Data:
25 JAN 93
Hora: ?
Aeronave:
Fairchild FH-227B
Operador:
TABA
Matrícula/Prefixo:
PT-LCS
Tripulação:
Ocupantes: 3 / Fatalidades: 3
Passageiros:
Ocupantes: 0 / Fatalidades: 0
Total:
Ocupantes: 3 / Fatalidades: 3
Local do
Acidente: Altamira - PA
Tipo de
acidente: Perda de controle em voo
Fase de
Operação: em voo
Natureza do
Voo: transporte de carga
Aeroporto de
Partida: Aeroporto de Belém - PA
Aeroporto de
Destino: Aeroporto de Altamira - PA
DESCRIÇÃO:
Durante um voo cargueiro noturno, entre Belém e Altamira, a
tripulação perdeu o controle do avião por motivos
desconhecidos e caiu na selva amazônica.
Fonte: JetSite
Se tiver informações sobre
este acidente, por gentileza encaminhe para nós:
contato@desastresaereos.net
Data:
31 JAN 93
Hora: ?
Aeronave:
Boeing 707-387B
Operador:
Lineas Aéreas del Estado - LADE
Matrícula/Prefixo: LV-ISA
Tripulação:
Ocupantes: 12 / Fatalidades:
0
Passageiros:
Ocupantes: 156 / Fatalidades: 0
Total:
Ocupantes: 168 / Fatalidades: 0
Local do
Acidente: Aeroporto Internacional do Recife - Guararapes
- PE Tipo de
acidente:
Fase de
Operação: pouso
Natureza do
Voo: voo regular de passageiros
Aeroporto de
Partida: Aeroporto Internacional de Maceió - Zumbi dos
Palmares (MCZ/SBMO) - AL
Aeroporto de
Destino: Aeroporto Internacional de Fortaleza - Pinto
Martins (FOR/SBFZ) - CE
DESCRIÇÃO:
A tripulação teve que desviar para Recife quando o Boeing
sofreu uma pane hidráulica. O trem de aterrissagem foi
acionado manualmente, mas quebrou na aterrissagem. Foi
reportado que a tripulação não seguiu os procedimentos
corretos na abertura manual do trem de pouso.
Fonte: ASN
Se tiver informações sobre
este acidente, por gentileza encaminhe para nós:
contato@desastresaereos.net
Data:
07 FEV 93
Hora: ?
Aeronave: Beech
King Air 90
Operador:
Táxi Aéreo Florianópolis
Matrícula/Prefixo:
PT-OQP
Tripulação:
Ocupantes: 2 / Fatalidades: 2
Passageiros:
Ocupantes: 4 / Fatalidades: 4
Total:
Ocupantes: 6 / Fatalidades: 6
Local do
Acidente: Foz do Iguaçu, PR
Tipo de
acidente:
Fase de
Operação:
Natureza do
Voo: transporte de passageiros
Aeroporto de
Partida: Aeroporto de Navegantes, SC
Aeroporto de
Destino: Aeroporto de Foz do Iguaçu, PR
DESCRIÇÃO:
A aeronave
Beech King Air 90, prefixo PT-OQP, da Táxi Aéreo
Florianópolis, pilotada por José Carkis da Silva e pelo
copiloto José Guilherme Kunrath, realizava um voo entre o
Aeroporto de Navegantes (SC) e o Aeroporto de Foz do Iguaçu
(PR), levando a bordo quatro passageiros.
O piloto José Carlos da Silva
Os dois tripulantes faziam apenas mais uma das inúmeras
viagens a trabalho. O piloto José Carlos (foto acima)
tinha seis anos de experiência e o copiloto José Guilherme
estava no ramo há dois anos.
Domingo de madrugada, eles foram comunicados pela gerência
da TAF sobre o voo para Foz do Igauçu. Depois de colocarem
tudo em ordem, fizeram o embarque, no Aeroporto de
Navegantes, de Aida Conradi e os filhos. A família já tinha
sofrido um acidente de trânsito, dia anterior, na BR-470, em
Rio do Sul (SC), quando morreu o marido de Aida, Joe
Conradi.
Na aproximação
ao Aeroporto de Foz do Iguaçu, a tripulação encontrou
visibilidade limitada e não percebeu que sua altitude era
muito baixa, quando a aeronave bimotor atingiu as copas das
árvores e um cabo de energia antes de cair em uma área
arborizada localizada a um quilômetro da pista.
A aeronave foi
destruída e todos os seis ocupantes morreram. No momento do
acidente, a visibilidade era ruim devido às fortes chuvas.
Com informações de Angelita da Silva (Irmã do piloto José
Carlos da Silva)
Hora: 18:10
Aeronave: Bechcraft
- BE-55
Operador: Rachid B.
Saliba Ind. Com. S/A
Matrícula/Prefixo:
PT-ONI
Tripulação:
Ocupantes: 1 / Fatalidades: 1
Passageiros:
Ocupantes: 1 / Fatalidades: 1
Total: Ocupantes: 2/ Fatalidades:
2
Local
do Acidente: Alfenas - MG
Tipo de acidente:
Perda de Controle em Voo
Fase de Operação:
em voo
Natureza do Voo:
transporte particular de passageiros
Aeroporto de Partida:
Aeroporto de Alfenas (SNFE) – MG
Aeroporto de Destino:
Aeródromo de Campo de Marte (SBMT) – SP
HISTÓRICO
A aeronave decolou de Alfenas, MG (SNFE), com
destino ao Campo de Marte, SP (SBMT). Imediatamente após a
decolagem da cabeceira 04, curvou à esquerda e realizou uma
passagem baixa sobre os hangares do aeródromo, subindo em
curva de grande inclinação. Em seguida, o avião
precipitou-se numa descida sem controle, colidindo com uma
rede elétrica e com o solo.
O piloto e o passageiro faleceram no local e
a aeronave ficou totalmente destruída.
ANÁLISE
O exame dos destroços, a maneira como a
aeronave colidiu com a rede elétrica e a copa das árvores, a
concentração após o impacto com o solo e a ausência de fogo
revelaram que o avião estava sem sustentação aerodinâmica
antes mesmo de tocar o fio com a ponta da asa direita.
Os exames e pesquisas realizados revelaram
que os motores e as hélices funcionavam normalmente no
momento do impacto com o solo.
As entrevistas conduzidas com pessoas que
conviviam com o piloto revelaram que ele tinha,
aparentemente, uma vida familiar estável. Seu comportamento
profissional, no entanto, variava do “exemplar”, quando
transportando o proprietário do avião e sua família, ao
“imaturo e exibicionista”, quando voando sozinho ou com os
amigos de aeroclube, conforme caracterizado pelas
declarações a seguir: “Em Alfenas, era conhecido pelas
exibições”; “Todas as vezes que estava com o avião vazio,
fazia show” ; “Não fazia da aviação uma profissão”.
Na semana anterior ao acidente, voltando
sozinho de uma viagem com o avião, o piloto realizara um voo
rasante sobre o escritório da diretoria do Aeroclube de
Alfenas. No dia seguinte ao fato, o presidente do aeroclube
colocou o piloto e o proprietário frente a frente,
advertindo sobre o ocorrido.
Não há correspondência nos registros de horas
de voo do piloto, declarados pela empresa ao DAC, com as
escriturações encontradas no relatório de voo e caderneta de
célula da aeronave.
A empresa permitia desatualização nas
escriturações e documentação regulamentar, revelando uma
ausência de supervisão do seu piloto e da forma como a
aeronave era cuidada.
CONCLUSÃO
Fator Humano – Aspecto Psicológico -
Contribuiu
O piloto apresentava um comportamento
exibicionista, com traços de invulnerabilidade, com
tendência a opor-se ao cumprimento das normas e padrões.
Esse comportamento acabou interferindo de forma negativa em
seu desempenho como piloto.
Fator Operacional
(1). Deficiente Instrução - Indeterminado
Não foi possível determinar se o treinamento
recebido pelo piloto foi adequado para que ele identificasse
e soubesse evitar uma atitude de estol na aeronave.
