TRAGÉDIA NO VOO 402 DA TAM
 

ÍNDICE

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Os 24 segundos

do voo 402

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O caos em solo

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Gráficos, mapas e imagens relacionados ao acidente

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As Vítimas

 

Fotos da tragédia

 

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Personagens da tragédia

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O Fokker 100 e os dados

do avião e do voo

A caixa-preta

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O Relatório Final

(síntese)

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Meu depoimento

sobre o acidente

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Notícias da época do acidente comentadas

.A questão das

indenizações

.Vídeos sobre

o Acidente

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Opinião e Análise

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Outras matérias

importantes

Fontes de Pesquisa

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As 99 vítimas da tragédia

90 passageiros

6 tripulantes

3 vítimas em solo


Passageiros

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Agnaldo Figueiredo era gerente do Banco Santos, em São Paulo. Era casado com Maria Figueiredo e deixou dois filhos.

 

Alberto Coimbra Vieira, 51 anos, era diretor do Banco Itaú, de São Paulo.

 

Alexandre Magalhães Vaz de Mello era formado em engenharia pela Universidade Federal de Minas,  morava em São Paulo e trabalhava para a empresa Andersen Consulting. Ele era consultor em tecnologia e mestre em Ciência da Computação. Segundo seu colega de trabalho Carlos Zanvettor, Mello estava indo ao Rio para visitar um dos clientes da Consulting. Ele tinha 27 anos e era solteiro.

 

Aluísio Camargo Fonseca, de 53 anos, era diretor comercial da Marques Corretora de Seguros, de São Paulo, concessionária da Bradesco Seguros. Fonseca era casado e deixou um filho de 23 anos. Viajava pela TAM todas as terças e quintas para o Rio.

 

Aluisio Calil Mathias, superintendente Regional de Coorporate Internacional - Grupo Unibanco.

 

Amador Gonçalves de Godoy Filho, 42 anos, engenheiro químico, era gerente de venda da Nife Brasil Sistemas Elétricas Ltda. (empresa do grupo francês GEC-Alsthon). Ele deixou esposa e dois filhos.

 

Amauri Pimenta Almeida, 36 anos, era supervisor de sistemas na Santista Alimentos. Ele viajava toda semana. Era recém-casado.

 

André Estevão M. Botelho era funcionário da Interchange, empresa do Citibank, e tinha 22 anos.

 

André Luíz Hillebrand Linden era diretor-financeiro da Vila Romana Confecções.

 

Ariovaldo Ricioli, gerente de Negócios da Área de Finanças e Investimentos - Grupo Unibanco.

 

Arlindo Oliveira Filho era funcionário da empresa Voith.

 

Arthur Eduardo Gasparian tinha 54 anos e era diretor de turbinas da empresa Voith.

 

Barbara Cecilia Luchsinger Wright era esposa de Roger Wright, sócio do Banco Garantia.

 

Camillo Marina, vice-presidente da Generali do Brasil, tinha 53 anos de idade, dos quais 30 anos de atuação no mercado de seguros. Ele iniciou carreira em seu país, a Itália, ocupando diversos cargos da matriz da Generali, única empresa em que atuou, e nas suas sucursais na Europa.

 

Carla Generali Nazareth

 

Carlos Mário F. Vieira, superintendente de Contas da Área de Finanças e Investimentos - Grupo Unibanco.

 

Cárbio da Silva Almeida Junior, 26 anos, residia em Campo Grande e seguia para o Rio de Janeiro para participar de um curso de especialização na Multicanal, onde trabalhava há pouco menos de um ano.

 

Carlos Yukio Morishito era engenheiro-coordenador do Departamento de Engenharia do Banco BCN.

 

César Franca era advogado e morava no interior paulista.

 

Cornélia Gnüge Bauer trabalhava como colaboradora da empresa Towers Perin.

 

Cristiano Gusmão Neto, superintendente da Área de Coorporate Internacional - Grupo Unibanco.

