1959
22.12.1959
13:40 hs.
VASP - Viação Aérea São
Paulo
Vickers 827 Viscount
Prefixo: PP-SRG
Passageiros: 26
Tripulantes: 6
Vítimas a bordo: 32
Vítimas em solo: 10
Total de vítimas: 42
FAB - Força Aérea Brasileira
Fokker T-21 (S.11)
Prefixo: FAB0742
Tripulantes: 1
O Desastre Aéreo de Ramos foi um acidente aéreo
ocorrido em 22 de dezembro de 1959, no Bairro de Ramos, no
Rio de Janeiro. Nesta data, uma aeronave de treinamento
Fokker T-21 da Força Aérea Brasileira chocou-se em pleno ar
com um Vickers Viscount da VASP. O choque provocou a queda
das aeronaves, causando a morte dos 32 ocupantes do Viscount
além de 10 pessoas no solo, atingidas pelos destroços da
aeronave. O piloto da FAB, o Cadete Eduardo da Silva
Pereira, saltou de paraquedas, sendo o único sobrevivente.
Clique
AQUI
para ler o relato completo sobre esse acidente.
04.12.1959
FAB - Força Aérea Brasileira
Douglas C-47A-25-DK (DC-3)
Prefixo: FAB 2070
Acidente com o DC-3, ex-PP-ANZ
da Real, adquirido pela FAB, em Cumuruxatiba,
na Bahia, causa a morte dos seis tripulantes.
22.11.1959
NAB – Navegação Aérea Brasileira
Douglas C-53
Prefixo:
PP-NAZ
Acidente com avião cargueiro sobre o oceano próximo ao Rio
de Janeiro, RJ.
Os dois tripulantes da aeronave morreram.
29.09.1959
Willys-Overland do Brasil
Ltda.
Douglas DC-3-178
Prefixo:
PP- ANU
O DC-3 PP-ANU estava
prestes a ser entregue a um novo dono no Aeroporto de
Congonhas, em setembro de 1959, quando aeronave foi atingida
por um Custiss Commando da empresa Paraense. Devido aos
danos, a venda foi cancelada.
O
Curtiss C-46A PP-BTE da Paraense acabava de decolar do
Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, quando o piloto
percebeu que o trem de pouso havia retraído apenas
parcialmente e que a pressão hidráulica estava baixa.
A tripulação optou por retornar a Congonhas. Após o pouso, o
trem de pouso principal direito se retraiu, fazendo com que
a aeronave saísse da pista, colidindo com duas aeronaves
estacionárias. Uma dessas aeronaves era um DC-3-178,
registrado como PP-ANU (msn 1545).
A colisão
deixou a parte traseira da aeronave PP-ANU seriamente
danificada e o modelo ficou encostado até 1961, quando a
Real aproveitou a cauda de outro DC-3 acidentado naquele
mesmo ano. Reformado, o modelo ainda voou por quase mais uma
década.
O DC-3 foi reconstruído usando a fuselagem traseira do msn
34293/17028.
29.09.1959
Paraense Transportes Aéreos
Curtiss C-46A-45-CU Commando
Prefixo:
PP-BTE
Em 29 de setembro de
1959, o avião Curtiss C-46A-45-CU Commando, prefixo PP-BTE,
da Paraense Transportes Aéreos, acabava de decolar do
Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, no Brasil, com apenas
três tripulantes, quando o piloto percebeu que o trem de
pouso havia retraído apenas parcialmente e que a pressão
hidráulica estava baixa.
A tripulação optou por
retornar a Congonhas. Após o pouso, o trem de pouso
principal direito se retraiu, fazendo com que a aeronave
saísse da pista.
O PP-BTE
colidiu com duas aeronaves estacionadas. Uma dessas
aeronaves era o Douglas DC-3-178, prefixo PP-ANU, da Real
Transportes Aéreos, que estava negociada com a empresa
fabricante de automóveis Willys-Overland do Brasil Ltda. A
outra não há registro. Não havia ocupantes no PP-ANU.
24.09.1959
TAS
– Transportes
Aéreos Salvador
Curtiss C-46A Commando
Prefixo:
PP-ITI
A aeronave tripulada pelo Comandante Leonidas Frota de
Matos, piloto Fernando Carlos Orsine e radiotelegrafista
Francisco Buendia, levava os passageiros Vicente Liberato e
o menor Carlos A. Coutinho e transportava em seu interior
dois jipes.
Após o disparo da
hélice do motor esquerdo, o piloto Matos foi obrigado a
realizar uma descida forçada. Foi relatado que, caso optasse
por alijar a carga, haveria a possibilidade de prosseguir o
voo, mas dado o valor da mesma e por questões de segurança,
optou-se pelo pouso forçado num pântano localizado entre
Cuiabá e Três Lagos, nas proximidades do Rio São Francisco,
em Mato Grosso. Ninguém se feriu no pouso. Por rádio, a
tripulação fez contato com o Aeroporto de Congonhas, em São
Paulo, solicitando o resgate.
Dada a perícia do
piloto na aterrissagem forçada, a aeronave sofreu danos
mínimos e a companhia aérea cogitava construir um pista de
emergência no local para que o avião pudesse decolar
novamente.