(2). Deficiente Aplicação dos Comandos –
Contribuiu
O piloto utilizou inadequadamente os comandos
de voo, efetuando curva de grande inclinação lateral, em
atitude de nariz cabrado, a baixa altura e pouca velocidade,
permitindo que o avião perdesse sustentação e estolasse.
(3). Indisciplina de Voo - Contribuiu
O piloto desobedeceu a regras de tráfego
aéreo, sem motivo justificado, ao realizar voo rasante sobre
os hangares, sendo reincidente nesse tipo de procedimento.
(4) Deficiente Supervisão - Contribuiu
O proprietário tomou conhecimento (uma semana
antes do acidente) da conduta indisciplinada do seu piloto,
mas não adotou nenhuma medida operacional ou administrativa
que impedisse ou ao menos inibisse o piloto de reincidir
nesse comportamento arriscado.
RECOMENDAÇÕES DE SEGURANÇA DE VOO
Os SERAC deverão divulgar o presente relatório em atividades
educativas, como palestras e seminários, visando alertar os
proprietários, operadores, entidades e pilotos para os
riscos desnecessários ao se permitir o desenvolvimento de
características negativas (exibicionismo, invulnerabilidade,
confrontação) em seus tripulantes. Enfatizar a abordagem do
Fator Humano, especificamente na influência que as
características de personalidade provocam na capacidade de
julgamento do piloto, induzindo a falhas operacionais.
Data:
26 FEV 93
Hora: ?
Aeronave:
Learjet 31
Operador:
Líder Táxi Aéreo
Matrícula/Prefixo: PT-OFK
Tripulação:
Ocupantes: 2 / Fatalidades: 0
Passageiros:
Ocupantes: 4 / Fatalidades: 0
Total:
Ocupantes: 6 / Fatalidades: 0
Local do
Acidente: Rio de Janeiro, RJ
Tipo de
acidente:
Fase de
Operação: aproximação
Natureza do
Voo: transporte de passageiros
Aeroporto de
Partida: Aeroporto de Belo Horizonte/Pampulha - Carlos
Drummond de Andrade (PLU/SBBH) - MG
Aeroporto de
Destino: Aeroporto de Angra dos Reis (SDAG) - RJ
DESCRIÇÃO:
O avião saiu da pista no pouso aterrissando no mar. O avião
foi recuperado.
Fonte: ASN
Se tiver informações sobre
este acidente, por gentileza encaminhe para nós:
contato@desastresaereos.net
Data:
13 FEV 93
Hora: ?
Aeronave:
Mitsubishi MU-2F (MU-2B-20)
Operador:
Sete Táxi Aéreo
Matrícula/Prefixo: PT-ICD
Tripulação:
Ocupantes: ? / Fatalidades:
?
Passageiros:
Ocupantes: ? / Fatalidades:
?
Total:
Ocupantes: ? / Fatalidades: 0
Local do
Acidente: Araxá, MG
Tipo de
acidente: ?
Fase de
Operação: ?
Natureza do
Voo: ?
Aeroporto de
Partida:
?
Aeroporto de
Destino: ?
DESCRIÇÃO:
Se tiver informações sobre
este acidente, por gentileza encaminhe para nós:
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Hora: 14:30
Aeronave:
Quero-Quero KW – 1
Operador: Aeroclube
de Planadores Albatroz
Matrícula/Prefixo:
PT-PHB
Tripulação:
Ocupantes: 1 / Fatalidades: 1
Passageiros:
Ocupantes: 0 / Fatalidades: 0
Total: Ocupantes: 1/ Fatalidades:
1
Local do Acidente:
Próximo ao Aeroporto de Osório (SSOS)
- RS
Tipo de acidente:
Perda de Controle em Voo
Fase de Operação:
em voo
Natureza do Voo:
planador
Aeroporto de Partida:
Aeroporto de Osório (SSOS) - RS
Aeroporto de Destino:
Aeroporto de Osório (SSOS) - RS
HISTÓRICO
O piloto decolou da pista de Osório - RS para
realizar seu terceiro voo do dia na mesma aeronave.
O reboque do planador foi realizado
normalmente, tendo sido efetuado o desligamento à
aproximadamente 700 metros de altura.
Ao ingressar na perna do vento, algumas
testemunhas avistaram o planador caindo numa atitude de
aproximadamente 45º picado, porém sem estar girando de asa.
A aeronave colidiu com o solo. O piloto
faleceu no local do acidente e a aeronave sofreu danos
graves.
ANÁLISE
Os serviços de manutenção realizados foram
considerados incompletos e inadequados.
Sem manual de manutenção, arquivo ou registro
das Diretrizes de Aeronavegabilidade a serem cumpridas, a
aeronave ficou à mercê das informações técnicas que o
mecânico, contratado pelo aeroclube para realizar as
inspeções, possuía a respeito da mesma.
No caso especifico da DA 82-12-01, que previa
vistoria periódica no tubo de comando do profundor, há
indícios de que nunca foi cumprida pois o mecânico sequer
sabia da sua existência. Após a análise do relatório
técnico, verificou-se que o tubo de comando do profundor
apresentou corrosão generalizada, a qual evoluiu com o
tempo, em torno de toda a peça analisada.
A corrosão generalizada teve como
conseqüência direta a fragilização do tubo de comando do
profundor.
Sob o efeito de cargas normais imprimidas
durante o voo, a peça fragilizada é passível de deformação
ou desalinhamento e sua conseqüente flambagem, culminando
com o funcionamento impróprio ou mesmo o travamento do
comando de voo.
Dentro dessa análise, há forte indício de que
o elo que deu início ao acidente tenha sido a falha no tubo
de comando do profundor. Neste caso, há duas hipóteses
possíveis para o encadeamento do acidente:
a - O travamento do comando do profundor
tornou o voo incontrolável.
b - O comando do profundor assumiu uma
posição anormal para o voo, entretanto, a pouca experiência
do piloto não permitiu que o mesmo utilizasse os outros
recursos disponíveis na aeronave (compensador do profundor,
leme e ailerons) para manter a controlabilidade da aeronave
Seis acidentes aeronáuticos ocorreram no
Aeroclube de Planadores de Osório entre 1987 a 1993.
O aeródromo não possui o Plano de Emergência
Aeronáutica em Aeródromo (PEAA).
CONCLUSÃO
Fator Operacional
(1). Deficiente Manutenção - indeterminado
O descumprimento da Diretriz de
Aeronavegabilidade prevista permitiu que todo o tubo de
comando do profundor ficasse sujeito à corrosão. A falta do
manual de manutenção do avião e do registro das DA
cumpridas, evidenciaram a inadequação dos serviços
preventivos e corretivos realizados pelo mecânico
responsável pela manutenção da aeronave. Não é possível
determinar que essa falha foi fator contribuinte para a
perda de controle.
(2). Deficiente Supervisão - Indeterminado
Houve falta de supervisão adequada a nível
administrativo na execução das operações de manutenção na
medida em que o aeroclube não acompanhou com a devida
atenção à conservação e os serviços realizados na aeronave,
deixando de incorporar as DA previstas, não mantendo um
arquivo das mesmas e deixando de possuir o manual de
manutenção do avião. A falta de elementos de prova para a
perda de controle indetermina a contribuição desse aspecto.
(3). Pouca Experiência de Voo na Aeronave -
indeterminado
É fato que o piloto tinha pouca experiência
na atividade aérea e na aeronave especificamente, porém não
se pode determinar que a perda de controle pudesse ter sido
contornada através de uma ação mais adequada às
circunstâncias, caso tivesse ocorrido com um piloto mais
experiente.
RECOMENDAÇÕES DE SEGURANÇA DE VOO
O SERAC-5 deverá realizar vistoria de
segurança de voo no Aeroclube de Planadores Albatroz e
verificar:
- O recebimento, cumprimento e arquivamento
das Diretrizes de Aeronavegabilidade existentes;
- As condições e meios adequados para a
realização dos serviços de manutenção previstos para as
aeronaves;
- A disseminação da doutrina de segurança de
voo entre os membros e funcionários do clube, adotando as
providências corretivas necessárias; e
Orientar a Prefeitura Municipal de Osório na
elaboração do Plano de Emergência Aeronáutica para aquele
Aeródromo (PEAA).