 

David Andrews, norte-americano, estava em visita ao Brasil. Ele era vice-presidente da Behring Diagnostics Inc./Americas, para a qual se reportava à subsidiária brasileira. Andrews era casado e pai de dois filhos. Morava com a família em San José, na Califórnia (EUA).

 

David Boianovsky era professor da Universidade de São Paulo.

 

David Francis Tobolla, norte-americano, 40 anos, era casado, vivia no Brasil há um ano e meio. Ele trabalhava há seis anos no Citibank. Atualmente, era diretor-financeiro do banco pessoa física do Citibank.

 

Denis Albacete de Souza era gerente de produto da companhia de crédito imobiliário do Banco Real.

 

Eduardo Góes

 

Eduardo Silva T. Haydt, 42 anos, trabalhava havia 22 anos na Companhia Siderúrgica Nacional. Trabalhava em São Paulo e ia para o Rio participar de uma reunião da empresa. Era casado e tinha dois filhos.

 

Elias Alvez Queiroz era empresário de Brasília, proprietário da CTIS (Comércio e Indústria de Informática Ltda), uma das maiores do ramo no Distrito Federal. Fundou a empresa em 1986. Era sócio também da CPM, outra empresa de informática com sede em São Paulo. Para cuidar dos negócios, ele passava a semana viajando entre Brasília, São Paulo e Rio.

 

Ernesto Igel era filho do proprietário do grupo Ultra, Pery Igel.

 

Flávia Stout, de 23 anos, relações públicas, viajava de Londrina (PR) para o Rio, onde morava, a fim de acertar os detalhes de sua mudança para a cidade paranaense. Stout, formada em Relações Públicas há um ano, trabalhava no Barra Shopping no Rio. Em setembro, veio em férias para Londrina e acertou emprego como gerente de marketing do Catuaí Shopping Center (o maior da cidade). Ela pegou o voo às 7h para o Rio para acertar a rescisão trabalhista e buscar a mudança. Stout deixou mãe e dois irmãos menores.

 

Felix Elias Balassiano, gerente de vendas da região Sul da Esso Brasileira de Petróleo, era carioca, casado e pai de três filhos. O engenheiro tinha 40 anos e trabalhava na Esso em São Paulo, mas ia constantemente ao Rio, onde mantinha um apartamento no Leme (zona sul). Ele tomou o avião da TAM para participar de uma reunião interna na sede da empresa. A reunião estava agendada para quarta-feira, mas, a pedido do próprio Balassiano, havia sido transferida para a manhã de quinta.

 

Filemon Rodrigues Ferreira, de 42 anos, embarcou às 6h40 em São José do Rio Preto (SP), fez conexão, logo depois, no avião que caiu em São Paulo. Paraibano radicado no Rio de Janeiro, Ferreira morava em Rio Preto havia oito meses. Era gerente da área comercial da Multicanal, um dos três executivos da única TV paga da cidade. Ele ia para o Rio de Janeiro participar de encontro de desenvolvimento gerencial, no final de semana. A mulher de Ferreira, Eliane Nunes Botelho, e os filhos, Diego Botelho Ferreira e Demitrius Botelho Ferreira, foram avisados do acidente por funcionários da empresa, menos de meia hora depois da queda do avião.

 

Flávio de Araújo Filho, 40 anos, era o filho mais velho do comentarista esportivo da Rádio Central, de Campinas (SP), Flávio de Araújo, de 63 anos. Estava a caminho do Rio de Janeiro para participar de um seminário sobre energia nuclear, no Hotel Glória, centro da cidade. Ele era gerente de informática do Ipen (Instituto de Pesquisas Nucleares), em São Paulo. Deixou dois filhos, Carolina, 16 anos, e Gabriel, 12 anos. Araújo Filho era irmão de Adriano Araújo, 33 anos, diretor-executivo da Editoria de Regionais da Folha de S.Paulo.

