniciar a produção dos Fokker 70 e 100, mas após não
conseguir obter o financiamento necessário o grupo foi rebatizado para
Next Generation Aircraft (ou, abreviadamente, NG Aircraft) e pretendia
lançar uma nova versão do Fokker 100, denominada F-120NG, em que "NG" é
alusão a Next Generation ("próxima geração").
Em 2013, 157 aeronaves Fokker 100
continuavam em operação em diversas empresas mundo afora.
Especificações
O Fokker 100 foi produzido em duas
versões: Tay 620 e Tay 650:

Utilização no Brasil
Fokker 100 da TAM. A primeira
companhia aérea a utilizar o Fokker 100 no Brasil foi a TAM Linhas
Aéreas, que soube aproveitar bem a aeronave após a proibição de grandes
aviões nos aeroportos centrais do Rio de Janeiro e São Paulo na década
de 1980, o que fez do modelo o único jato da frota brasileira apto a
operar no mais movimentado e lucrativo trecho do país: a ponte-aérea
Rio-São Paulo.
Também era a única companhia
regional a utilizar jatos em aeroportos pequenos, o que a diferenciava
das demais, chegando a contar com 50 aeronaves em sua frota ativa.
Com a crise nas companhias
tradicionais, a TAM logo se transformou na maior empresa brasileira de
aviação e, após sua rápida internacionalização, viu-se obrigada a
renovar e ampliar a frota, escolhendo para isso a família Airbus, o que
fez com que paulatinamente aposentasse os aviões holandeses que a
ajudaram a se tornar a gigante de hoje.
A partir de 2006, a Avianca Brasil
(antiga Ocean Air) passou a utilizar unidades de segunda-mão adquiridas
da estadunidense American Airlines. Os aviões foram rebatizados MK-28.
Outra companhia que operou o tipo,
dois modelos que acabaram na frota da TAM, foi a extinta TABA.
Fonte:
Wikipédia
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