O DAC deverá elaborar um programa de
acompanhamento do cumprimento das diretrizes de
aeronavegabilidade por parte dos aeroclubes, e não somente
para as oficinas homologadas.
Os SERAC deverão divulgar o conteúdo deste
relatório para todos os aeroclubes que operam planadores.
Data:
23 FEV 93
Hora: ?
Aeronave:
Embraer 110C Bandeirante
Operador:
Oeste Linhas Aéreas (Grupo TAM)
Matrícula/Prefixo: PP-SBJ
Tripulação:
Ocupantes: 2 / Fatalidades: 2
Passageiros:
Ocupantes: 4 / Fatalidades: 4
Total:
Ocupantes: 6 / Fatalidades: 6
Local do
Acidente: Próximo a Cuiabá - MT
Tipo de
acidente:
perda de controle em voo
Fase de
Operação: em voo
Natureza do
Voo:
transporte de passageiros
Aeroporto de
Partida: Aeroporto Internacional Marechal Rondon -
Cuiabá (SBCY) - MT
Aeroporto de
Destino: Aeroporto Brigadeiro Camarão (BVH/SBVH) -
Vilhena - RO
DESCRIÇÃO:
Um avião
Embraer 110C Bandeirante, da Oeste Linhas Aéreas, empresa de
Táxi Aéreo, pertencente a TAM desde 1982, que saiu do
Aeroporto Internacional Marechal Rondon, em Cuiabá (MT) com
destino ao Aeroporto de Vilhena, em Rondônia, caiu numa
fazenda logo após a decolagem. A possível causa do acidente
é atribuída as fortes chuvas que atingiam a região.
Fontes:
ASN e Flight International
Se tiver informações sobre
este acidente, por gentileza encaminhe para nós:
contato@desastresaereos.net
Data:
12 MAI 93
Hora: ?
Aeronave:
EMB 120RT Brasília
Operador:
Rio Sul
Matrícula/Prefixo: PT-SLI
Tripulação:
Ocupantes: ? / Fatalidades: 0
Passageiros:
Ocupantes: ? / Fatalidades: 0
Total:
Ocupantes: 17 / Fatalidades: 0
Local do
Acidente: Rio de Janeiro - RJ
Tipo de
acidente: ?
Fase de
Operação: pouso
Natureza do
Voo: transporte regular de passageiros
Aeroporto de
Partida:
?
Aeroporto de
Destino: ?
DESCRIÇÃO:
Se tiver informações sobre
este acidente, por gentileza encaminhe para nós:
contato@desastresaereos.net
Hora:
22:50
Aeronave:
Beechcraft King Air 90
Operador:
Departamento de Polícia Federal
Matrícula/Prefixo:
PP–FPP
Tripulação:
Ocupantes: 2 / Fatalidades: 2
Passageiros:
Ocupantes: ? / Fatalidades: ?
Total: Ocupantes: ?/ Fatalidades:
?
Local
do Acidente: Campo Limpo – MT
Tipo de acidente:
Colisão em Voo com Obstáculo
Fase de Operação:
aproximação
Natureza do Voo:
planador
Aeroporto de Partida:
Aeroporto Deputado Benedito Santiago (SBAT) - Alta Floresta
– MT
Aeroporto de Destino:
Aeroporto
Internacional Marechal Rondon - Cuiabá (SBCY) - MT
HISTÓRICO
A aeronave decolou de Alta Floresta para
Cuiabá (MT), às 21:00 Z.
No FL 200 e a 70 milhas de Cuiabá, o piloto
solicitou início da descida, tendo sido autorizado até o FL
060.
Em seu último contato, o piloto informou
estar a 57 DME de Cuiabá. Após este contato, o órgão de
controle de tráfego aéreo fez várias chamadas, não obtendo
resposta.
A aeronave colidiu com elevações no eixo da
aerovia a 34 milhas ao norte de Cuiabá. Seus ocupantes
faleceram e a aeronave sofreu perda total.
ANÁLISE
As condições meteorológicas em Cuiabá eram
boas e o aeródromo estava operando em condições visuais.
O piloto nos comandos da aeronave apresentava
uma deficiência na seqüência da instrução, num período de 8
meses, voou apenas 15:30h no tipo de aeronave.
O piloto mais experiente que ocupava a
cadeira da direita, não pertencia aos quadros da Polícia
Federal, sendo oriundo de outra repartição do Governo. Este
fato pode ter influenciado na sua decisão, ao sentir-se
pressionado a ceder à solicitação de treinamento do
co-piloto.
Conforme dados colhidos nas entrevistas, o
co-piloto era tido como impetuoso e impulsivo, e por estar,
naquele momento, iniciando formação numa aeronave mais
moderna, pode ter experimentado uma motivação excessiva para
o treinamento.
A aeronave gastou 20 min a mais na descida ao
percorrer uma distância de 10NM em 23 min 30 s. Durante os
contatos bilaterais, estabelecidos entre a aeronave e os
órgãos de controle de tráfego aéreo, a tripulação não
demonstrou qualquer ansiedade ou situação anormal.
A partir destes dados, pode-se admitir que
estes 20 min a mais podem ter sido gastos com uma navegação
errônea ou utilizados em treinamento, uma vez que o
co-piloto ainda estava em fase de instrução / adaptação ao
BE-90.
A falta de uma norma estabelecendo critérios
para uma missão de treinamento, neste caso, levou a
tripulação a improvisar a instrução, conforme as seguintes
hipóteses:
1ª hipótese: O co-piloto encontrou
dificuldades que provocou maior concentração de ambos os
tripulantes nas manobras (desvio de atenção, distração,
flutuação da atenção, fixação da atenção) e conseqüente
retardo para correção do erro de altura.
Uma provável atenção para o treinamento
distraiu o comandante, fazendo com que, laconicamente,
transmitisse sua distância (57-DME) sem explicar o atraso. O
agravamento das dificuldades suplantou os limites de
competência de ambos.
2ª hipótese: A região desabitada e noite sem
luar podem ter levado à condição de desorientação espacial.
A presença de grandes partes dos tanques de
combustível no local do primeiro impacto é indício de
elevada velocidade longitudinal e grande razão de
afundamento, compatível com a de recuperação de atitude
anormal provocada por estol ou desorientação espacial.
CONCLUSÃO
Fator Humano – Aspecto Psicológico -
Contribuiu
Houve participação de variáveis psicológicas
a nível individual, psicossocial e organizacional.
Dentre as características do co-piloto, que
estava em instrução, destaca-se a impulsividade e a
impetuosidade, que podem tê-lo levado à realização do
treinamento naquelas circunstâncias.
O comandante, por sua vez, por não ser
funcionário de carreira da Polícia Federal, pode ter cedido
às pressões para a realização da instrução, ou mesmo pode
ter contribuído para uma demora na intervenção em casos de
dificuldade em controlar a aeronave.
As falhas de atenção por distração, flutuação
da atenção ou fixação da atenção com alguma manobra ou
treinamento não previsto podem ter levado a tripulação a
ultrapassar o nível mínimo autorizado pelo controle.
No aspecto fisiológico, há ainda a
possibilidade de ter ocorrido desorientação espacial.
Fator Operacional
(1). Deficiente Instrução - Contribuiu
Não existia uma periodicidade e controle da
instrução, ocasionando um longo intervalo entre os voos e
poucas horas de treinamento.
(2). Deficiente Aplicação dos Comandos -
Contribuiu
A colisão violenta com o solo, 4000 Ft abaixo
da altitude autorizada, evidencia a dificuldade na aplicação
dos comandos.
(3). Deficiente Coordenação de Cabine -
Indeterminado
A ausência de testemunhas ou de CVR
dificultam a determinação deste fator. Entretanto, o fato de
o comandante reportar apenas a distância, não reportar a
altitude, e ultrapassar 4000 Ft abaixo da altitude
autorizada são indícios da falta de padronização das ações
de pilotagem, brifing de descida e controle de situações
anormais.
(4). Deficiente Planejamento - Indeterminado
Há indícios de que os pilotos efetuaram
treinamento de manobras em rota sem estar previsto, sem
autorização do controle e em circunstâncias de risco para o
tráfego aéreo local.