 

Francisco José Rodrigues, 48 anos, diretor comercial da Lightel Serviços de Tecnologia da Informação, uma das empresas do Grupo ABC Algar, era um dos mais conceituados executivos da holding, com sede em Uberlândia.

 

George Kepletar era casado e tinha 41 anos de idade.

 

Geraldo Luís Arede de Barros, gerente de vendas da ABB Brasil desde 1988, tinha 38 anos e era engenheiro mecânico formado pela Universidade Gama Filho. Estava indo para uma reunião na Petrobrás. Deixou esposa e dois filhos.

 

Gilberto Aquino Jr. era superintendente do Banco Santos. Ele tinha 33 anos, era casado e tinha dois filhos.

 

Gustavo Serrano, de 24 anos, era solteiro e trabalhava em uma empresa de computação em São Paulo.

 

Hamilton Simione, de Curitiba (PR), era empresário. Dono de um frigorífico no interior de São Paulo, Simione havia sido dono da loja de materiais de construção Casa de Material Santa Cândida, em Curitiba (PR). Ele morava no bairro de Santa Felicidade - famoso reduto de descendentes de italianos em Curitiba.

 

Henrique Marques Trindade era gerente-geral da administradora de cartão de crédito do Banco Real.

 

Henrique Mentone Filho, 40 anos, era administrador de carteira do Banco Chase Manhattan. Era separado, com duas filhas.

 

Ivo Roberto Gutjahr era funcionário da Siemens, empresa associada à Equitel.

 

José Nogueira

 

José Celso Pereira, professor, era morador de Pederneiras (SP). Ele embarcou numa conexão com destino ao Rio. Segundo parentes, ia ao Rio de Janeiro para um congresso de educação com a irmã e levava a mãe para passear.

 

José Pereira Duarte, 32 anos, residia em Campo Grande e seguia para o Rio de Janeiro para participar de um curso de especialização na Multicanal, onde trabalhava há pouco menos de um ano junto com seu colega Cárbio Junior.

 

José Rahal Abu Assali era funcionário do grupo Boehringer Ingelheim no Brasil. Era casado com Sandra Assali, presidente da ABRAPAVAA (Associação Brasileira de Parentes e Amigos das Vítimas de Acidentes Aéreos), entidade criada após a tragédia.

 

Júlio Dutra de Toledo era médico e trabalhava na Searle, empresa farmacêutica. Ele era casado, tinha um filho e morava em São Paulo.

 

Louwerinus Hoogerheide, "Rino", como era conhecido, era diretor de Vendas da Parmalat Brasil. Nasceu em Kortgene (Holanda) e veio para o Brasil ainda menino, fixando residência em Carambeí (PR). Hoogerheide tinha 48 anos e entrou para a Parmalat em abril de 1994 como responsável pela regional do Rio. Depois assumiu a regional São Paulo e, em março de 1995, passou a integrar a diretoria da holding Parmalat, coordenando as vendas em toda América Latina e China.

 

Laércio Cremasco, de 40 anos, era gerente de produtos do Laboratório Behringer. Ele deixou esposa e três filhos, de 19, 15 e 5 anos. Viajava regularmente para o Rio.

 

Leandro Kalfas embarcou na capital do Mato Grosso do Sul, no voo 561 da TAM, às 5h de quinta, com destino ao Rio.

 

Lúcio Castro Pinto, 42 anos, era diretor comercial da Pérsico Pizzamiglio, indústria de tubos e conexões com sede em Guarulhos.

 

Luiz Antonio Amado de Barros tinha 50 anos e era ex-funcionário da IBM. Ele era casado e deixou três filhos.

 

Luís Carlos Simões A.

 

Luiz Cláudio Tamiello, assessor jurídico - Grupo Unibanco.

 

Luiz Fernando Sampaio Gouveia, 39 anos, casado e pai de três filhos era gerente de private bank do Banco de Boston.

