.
Na manhã da segunda-feira,
1 de junho, na França, no Aeroporto Roissy-Charles de Gaulle, Fernando
Schnabl estava esperando por sua esposa, Christine, e seu pequeno filho
Philipe em terra.
Viajando separadamente, a
fim de usar as suas milhas aéreas, ele beijou sua esposa na despedida no
Rio de Janeiro e, em seguida, embarcou em um avião diferente para Paris
com Celine, sua filha de três anos de idade.
No desembarque no
aeroporto Charles de Gaulle, em Paris, na manhã seguinte, Fernando
estava ansioso para ver sua esposa e filho pequeno novamente.
Mas, assim que seu avião
taxiou para estacionar, um passageiro no assento ao lado ligou seu
telefone celular e disse que um voo vindo do Rio de Janeiro estava
faltando
"Então ele disse que era
da Air France e eu fiquei muito assustado. Quando a tripulação chamou
meu nome, eu sabia que algo muito ruim havia acontecido. A maneira como
eles me trataram, com muita preocupação, mas não querendo me dizer algo,
me deixou sem esperança." disse Fernando Schnabl.
Nesse momento a companhia
aérea Air France já havia divulgado uma nota informando que o
avião que fazia a rota Rio de Janeiro-Paris havia desaparecido.
O presidente francês,
Nicolas Sarkozy (foto acima), foi ao aeroporto para acompanhar as investigações sobre
o desaparecimento do avião.
As autoridades francesas
disseram aos parentes desesperados: "Nós esperamos, nós rezamos, nós
saberemos mais esta tarde."
Os familiares dos passageiros foram levados a um
espaço reservado para receber apoio da companhia aérea.
Aqui no Brasil, o governador do Rio de
Janeiro, Sérgio Cabral, decretou em 1º de junho, luto estadual por três
dias. No mesmo dia, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes decretou
luto por três dias, devido a morte de um dos funcionários da prefeitura
e pela cidade ser o local de onde o avião partiu.
No dia seguinte, 2 de junho, foi
confirmada pelo ministro da defesa brasileiro Nelson Jobim (foto acima) a queda do
Airbus A330, numa área próxima ao arquipélago de São Pedro e São Paulo,
cerca de 270 km a sul/sudeste da última localização conhecida da
aeronave.
Na noite de terça feira, 2
de junho, após a confirmação da queda do avião, o presidente brasileiro
em exercício, José Alencar, decretou luto nacional por três dias, em
memória das vítimas do acidente aéreo.
A Air France organizou uma
celebração ecumênica na Catedral de Notre Dame, em Paris, no dia 3 de Junho, em homenagem aos passageiros desaparecidos sobre o
Oceano Atlântico.
Um ato ecumênico foi
realizado na manhã de 4 de junho na Igreja da Candelária com
representantes de oito religiões. Participaram do ato parentes e amigos
de passageiros que estavam no voo 447, o ministro das Relações
Exteriores, Celso Amorim, representando o presidente Luiz Inácio Lula da
Silva, o chanceler francês Bernard Kouchner, além de outras autoridades
do Brasil e da França.
Uma missa foi realizada na
tarde de 5 de junho em memória dos passageiros na Igreja de Nossa
Senhora do Carmo da Antiga Sé, no centro da cidade do Rio de Janeiro. O
príncipe dom Antônio de Orleans e Bragança, pai de Pedro Luis, falecido
no acidente, estava
presente.
. |