(5). Influência do Meio Ambiente -
Indeterminado
A operação noturna sobre área desabitada e
sem pontos de referência no solo podem levar um piloto com
pouca experiência em voo, a uma desorientação espacial,
dificultando a controlabilidade da aeronave.
(6). Pouco Experiência de Voo na Aeronave -
Contribuiu
O co-piloto realizou, durante um período de
oito meses, apenas 15:30 horas de instrução no tipo de
aeronave em questão.
RECOMENDAÇÕES DE SEGURANÇA DE VOO
O Departamento de Polícia Federal deverá:
1) Determinar a criação de um setor
encarregado do controle, supervisão, instrução e treinamento
de seus tripulantes;
2) Elaborar e submeter à aprovação do DAC,
através do SERAC, um programa de treinamento para seus
tripulantes, observando os critérios previstos no RBHA 91 e
61, além de outros documentos pertinentes;
3) Fazer reuniões periódicas com seus
tripulantes a fim de padronizar procedimentos, divulgar
relatórios de perigo, ministrar aulas de regras de tráfego
aéreo e outras atividades referentes à segurança de voo; e
4) Determinar a não realização de instrução
básica em condição IMC, bem como não autorizar a realização
desse tipo de treinamento em rota para evitar impor riscos
desnecessários ao voo e aos demais tráfegos.
O SERAC-6 deverá realizar uma Vistoria de
Segurança de Voo no setor aeronáutico da Polícia Federal.
Hora: 16:00
Aeronave:
Helicóptero 1P -R-22
Operador:
Departamento de Polícia Federal
Matrícula/Prefixo:
PT-HVH
Tripulação:
Ocupantes: 1 / Fatalidades: 0
Passageiros:
Ocupantes: 2 / Fatalidades: 1
Total: Ocupantes: 3/ Fatalidades:
1
Local do Acidente: Rua Turiassu, São Paulo – SP
Tipo de acidente:
Pouso Forçado
Fase de Operação:
em voo
Natureza do Voo:
voo turístico
Aeroporto de Partida:
Heliponto privado do Anhembi – São Paulo – SP
Aeroporto de Destino:
Heliponto privado do Anhembi – São Paulo – SP
HISTÓRICO
O helicóptero decolou do heliponto privado do
Anhembi para realizar um voo sobre a cidade de São Paulo com
duas pessoas a bordo.
Durante uma fase do voo, o motor apresentou
funcionamento irregular. O “piloto” tentou o procedimento de
auto-rotação, sem sucesso, vindo a colidir com o telhado de
uma residência e, a seguir, com o solo.
Os ocupantes sofreram lesões graves, vindo um
deles a falecer e a aeronave sofreu avarias acima de
qualquer recuperação.
ANÁLISE
O “piloto” não possuía certificado de
habilitação técnica para helicópteros. À época, não havia
cumprido qualquer programa de instrução técnica, teórica ou
prática, para a aeronave em curso homologado, motivo pelo
qual solicitou que um piloto qualificado decolasse do Campo
de Marte para um heliponto sem fiscalização, facilitando sua
posterior atividade ilegal.
Alegou ter realizado 21:00 horas de voo no
helicóptero como treinamento, porém, sem se caracterizar
oficialmente como instrução, por não existir qualquer
registro da referida “instrução”. Mesmo assim, tal
quantitativo de horas é insuficiente para uma operação
segura da aeronave.
Desta forma, a experiência declarada de
360:00 horas de voo neste modelo (não registrada),
revelou-se insuficiente, carecendo, totalmente, de maior
embasamento técnico e prático que o qualificasse para sanar,
de maneira correta, qualquer situação de emergência na
aeronave.
Ao notar o funcionamento irregular do motor,
tentou efetuar um procedimento para o qual não estava
qualificado, por não possuir treinamento suficiente. O
procedimento de auto-rotação, por ser efetuado provavelmente
de maneira incorreta, causou a parada do motor e a perda
conseqüente de rotação do rotor principal, que daria a
sustentação necessária para se efetuar o pouso de
emergência.
O “piloto” alegou que tentou impedir a
passageira de saltar da aeronave. Isso teria prejudicado
ainda mais o correto procedimento de auto-rotação. O
“piloto”, ainda, não deu um brifing sobre procedimentos de
emergência para a passageira, contribuindo para o pânico da
mesma.
Analisando o aspecto psicológico, verifica-se
que o “piloto” caracterizava-se pelo habitual e rotineiro
desprezo aos procedimentos básicos de segurança. Ao decolar
do Heliponto do Anhembi, estava ciente da irregularidade que
cometia e vinha cometendo anteriormente, quando utilizava a
aeronave para fazer coberturas de eventos esportivos na
capital paulista.
Quanto à pane do motor, o laudo técnico da
empresa homologada não foi conclusivo por basear-se apenas
em análise visual. Há que se considerar, porém, que o fato
notado pela comissão de investigação de haver duas velas
estarem soltas, pode ter contribuído para o funcionamento
irregular do motor, tal como trepidação e a conseqüente
perda de rotação, que foram agravados pela atuação incorreta
do “piloto” nos comandos da aeronave.
Algum tempo após o acidente, o piloto
conseguiu habilitação para pilotagem de helicóptero.
CONCLUSÃO
Fator Humano – Aspecto Psicológico -
Contribuiu
Ficou patente a irresponsabilidade com que
era conduzido o helicóptero e o desprezo do tripulante com a
sua própria segurança e a de terceiros.
Fator Operacional
(1). Deficiente Instrução/ Experiência de Voo
na Aeronave – Contribuíram
O “piloto” não efetuou qualquer curso
homologado para a qualificação na aeronave. A “instrução”
declarada recebida foi irregular, tendo, portanto, aprendido
a manejar os comandos da aeronave sem o correto embasamento
teórico e a prática adequada.
(2). Deficiente Aplicação dos Comandos -
Contribuiu
O “piloto”, por não possuir o treinamento
adequado, atuou incorretamente no coletivo da aeronave,
vindo a agravar a falha do motor.
(3) . Deficiente Supervisão - Contribuiu
Não houve a fiscalização necessária, por
parte do proprietário do Heliponto do Anhembi, para impedir
a decolagem do helicóptero por “piloto” não qualificado.
(4) . Imprudência - Contribuiu
O “piloto” aumentou a margem de risco ao
operar uma aeronave para a qual não estava qualificado.
(5). Negligência - Contribuiu
O “piloto” não instruiu um passageiro quanto
aos procedimentos de emergência, o que veio a aumentar o seu
grau de dificuldade na execução do procedimento de
auto-rotação.
(6). Indisciplina de Voo - Contribuiu
Pelo fato de ser conhecedor de sua
incompetência para a pilotagem do helicóptero e por
desobedecer intencionalmente os regulamentos que o impediam
de, tecnicamente, pilotar aquela aeronave.
(7). Deficiente Manutenção - Indeterminado
Embora haja indícios de que possa ter
contribuído, não pode ser determinado por falta de um laudo
técnico apurado do motor.
RECOMENDAÇÕES DE SEGURANÇA DE VOO
1. O DAC, através dos SERAC, deverá divulgar
este acidente como peça importante para a prevenção, como
forma de conscientização para aqueles “pilotos” que, embora
com algumas horas de voo, se julgam capazes de operar
aeronaves para as quais não estão qualificados.
2. Em virtude de o “piloto” ter conseguido
habilitação para a pilotagem de helicópteros após o
acidente, O DAC, por intermédio do SERAC 4, deverá
determinar uma reavaliação psicológica do mesmo,
considerando os aspectos psicológicos levantados pela
Comissão durante a investigação, quando estes foram fatores
que contribuíram para o acidente em questão e concorreram
para a morte de terceiros. Durante esta avaliação, deverá o
DAC analisar os atos cometidos em desacordo com a legislação
vigente, adotando as providências cabíveis, em prol da
Segurança de Voo.