 

Luiz Lauro Romero era chefe do Departamento de Análise 5 do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES). Ele era casado, tinha três filhos e 50 anos de idade. Trabalhava no banco havia 22 anos.

 

Manoel João Júnior trabalhava como Diretor de Desenvolvimento Organizacional da Rede Globo em São Paulo. Era casado, tinha 50 anos e deixou 4 filhos.

 

Manoel Araújo, outro dos cinco passageiros que embarcaram na capital do Mato Grosso do Sul, no voo 561 da TAM, às 5h de quinta, com destino ao Rio.

 

Marcelo do Amaral Ferrão, gerente da Asset Management - Grupo Unibanco.

 

Marcos Aurélio Fios, gerente da Asset Management - Grupo Unibanco.

 

Maria Helena Pereira Beltramini, professora de 2º grau, era moradora de Pederneiras (SP). Ela embarcou numa conexão na manhã de quinta-feira com destino ao Rio. Segundo parentes, ela e o irmão José Celso Pereira iam ao Rio de Janeiro para um congresso de educação e levavam a mãe para passear.

 

Maria Emília R. Vale

 

Maria de Lima, de 22 anos, havia reservado, junto com o marido Mauro, lugares para o voo 502, marcado para sair às 12h30 de São Paulo. Saíram do Aeroporto Internacional Marechal Rondon, em Várzea Grande, na Grande Cuiabá, no voo 529, que decolou às 3h55. Como chegaram em São Paulo antes da saída do voo 402, e havia lugares vagos, resolveram embarcar.

 

Maria Adelaide Senna, diretora de vendas da administradora de cartão do Banco Real.

 

Marilene Gimenez Haddad, gerente da Área de Recursos Humanos - Grupo Unibanco.

 

Marta de Almeida Palma, 31 anos, era gerente de Contas Comerciais da Coca-Cola e viajou na quarta-feira (30) para São Paulo para participar de uma reunião. Ela era formada em Comunicação Social pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro e estava na empresa desde 1993. Solteira, Marta não tinha filhos e morava em Copacabana (zona sul).

 

Marta Costa Fantini era funcionária do magazine C&A. Casada, ela não tinha filhos.

 

Maurício Frateschi Sá Fortes, tinha 38 anos, era engenheiro mecânico formado pela Universidade Snata Úrsula, atuava como gerente-geral da área de Óleo e Gás da ABB Brasil e fazia parte do grupo desde 1983. Deixou esposa e dois filhos, Camila e Bruno. Ele ia para uma reunião na Petrobrás.

 

Mauro Ferreira era outro dos cinco passageiros que embarcaram na capital do Mato Grosso do Sul, no voo 561 da TAM, às 5h de quinta, com destino ao Rio.

 

Mauro Rodrigues de Mattos, oficial de justiça, de 36 anos, e sua mulher, Maria de Lima, haviam reservado lugares para o voo 502, marcado para sair às 12h30 de São Paulo. Saíram do Aeroporto Internacional Marechal Rondon, em Várzea Grande, na Grande Cuiabá, no voo 529, que decolou às 3h55. Como chegaram em São Paulo antes da saída do voo 402, e havia lugares vagos, resolveram embarcar. Mattos era oficialmente separado. Lotado atualmente em Mirassol do Oeste, ele estava vivendo há pouco tempo com Maria de Lima. Segundo um parente, o casal ia para o Rio numa 'espécie de lua-de-mel'.

 

Mohamad Shaikhzadeh era diretor de Suprimentos dos grupos Gusmão dos Santos e Madelandia. Era casado e tinha três filhos.

 

Olavo Ruy Ferreira tinha 28 anos, era advogado e costumava viajar a trabalho para o Rio e Brasília.

 

Paulo Alberto Prado Filho, de 47 anos, era sócio da consultoria Financial Management Comercial com Raymundo Roncati. Prado Filho era solteiro. Prestava consultoria para a Ultragás, empresa do Grupo Ultra. Ernesto Igel, filho do presidente desse grupo, também estava no voo 402.