3. O SERAC-4 deverá realizar uma Vistoria de
Segurança de Voo na Anhembi Escola de Aviação, no heliponto
de sua propriedade, visando detectar irregularidades na
fiscalização das habilitações técnicas dos operadores ali
sediados e realizar uma inspeção nas oficinas da AUDI S/A,
visando apurar os motivos pelos quais uma aeronave
considerada nova e recém inspecionada apresentava o seu
motor com péssimo estado de conservação e com peças mal
instaladas.
4. Os SERAC deverão desenvolver campanhas
para conscientizar os operadores e proprietários das
implicações que a prática ilegal da atividade aérea pode
levar a danos materiais, lesões e fatalidades sem considerar
a prática de crime com as conseqüentes implicações legais.
5. Os proprietários e operadores de
helicópteros deverão adotar mecanismos de controle que
impeçam o exercício de atividades irregulares de instrução
em voo em seus helicópteros. Alertar os seus tripulantes que
essa prática ilegal concorre para o aviltamento ético de sua
profissão, além de contribuir para incidentes e acidentes.
Somente autorizar, em seus helipontos, a operação de
helicópteros e pilotos que tenham comprovado, anteriormente,
estarem com sua documentação válida.
Hora:
19:20
Aeronave:
Beech F33 Bonanza
Operador:
Particular
Matrícula/Prefixo:
PT-OMA
Tripulação:
Ocupantes: 1 / Fatalidades: 1
Passageiros:
Ocupantes: 2 / Fatalidades: 2
Total: Ocupantes: 3/ Fatalidades:
3
Local do Acidente: Fazenda no Distrito de Luiz Alves,
em São Miguel do Araguaia – GO
Tipo de acidente:
Perda de Controle em Voo
Fase de Operação:
em voo
Natureza do Voo:
voo turístico
Aeroporto de Partida: Aeródromo Nacional de Aviação - Goiânia - GO
Aeroporto de Destino:
Fazenda no Distrito de Luiz Alves - São Miguel do Araguaia -
GO
HISTÓRICO
A aeronave decolou do Aeródromo Nacional de
Aviação, em Goiânia - GO, com destino a uma fazenda na
cidade de Luiz Alves.
Em condições de voo visual noturno, a
aeronave chegou à vertical da pista de destino, que não era
balizada e ficava em uma área sem pontos iluminados no solo.
Durante as manobras para a tentativa de pouso, a aeronave
entrou em atitude anormal, vindo a colidir com obstáculos.
Houve explosão seguida de fogo, em
decorrência do impacto com o solo.
O piloto e os dois passageiros faleceram no
local e a aeronave sofreu perda total.
ANÁLISE
O piloto estava com seu Certificado de
Habilitação Técnica e IFR vencidos.
O piloto não estava atualizado com os
procedimentos de voo por instrumentos (IFR). Planejou sua
chegada ao destino em período noturno, em pista não
homologada nem balizada e onde não havia qualquer apoio
rádio de navegação.
Na chegada ao destino, o piloto fez um
contato com outra aeronave, que estava estacionada no pátio
da pista, solicitando informações de altitude e ajuste de
altímetro.
O piloto não preencheu notificação ou plano
de voo para a missão que pretendia realizar.
De acordo com informações de testemunhas, o
piloto já havia pousado anteriormente na localidade, tendo
conhecimento de que o local não dispunha de balizamento para
operação noturna. Esses fatos indicam que o piloto não
planejou o voo de modo a chegar ao aeródromo de destino em
condições de voo visual diurno, visto que aquele aeródromo
não oferecia as mínimas condições de operação noturna.
Uma vez que a aeronave não era equipada com
registradores de voo nem gravadores de voz e não há
sobreviventes para elucidar os últimos instantes do voo,
conclui-se que o acidente pode ter ocorrido conforme as
hipóteses abaixo:
1) O piloto decolou do Aeródromo Nacional de
Aviação com dois passageiros a bordo. Irregularmente, voou
em rota para o destino. A chegada ao destino ocorreu no
período noturno. Após sobrevoar a pista e executar um
contato bilateral com o piloto de outra aeronave, que se
encontrava no pátio da pista de destino, o piloto iniciou a
descida. Sem horizonte e sem pontos de referência no solo, o
piloto confundiu-se, perdendo a noção da posição do céu e do
terreno, o que ocasionou uma desorientação espacial e
entrada em atitude anormal, que, devido à altura, não foi
possível recuperar, vindo a colidir com os obstáculos.
2) A perda de controle em voo iniciou-se de
forma sutil e imperceptível, devido ao desvio de atenção do
piloto das indicações dos instrumentos de voo (altímetro,
climb, velocímetro, horizonte) e às condições favoráveis à
desorientação espacial. A insuficiente altura impediu a
recuperação da atitude anormal antes da colisão com o solo.
CONCLUSÃO
Fator Humano – Aspecto Fisiológico –
Indeterminado
É possível que o piloto tenha sofrido uma
desorientação espacial, em decorrência das condições de voo
em que se encontrava e de uma possível ansiedade para pousar
com segurança nas condições marginais de voo no momento da
chegada ao aeródromo de destino.
Fator Operacional
(1). Deficiente planejamento - Contribuiu
O planejamento foi inadequado para que a
aeronave alcançasse o destino em condições diurnas. Foi
realizado para uma pista não legalizada, sem apoio de
navegação e sem balizamento para pouso noturno, colocando em
risco a operação da aeronave e seus ocupantes.
(2). Indisciplina de Voo - Contribuiu
O piloto planejou o voo sem que estivesse
atualizado tecnicamente para executá-lo. O piloto
desobedeceu intencionalmente regras de tráfego aéreo e o
RBHA 91.
(3). Deficiente Supervisão – Contribuiu
O proprietário da aeronave permitiu que o
piloto operasse com habilitação vencida e em condições
incompatíveis com a sua operacionalidade e, além disso,
permitiu que a aeronave prosseguisse para uma pista não
registrada nem homologada, colocando em risco a segurança de
voo e contrariando a legislação vigente (CBAer e IMA 100 -
12).
RECOMENDAÇÕES DE SEGURANÇA DE VOO
Os SERAC deverão divulgar os
ensinamentos contidos neste relatório aos aeroclubes e
empresas de táxi aéreo de suas respectivas circunscrições.
O SERAC - 6 deverá intensificar a
fiscalização no Aeródromo Nacional de Aviação, em Goiânia,
visando a identificação de aeronaves e pilotos em situação
irregular para a atividade aérea.
Hora: 10:55
Aeronave: Cessna
182Q Skylane
Operador:
Particular
Matrícula/Prefixo:
PT-ONC
Tripulação:
Ocupantes: 1 / Fatalidades: 1
Passageiros:
Ocupantes: 1 / Fatalidades: 1
Total: Ocupantes: 2/ Fatalidades:
2
Local do Acidente: Guarapuava - PR
Tipo de acidente:
Colisão em Voo com Obstáculo
Fase de Operação:
em voo
Natureza do Voo:
transporte particular de passageiros
Aeroporto de Partida:
Pista da Fazenda Estrela Dourada, Dourados - MS
Aeroporto de Destino:
Aeroporto: Tancredo Thomas de Faria (SBGU) - Guarapuava - PR
HISTÓRICO
A aeronave decolou aproximadamente às 21:30h
da Fazenda Estrela Dourada, em Dourados (MS), com destino à
Guarapuava (PR).
As condições meteorológicas do destino eram
desfavoráveis ao voo visual, possuindo teto muito baixo e
visibilidade restrita.
Próximo ao aeródromo de destino, foi ouvido o
barulho da aeronave circulando sobre a antena transmissora
de uma rádio local. Após algum tempo, a aeronave foi
avistada abaixo da camada de nuvens, em rumo de colisão com
a copa de uma árvore.
Após o impacto com o solo, a aeronave
incendiou-se e os seus dois ocupantes faleceram. A aeronave
sofreu avarias acima de qualquer recuperação.
ANÁLISE
Há indícios de que o pai do piloto, que
também estava a bordo e era proprietário da aeronave, tenha
influenciado na tomada de decisão em descer para tentar
pousar na localidade de destino. Contudo, não havia
necessidade particular ou urgência que exigisse a exposição
dos ocupantes aos riscos de uma descida sem referências
visuais em local com obstáculos naturais (morros).
As condições meteorológicas da localidade de
destino não eram favoráveis ao voo visual. O teto estava
baixo, com aproximadamente 100ft e a visibilidade em torno
de 200 m. Havia nevoeiro e o vento era calmo.
O irmão do piloto informou, via telefone, que
o teto em Guarapuava estava muito baixo, mas, mesmo assim, o
voo foi conduzido para aquela localidade.
Havia combustível suficiente para retorno e
pouso em aeródromos de alternativa, quando o piloto iniciou
a descida sem referências visuais.
O piloto não tinha experiência para o voo IFR
e nem era habilitado para tal. A aeronave também não era
homologada para voar por instrumento e o aeródromo não
possuía procedimento para descida IFR.
Apesar de todas essas restrições, o piloto
optou em realizar a descida em condições meteorológicas de
voo por instrumento. O município de Guarapuava possuía uma
estação de rádio AM, porém, no aeródromo, não existia
auxílio para descida por instrumento. Há indícios de que a
aeronave tenha descido em curva sobre a antena da estação de
rádio local, tentando obter condições visuais para pousar no
aeródromo.
CONCLUSÃO
Fator Humano – Aspecto Psicológico -
Indeterminado
Há indícios de que o piloto tenha tomado a
decisão de descer, sem condições visuais, influenciado pela
presença do pai a bordo.
Fator Operacional
(1). Condições Meteorológicas Adversas -
Contribuíram
A visibilidade reduzida e o teto baixo
levaram o piloto a tentar uma descida para obter contato
visual com o terreno, ocasionando a colisão com obstáculos
naturais.
(2). Deficiente Julgamento – Contribuiu
O piloto deixou de considerar a informação
meteorológica fornecida, tendo uma avaliação inadequada da
possibilidade de pousar na localidade de destino.
(3). Indisciplina de Voo - Contribuiu
O piloto desobedeceu intencionalmente as
regras de voo visual, quando tentou descer sem contato com o
terreno, sem que houvesse motivo justificado para tal.
(4). Pouca Experiência de Voo na Aeronave -
Contribuiu
O piloto não tinha experiência para entrar em
condições de voo por instrumento, além de não ser habilitado
para tal.
RECOMENDAÇÕES DE SEGURANÇA DE VOO
Os SERAC deverão intensificar as atividades
educativas de Segurança de Voo, através de palestras e
divulgação deste relatório aos aeroclubes e escolas de
aviação, enfatizando aos pilotos a necessidade de se
respeitar as Regras do Ar, as limitações da aeronave e as
próprias limitações.
Hora: 18:10
Aeronave: Piper
PA-28-235 Cherokee
Operador:
Particular
Matrícula/Prefixo:
PT-JGG
Tripulação:
Ocupantes: 1 / Fatalidades: 1
Passageiros:
Ocupantes: 0 / Fatalidades: 0
Total: Ocupantes: 1/ Fatalidades:
1
Local do Acidente: Alta Floresta - MT
Tipo de acidente:
Perda de Controle em Voo
Fase de Operação:
em voo
Natureza do Voo: ?
Aeroporto de Partida:
região de garimpo (?)
Aeroporto de Destino:
Aeroporto Deputado Benedito Santiago (SBAT) – Alta Floresta
- MT
HISTÓRICO
A aeronave regressava da região de garimpo
para o pouso em Alta Floresta - MT (SBAT), em condições de
voo visual. Na aproximação final para o pouso na pista 21, o
piloto arremeteu, cruzou toda a extensão da pista, e na
cabeceira oposta iniciou uma subida seguida de um “tunô
lento”.
No término da manobra, o piloto não conseguiu
controlar a aeronave, vindo a tocar o solo por duas vezes
consecutivas, ocasionando uma explosão seguida de incêndio.
O piloto faleceu no local e a aeronave sofreu
perda total.
ANÁLISE
O manual da aeronave PIPER PA-28 não prevê
manobras acrobáticas.
O piloto realizou uma manobra acrobática (tunô
lento) sem estar qualificado para esse tipo de voo, além de
tentar efetuá-la em uma aeronave não homologada para esse
fim.
Não houve um planejamento para a execução da
manobra, tendo o piloto efetuado o giro de asas sem
critérios de velocidade, altura e atuação nos comandos de
voo.
Segundo informaram amigos do piloto, o mesmo
comentou que iria realizar uma acrobacia naquele dia,
parecida com as realizadas pela Esquadrilha de Demonstração
Aérea (EDA) da FAB.
A empolgação por voos de acrobacia e a
presença de amigos no aeródromo no dia do acidente, levaram
o piloto a uma excessiva motivação para a realização da
manobra acrobática, sem se preocupar com o potencial de
risco que poderia advir de sua inexperiência neste tipo de
voo.
A seqüência incorreta da manobra corrobora a
inexperiência e o deficiente julgamento do piloto. O giro de
asas após a cabrada da aeronave não foi coordenado e, no
dorso, o piloto deixou que esta picasse abruptamente até o
impacto com o solo. O primeiro impacto ocorreu com a
aeronave girando de asas, porém em atitude de asas quase
niveladas. A segunda e derradeira colisão ocorreu com a
aeronave no dorso.
O Aeródromo não possui um Plano de Emergência
Aeronáutica em Aeródromo (PEAA).
CONCLUSÃO
Fator Humano – Aspecto Psicológico -
Contribuiu.
A atitude do piloto aliada à presença de
amigos no aeródromo levaram-no a um excesso de motivação
para realizar a manobra fatídica.
Fator Operacional
(1). Deficiente Aplicação de Comandos -
Contribuiu.
O piloto não aplicou devidamente os comandos
da aeronave, vindo a colidir com o solo.
(2). Deficiente Planejamento - Contribuiu
O piloto não possuía treinamento nem
habilitação adequada para realizar manobra acrobática a
baixa altura.
(3). Indisciplina de Voo - Contribuiu
O piloto desobedeceu intencionalmente às
regras do ar e de tráfego aéreo (IMA 100 - 12) e
regulamentos da aviação civil, no tocante a voos acrobáticos
e licenças para este tipo de voo.
Houve desobediência também quanto à
realização de manobras não previstas no manual do fabricante
da aeronave Piper PA-28.
RECOMENDAÇÕES DE SEGURANÇA DE VOO
O DAC, por intermédio dos SERAC, deverá
intensificar as atividades educativas de segurança de voo
nas áreas de maior ocorrência de incidentes e acidentes
aeronáuticos. Apoiar o IAC no que diz respeito à atualização
dos currículos de Piloto Privado e Piloto Comercial, de
forma que a disciplina SIPAER destes currículos contenha
dados estatísticos atualizados e exemplos reais dos
acidentes mais comuns na aviação geral.
A Administração do Aeródromo de Alta
Floresta deverá viabilizar junto ao corpo de bombeiros local
uma atuação mais ágil em caso de acidente no aeródromo,
efetivando um acionamento rápido e eficiente, em coordenação
com o órgão de controle de tráfego aéreo.
Data:
26 OUT 93
Hora: ?
Aeronave:
EMB P-95 Bandeirulha
Operador:
FAB - Força Aérea Brasileira
Matrícula/Prefixo:
FAB2290
Tripulação:
Ocupantes: ? / Fatalidades:
?
Passageiros:
Ocupantes: ? / Fatalidades: ?
Total:
Ocupantes: ? / Fatalidades: ?
Local do
Acidente: Angra dos Reis - RJ
Tipo de
acidente: ?
Fase de
Operação: ?
Natureza do
Voo:
militar
Aeroporto de
Partida:
?
Aeroporto de
Destino: ?
DESCRIÇÃO:
Se tiver informações sobre
este acidente, por gentileza encaminhe para nós:
contato@desastresaereos.net
Hora: ?
Aeronave: Aero
Boero AB-115
Operador:
Aeroclube de Rondônia
Matrícula/Prefixo:
PP-GKR
Tripulação:
Ocupantes: 1 / Fatalidades: 0
Passageiros:
Ocupantes: 1 / Fatalidades: 1
Total: Ocupantes: 2 /
Fatalidades: 1
Local do Acidente: Porto Velho – RO
Tipo de acidente:
Colisão em Voo com Obstáculo
Fase de Operação:
em voo
Natureza do Voo:
voo de instrução
Aeroporto de Partida:
Aeroclube de Porto Velho – RO
Aeroporto de Destino:
Aeroclube de Porto Velho – RO
HISTÓRICO
A aeronave realizava voo de instrução no
tráfego do Aeroclube de Porto Velho.