 

Paulo Marcello C. Araujo

 

Raymundo De Paulo Roncati, de 35 anos, era sócio de Paulo Prado Filho na consultoria Financial Management Comercial. Roncati era casado e deixou uma filha.

 

Regina Lemos Valério, 47 anos, jornalista, era editora da revista mensal Mais Vida, da Editora Três. Regina encabeçava uma campanha nacional de combate às armas de fogo e organizou um plano de ação sobre o tema, que foi encaminhado ao ministro da Justiça em janeiro de 1995. A jornalista se engajou na campanha depois que, em junho de 1994, seu marido, o publicitário Antonio Carlos Valério, foi assassinado quando tentava apartar uma briga numa lanchonete no Itaim Bibi (zona oeste de São Paulo). Regina trabalhou nas revistas Marie Claire, Capricho e Moda Brasil. É também autora do livro A Idade da Loba, lançado em 1994.

 

Renato Carvalho Leite de Barros era engenheiro-chefe do Departamento de Engenharia do Banco BCN.

 

Ricardo Alan C. Maciel

 

Rilton Oliveira Rodrigues, carioca, de 23 anos, era técnico de telecomunicações e tomou o Fokker 100 da TAM por acaso. Ele embarcou em Mato Grosso e não tinha reserva para o voo 402. Rodrigues havia reservado um lugar para o voo 502, marcado para sair às 12h30 de São Paulo. O passageiro saiu do Aeroporto Internacional Marechal Rondon, em Várzea Grande, na Grande Cuiabá, no voo 529, que decolou às 3h55. Como chegou em São Paulo antes da saída do voo 402, e havia lugares vagos, resolveu embarcar. Rodrigues havia ido prestar um serviço à Telemat (Telecomunicações do Mato Grosso).

 

Roberto Fisher, de 46 anos, era gerente da Equitel, uma empresa do grupo Siemens. Ele viajava toda semana a trabalho, era divorciado e vivia com a secretária Marlene Eunice Beck, também funcionária da Equitel. Fisher recentemente havia conquistado a guarda de seus dois filhos do primeiro casamento.

 

Rubens de Azevedo Britto, de 55 anos, era casado e tinha dois filhos. Formado em economia, trabalhava havia 18 anos na Sul América. Ocupava o cargo de superintendente de Desenvolvimento de Sistemas do Ramo de Pessoas.

 

Sandro Morete B. Ferreira

 

Sérgio Bleinat, 39 anos, era casado e tinha três filhos.

 

Sérgio Minoru Nisidozi era diretor de Produtos Especiais da empresa Nipomed.

 

Trindade Pereira, mãe de dois outros passageiros, Maria Helena Pereira Beltramini e José Celso Pereira, residia em Pederneiras (SP). A família embarcou numa conexão na manhã de quinta-feira com destino ao Rio. Segundo parentes, os filhos, professores, iam ao Rio de Janeiro para um congresso de educação e levavam a mãe para passear.

 

Walter Manhães, 55 anos, anestesista, embarcou na aeronave Fokker 100 da TAM em Uberlândia (MG) para participar no Rio do Congresso Brasileiro de Anestesiologia, que comeria no domingo. Ele recusou uma passagem da Varig que iria diretamente para o Rio e preferiu o voo da TAM por causa da conexão em São Paulo. Queria se encontrar com uma filha. Antes, participaria de uma banca examinadora da prova oral do título superior da Sociedade Brasileira de Anestesiologia (responsável pela especialização dos novos profissionais), que aconteceria no final de semana, no Rio. Manhães comemorou seu aniversário com festa na terça-feira anterior ao acidente. Ainda antes de voltar a Uberlândia, participaria de uma festa de 30 anos de formatura. O anestesista foi diretor do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia, era casado, tinha três filhos e um neto.