Após dois pousos na pista 19, decidiu-se
realizar um “pouso de pista”.
O tráfego foi realizado abaixo da altura
normal. A perna do vento foi alongada. Durante a curva base,
a aeronave colidiu com um fio “pára-raios” de uma rede de
alta tensão.
Ancorada pelo fio, a aeronave girou no eixo
lateral e atingiu o solo no dorso, sofrendo avarias graves.
O instrutor sofreu lesões graves e o aluno
sofreu traumatismo craniano, faleceu a caminho do hospital.
A aeronave sofreu avarias graves em vários componentes.
ANÁLISE
Apesar de o aluno e o “instrutor” possuírem
horas no modelo e experiência suficientes para a realização
do voo, o piloto ocupante do assento traseiro não estava
habilitado para ministrar instrução, não possuindo a
experiência necessária para aquele tipo de voo.
Após o segundo toque e arremetida, o
“instrutor” concordou em efetuar mais um pouso, sugerindo ao
aluno o “pouso de pista”, não previsto para instrução, nem
planejado em brifing. Esta falha de planejamento esteve
presente, mas não contribuiu para o acidente.
Na curva base, o “instrutor” mandou que o
aluno aumentasse a inclinação da aeronave por estarem
afastados e já próximo o horário do pôr-do-sol.
O piloto que se senta na cadeira traseira da
aeronave AB-115 tem dificuldades para visualizar o ambiente
externo, frontal ao avião. No caso, esse problema foi
agravado em função da diferença de estatura entre o aluno
(1,85m) e o “instrutor” (1,66m).
O instrutor percebeu a perda de controle da
aeronave, assumindo os comandos, contudo, não foi possível
iniciar uma recuperação em tempo de evitar a colisão com um
fio pára-raios da rede de alta tensão.
O aluno sofreu traumatismo crânio encefálico
resultante do choque de sua cabeça contra o teto da
aeronave.
O piloto do assento traseiro, “instrutor”,
bateu com o rosto no manche durante as colisões. Foi
verificado que a falta de suspensórios para o assento
traseiro pode ter contribuído para as lesões.
CONCLUSÃO
Fator Humano – Aspecto Psicológico -
Indeterminado
Os desvios de atenção do piloto “instrutor”
podem ter interferido no seu desempenho, através de
distração e complacência em relação às falhas do aluno.
Fator Material
Deficiência de Projeto - Contribuiu
A falta de suspensório para o ocupante do
assento traseiro contribuiu para as lesões ocorridas no
rosto do piloto, que se feriu no impacto contra o manche.
Fator Operacional
(1) Deficiente Supervisão - Contribuiu
O aeroclube permitiu que ocorresse o voo de
“instrução” com um piloto não habilitado como instrutor.
(2) Pouca Experiência de Voo e na Aeronave -
Contribuiu
O piloto e o aluno possuíam experiência
suficiente para o voo. Entretanto, o piloto que ocupava o
assento traseiro não havia sido “checado” naquela posição,
não possuindo a experiência comprovada para ministrar
instrução.
(3) Deficiente Aplicação de Comando -
Contribuiu
A deficiente atuação do aluno nos comandos da
aeronave possibilitou a perda de sustentação. A deficiente
atuação do “instrutor” impossibilitou a recuperação antes da
colisão com os fios.
(4) Deficiente Planejamento – Presente e de
contribuição indeterminada
Houve uma inadequada preparação do voo,
ocorrido próximo ao horário do por do sol e no qual o
“instrutor” aceitou a sugestão do aluno em efetuar mais um
pouso e decidiu pelo “pouso de pista”, contribuindo para o
tráfego efetuado abaixo da altura padrão, por fim, para a
perda de controle da aeronave.
(5) Indisciplina de Voo – Presente e de
contribuição indeterminada
O piloto não estava habilitado para exercer
as funções de instrutor de voo, desobedecendo a regulamentos
e normas para a segura operação da aeronave.
(6) Deficiente Instrução – Presente e de
contribuição indeterminada.
O piloto não estava habilitado para exercer
as funções de instrutor de voo, desobedecendo regulamentos e
normas para a segura operação da aeronave.
RECOMENDAÇÕES DE SEGURANÇA DE VOO
O DAC deverá estudar o problema da falta de
suspensórios no assento traseiro da aeronave e, caso
necessário, emitir parecer ao órgão homologador e ao
Fabricante. Alertar aos operadores do AB - 115 para os
cuidados relativos à falta de suspensórios para o ocupante
do assento traseiro.
Os SERAC deverão divulgar o conteúdo deste
relatório para todos os aeroclubes de sua circunscrição,
valorizando a doutrina de segurança de voo e o cumprimento
fiel das normas e regulamentos do DAC.
Hora: 12:20
Aeronave: Cessna
T210N Centurion II
Operador:
Particular
Matrícula/Prefixo:
PT-OUY
Tripulação:
Ocupantes: 1 / Fatalidades: 1
Passageiros:
Ocupantes: 2 / Fatalidades: 2
Total: Ocupantes: 3 /
Fatalidades: 3
Local do Acidente: Fazenda Tranqüilidade, Vinhático –
ES
Tipo de acidente:
Colisão em Voo com Obstáculo
Fase de Operação:
pouso
Natureza do Voo:
transporte particular de passageiros
Aeroporto de Partida:
Aeroporto Eurico de Aguiar Salles (SBVT) – Vitória - ES
Aeroporto de Destino:
Aeroporto Jorge Schieber - Nanuque – MG
(na verdade foi para a pista da Fazenda
Tranqüilidade, em Vinhático – ES)
HISTÓRICO
A aeronave decolou de Vitória - ES, com três
pessoas a bordo e com plano de voo para Nanuque-MG, tendo,
porém, como destino a Fazenda Tranqüilidade, no Município de
Vinhático.
Durante o pouso naquela localidade, o piloto
optou pela arremetida após o toque, vindo a colidir com a
cerca que delimita a pista e a seguir, já em voo, com as
linhas de transmissão de energia, vindo a aeronave a se
chocar contra o solo, tendo todos os seus ocupantes
falecidos no local.
ANÁLISE
O piloto era experiente na operação de
garimpo, onde operou por sete anos, porém, encontrava-se
afastado da atividade aérea por seis meses.
A sua experiência anterior, aliada a
necessidade do emprego, fez com que aceitasse o voo sem
qualquer preocupação com readaptação à aeronave ou até mesmo
à própria pilotagem.
Ao decolar para a fazenda do proprietário da
aeronave, aceitou preencher incorretamente o plano de voo no
que se refere ao destino da aeronave, evidenciando sua
preocupação em não contrariar o futuro patrão e até mesmo
por ser prática incorreta, porém comum para muitos pilotos
declararem um destino não condizente com o real.
Ao chegar na fazenda de destino, apesar da
experiência em pousar em pistas pequenas, como se supõe
serem aquelas do “garimpo”, para avaliar as condições da
pista, efetuou uma passagem baixa sobre a mesma e em seguida
efetuou o tráfego.
Ao realizar o circuito de tráfego para o
pouso, efetuou uma final alta para os padrões de pouso da
aeronave para aquela pista, ficando acima da rampa padrão
para um toque seguro.
Sabendo que aquele voo seria decisivo para a
sua contratação resolveu prosseguir para o pouso, cuja perda
poderia significar sua inabilidade ou insegurança, fatores
que certamente iriam influenciar na decisão do empregador.
Com a aeronave com velocidade acima da prevista, tendo em
vista a necessidade de se adequar à rampa ideal, mais abaixo
daquela que realizava, veio a tocar já no terço final da
pista, não tendo distância suficiente para parar no limite
da mesma ou para arremeter em condição de ultrapassar os
obstáculos existentes.
O último choque contra a rede de energia
elétrica, onde teve secionado o seu profundor, criou uma
condição irreversível para o acidente, devido às avarias
sofridas pela aeronave, bem como a conseqüente perda de
controle da mesma.
O fato de a aeronave ter sido encontrada com
os flaps na posição de decolagem e o trem de pouso baixado
comprovam a tentativa da arremetida mal sucedida A
possibilidade de o proprietário ter interferido nos comandos
de voo está presente, porém não pode ser confirmada. O fato
de o mesmo ser exigente com os pilotos e interferir na
pilotagem dos mesmos nos leva a esta hipótese, que pode ter
ocorrido no momento da decisão de arremeter a aeronave,
tendo em vista estar o piloto determinado (necessidade de
emprego) a realizar o pouso.
CONCLUSÃO
Fator Humano – Aspecto Psicológico -
Contribuiu.
Foi verificado que houve prejuízo da
automação dos comportamentos adquiridos, em virtude do
período de inatividade, aliada a experiência anterior do
piloto adquirida na operação no garimpo, que fizeram com que
o mesmo subestimasse os danos que a abstinência de seis
meses sem voar poderiam causar na operação de uma aeronave.
As características pessoais do proprietário,
bem como a possibilidade de conseguir ser empregado, podem
ter interferido no processo decisório do piloto, vindo assim
a contribuir para a ocorrência.
Fator Operacional
(1). Deficiente Instrução - Contribuiu
Após longo período em inatividade o piloto
deveria ter realizado um voo de readaptação na própria
aeronave, o que não ocorreu, vindo a diminuir sua
proficiência operacional naquela aeronave.
(2). Deficiente Supervisão - Contribuiu.
O proprietário não avaliou as condições
operacionais do piloto. O mesmo ainda determinou o pouso em
uma pista não homologada ou registrada para operação.
(3). Pouca Experiência de Voo/na Aeronave -
Contribuiu.
O período de inatividade atuou de forma
negativa na experiência do piloto, levando-o a realizar uma
aproximação para pouso de maneira incorreta.
(4) Deficiente Infra-Estrutura - Contribuiu.
As condições físicas operacionais do
aeródromo eram totalmente irregulares, não possuindo a pista
os padrões mínimos de sinalização e apoio às situações de
emergência, como as que ocorreram neste acidente.
(5) Influência do Meio Ambiente - Contribuiu.
A presença do patrão a bordo criou
circunstâncias que afetaram a capacidade de decisão do
piloto, dando margem ao acidente.
(6) Deficiente Planejamento - Contribuiu.
O piloto não se preparou adequadamente para o
voo que estava realizando, tendo em vista estar operando em
pista não cadastrada e ainda não estar adaptado ao voo na
aeronave.
(7) Deficiente Julgamento - Contribuiu
O piloto avaliou inadequadamente a rampa da
aproximação final para o pouso, bem como a distância útil
para a arremetida.
(8) Negligência - Contribuiu.
O piloto deixou de se readaptar ao voo e à
aeronave antes de iniciar a operação que se propunha a
realizar, demonstrando, desta forma, falta de cautela para
se conduzir dentro dos limites de uma operação segura.
(9) Imprudência - Contribuiu.
O piloto submeteu-se, intencionalmente, a uma
operação de risco quando decidiu realizar um voo sem estar
readaptado para o mesmo e na aeronave que operaria.
(10) Indisciplina de Voo - Contribuiu.
O piloto operou em pista não cadastrada e com
informações falsas no plano de voo apresentado.
RECOMENDAÇÕES DE SEGURANÇA DE VOO
O DAC, através da realização de seminários,
simpósios, etc, deverá enfatizar a necessidade do correto
preenchimento do plano de voo, principalmente, no tocante ao
destino daquele voo, mostrando aos pilotos e operadores a
influência deste item na rápida localização e auxílio à
aeronave em caso de acidente. Através da DIPAA e dos SERAC,
intensificar os alertas aos proprietários quanto à
necessidade de avaliarem constantemente a operacionalidade
de seus pilotos, através de treinamentos e programas de
instrução e advertir os proprietários para a importância da
contratação de pilotos dentro das normas previstas na CLT,
não incorrendo na prática comum e ilegal de contratar
pilotos temporários ou “free-lances” na maioria das vezes
não qualificados para aquela operação.
Os COMAR deverão dar ampla divulgação, em
suas áreas, da necessidade de registro e homologação dos
aeródromos particulares e do processo para a realização dos
mesmos, de modo a incentivar os usuários a legalizarem seus
aeródromos.
A DEPV deverá disponibilizar meios para
finalizar a implantação dos recursos computacionais que irão
permitir a interação das diversas Seções de Aviação Civil
com as Salas AIS, em busca de uma integração efetiva entre a
fiscalização do Sistema de Aviação e as atividades do
Sistema de Proteção ao Voo, visando principalmente um
controle efetivo do plano de voo no tocante ao destino
declarado no mesmo.
Hora: 17:00
Aeronave: EMB-201A
Ipanema
Operador: Tema
Aviação Agrícola Ltda.
Matrícula/Prefixo:
PT-GTF
Tripulação:
Ocupantes: 1 / Fatalidades: 1
Passageiros:
Ocupantes: 0 / Fatalidades: 0
Total: Ocupantes: 1 /
Fatalidades: 1
Local do Acidente: Campo Verde – MT
Tipo de acidente:
Perda de Controle em Voo
Fase de Operação:
pouso
Natureza do Voo:
translado
Aeroporto de Partida:
Aeroporto de Primavera do Leste (SWPY) – MT
Aeroporto de Destino:
Aeródromo Campo Verde – MT
HISTÓRICO
A aeronave realizou traslado de Primavera do
Leste para Campo Verde.
Ao chegar ao aeródromo de destino, o piloto
efetuou um voo rasante sobre a pista, seguido de acentuada
cabragem e curva à esquerda na cabeceira oposta.
Durante a manobra, houve o estol da aeronave,
que colidiu com o solo e incendiou-se. O piloto faleceu no
local e a aeronave ficou totalmente destruída.
ANÁLISE
O piloto possuía menos de 500h de voo
registradas, demonstrando pouca experiência em aviação. Pela
validade do CHT, o piloto estava qualificado para o
deslocamento da aeronave, sendo contratado como free-lance
pela empresa proprietária do avião.
O piloto deixou de realizar o tráfego visual
padrão para pouso no aeródromo, decidindo efetuar um voo
rasante, sem estar autorizado, colocando em risco sua
integridade física e da aeronave. Provavelmente, foi
motivado pela presença do filho no aeródromo.
O piloto efetuou uma cabragem acentuada, com
curva a esquerda, sem avaliar as condições de temperatura,
altitude e sem a experiência adequada para fazer a manobra.
Após a cabragem e em curva, a aeronave com
pouca velocidade, perdeu a sustentação e o piloto perdeu seu
controle eficaz, não permitindo a recuperação da aeronave.
CONCLUSÃO
Fator Humano – Aspecto Psicológico -
Indeterminado
A presença de pessoas conhecidas no solo
ocasionou um excesso de motivação ao piloto, o que pode ter
contribuído para reduzir sua atenção e seu alerta
situacional.
Fator Operacional
(1). Deficiente Aplicação de Comandos -
Contribuiu
O piloto usou inadequadamente os comandos,
colocando a aeronave numa situação que ele não pode
controlar.
(2). Indisciplina de Voo - Contribuiu
O piloto desobedeceu intencionalmente regras
de tráfego aéreo, quando deixou de executar o tráfego padrão
visual em aeródromo para fazer o voo rasante.
(3). Deficiente Supervisão - Contribuiu
Houve falta de supervisão adequada no
planejamento, a nível administrativo, na contratação do
piloto que era inexperiente.
RECOMENDAÇÕES DE SEGURANÇA DE VOO
Os SERAC deverão divulgar o conteúdo deste
relatório para todas as empresas agrícolas e aeroclubes que
ministram este tipo de atividade.
Você tem mais informações sobre estes ou outros acidentes?
Escreva para nós:
contato@desastresaereos.net
.
Fontes: ASN, Wikipédia
e CENIPA.
Edição de texto e imagem: Jorge Tadeu da Silva
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