 

Washington Carvalho tinha 33 anos de idade. Engenheiro, ele era técnico da Sun do Brasil e trabalhava no setor de pré-vendas da empresa. Carvalho era solteiro e não tinha filhos.

 

Willian Arjona era diretor de Desenvolvimento de Negócios no Brasil da Tractepel. A empresa atua na área de privatização.

 

Wolfgang Hanz Janstein, 62 anos, prestava serviços de consultoria ao Banco Cidade, na área de fusões de aquisições. Iria ao Rio fechar um contrato.

 

Zélia Menin, de 36 anos, era técnica de seguros da Bamerindus Seguros, onde trabalhava havia 13 anos. Ela pegou o voo 402 para o Rio como uma conexão de viagem, iniciada em Curitiba, no Paraná.

 

Tripulantes

 

José Antônio Moreno, comandante do Fokker 100 da TAM, era filho do entãol vice-prefeito de Mogi Mirim (157 km ao norte de São Paulo), José dos Santos Moreno (PTB), que concorreu à prefeitura do município e foi derrotado em 3 de outubro. José dos Santos Moreno já havia perdido, por problemas de saúde, outro filho seu, uma semana antes da eleição de 3 de outubro.

 

Ricardo Luís Gomes Martins, copiloto do avião, tinha 28 anos de idade e quatro mil horas de voo - das quais 160 em Fokkers 100.

 

Flávia Fuzetti Fernandes, de 22 anos, comissária de bordo, era conhecida por ter sido mantida como refém, no dia 24 de abril de 1996, por um grupo de assaltantes que roubou 5 milhões de reais de um avião da TAM, no aeroporto de São José dos Campos.

 

Janaína dos Santos, 19 anos, gaúcha, fazia seu primeiro voo após o período de suas primeiras férias na empresa, onde estava há pouco mais de um ano. Seus pais, Raimundo e Marlene dos Santos, foram comunicados do falecimento da filha num telefonema da empresa aérea e viajaram à tarde para São Paulo, a fim de acompanhar a identificação do corpo da filha. Nos dias anteriores à tragédia, Janaína estava em férias e antes de retornar à São Paulo, onde residia há um ano, passou os últimos dias com os pais em Porto Alegre. Segundo alguns vizinhos no edifício de número 1.589 da avenida Farrapos, Zona Norte da capital gaúcha, a mãe de Janaína, dona Marlene, ficou em estado de choque, não acreditando na morte da filha. Janaína estudou no colégio Irmão Pedro no curso de secretariado e chegou a estagiar na Petrobrás, antes de ser contratada pela TAM.

 

Marcelo Binoto, comissário de bordo, tinha 29 anos.

 

Marecelli Carneiro, comissária de bordo, tinha 21 anos.

 

Vítimas em solo

 

Dirceu Barbosa Geraldo, 39 anos, morreu no dia 28 de novembro, na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Hospital Albert Einstein. Ele estava internado no Einstein desde a madrugada do dia 3, com 61% de seu corpo queimado. No dia do acidente estava na calçada defronte a casa do professor de matemática Marco Antonio Oliveira, com quem trabalhava. Geraldo era vendedor de autopeças. Nos primeiros dias após o acidente, Geraldo ainda estava consciente e chegou a conversar com a família, mas, depois, ele estava sendo mantido sedado.

 

Marco Antônio Oliveira, 36 anos, era professor universitário. Ele morava no n° 77 da Rua Luiz Orsini e foi soterrado pelo desabamento de sua casa. Ministrava aulas de física e matemática em duas escolas estaduais, a Doutor Ângelo Mendes de Almeida (no período noturno) (que fica cerca de 200 metros da casa do professor) e na Dona Pérola Byington (manhã e tarde), também no Jabaquara.

 

Tadao Funada, 70 anos, era pedreiro. Ele estava sobre o telhado de um sobrado na rua onde o avião da TAM caiu. Morreu carbonizado.

 

Fontes: Agência Folha, AJB e Jorge Tadeu da Silva

 


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