23.09.1959
VASP - Viação Aérea São Paulo
SAAB Scandia 90A-1
Prefixo: PP-SQV
Às 18:40 hs da quarta-feira, 23 de setembro de 1959, o avião
Saab não conseguiu ganhar altura suficiente após a decolagem
e caiu em uma área residencial no Bairro Vila Clara, a cerca
de 4,5 km ao sul do aeroporto de Congonhas, em São Paulo.
O avião seguiria em direção ao Rio de Janeiro. A causa do
acidente não pôde ser determinada. A bordo estavam quarto
tripulantes e 16 passageiros. Todos morreram.
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Folha da Manhã, 24, 25 e 26.09.1959 |
23.09.1959
Remo de Paoli
Curtiss C-46
Prefixo: PP-ITI
Acidente com avião Curtiss C-46 em
Rondonópolis.
22.09.1959
FAB - Força Aérea Brasileira
Lockheed P2V - P-15 Netuno
Prefixo: FAB
7007
Em 22 de setembro de 1959, um P-15 da FAB, de matrícula
7007, se acidentou durante a decolagem no Aeroporto de
Salvador, na Bahia, onde localizava-se o Sétimo Grupo de
Aviação (7º GAv), havendo perda total da aeronave e morte de
todos os tripulantes. Não temos informações sobre o número
de vítimas.
27.08.1959
REAL Transportes Aéreos
Douglas C-47A-25-DK (DC-3)
Prefixo: PP-AVY
Acidente no Aeroporto de Maringá, PR. Sem vítimas fatais.
15.07.1959
Paraense Transportes Aéreos
Curtiss C-46A-40-CU Commando
Prefixo: PT-BEE
Após decolar do município de Pedro Afonso, no Tocantins, com
destino a Belém, no Pará, um incêndio irrompeu no
compartimento da roda direita. Após uma fracassada tentativa
de apagar o fogo, o pouso de emergência foi realizado
próximo a Babaçulândia, TO.
A causa provável apontada foi um vazamento no sistema de
combustível, causando o incêndio a bordo. Sem vítimas
fatais.
06.05.1959
Paraense Transportes Aéreos
Curtiss C-46A-40-CU Commando
Prefixo: PP-BTA
Após
decolagem noturna do Aeroporto de Belém, o C-46 fez uma
curva à direita em baixa altitude, caiu e pegou fogo. Sem
vítimas fatais.
01.03.1959
FAB - Força
Aérea Brasileira
Douglas DC-3 (C-47)
Prefixo: FAB 2060
O DC-3 decolou do Rio de Janeiro, RJ, com destino ao
Aeroporto de Salvador, e caiu a cerca de 30 km do município
de Caravelas, na Bahia. A bordo estavam cinco tripulantes e
13 passageiros. Todos morreram.
|
Folha da Noite, 03.03.1959 |
Clique
AQUI e leia mais sobre o acidente no jornal da época.
11.01.1959
Lufthansa
Lockheed L-1049G Super Constellation
Prefixo: D-ALAK
No final da manhã de domingo, 11 de janeiro de 1959, o Super
Constellation operava o voo LH502 entre Hamburgo, na
Alemanha, para Buenos Aires, na Argentina, com escalas em
Frankfurt, Paris, Lisboa, Dakar (Senegal), Recife e Rio de
Janeiro. A tripulação já havia ultrapassado sua carga
horária dentro dos padrões alemães.
Quando se aproximavam do momento do pouso, a cerca de 20
minutos do Rio de Janeiro, a tripulação iniciou a descida
dos 4.200 m para 3.000 m. A instrução era para que fosse
mantida a altitude de 3.000 m para o procedimento de
aproximação e aterrissagem na pista 14 do Aeroporto do
Galeão, no Rio de Janeiro. Ao longo do início do
procedimento, eles foram liberados para descer a 900 m.
A torre do Galeão foi contatada e informada de que tudo
estava dentro dos parâmetros corretos. Porém, o avião desceu
sobre a Baía de Guanabara em condições de chuva e bateu na
água com a bequilha (roda dianteira). A tripulação, então,
presumivelmente, tentou continuar a abordagem a pista, mas
por volta das 11:20 (hora local) o Constellation caiu perto
de uma praia a cerca de 10 km da pista do Aeroporto do
Galeão. Dos 10 tripulantes e 29 passageiros a bordo, apenas
três tripulantes sobreviveram.
Causa provável
"Apesar de uma investigação exaustiva, não foi possível
determinar a causa real do acidente. No entanto, foi
apontada como causa provável um erro do piloto ao descer
abaixo da altitude mínima na aproximação final e a fadiga da
tripulação foi considerado um fator contribuinte".
|
. |
|
. |
|
Fotos:
www.baaa-acro.com |
06.01.1959
Paraense Transportes Aéreos
Curtiss C-46A-45-CU Commando
Prefixo: PP-LDH
O C-46, em um voo para o Rio de Janeiro, teve que alternar
para p Aeroporto do Galeão em razão do fechamento temporário
do Aeroporto Santos Dumont. Todos os passageiros
desembarcaram no Galeão.
Quando o aeroporto foi aberto para o tráfego novamente, os
cinco tripulantes decolaram sem passageiros para o Aeroporto
Santos Dumont. Ao pousar, a aeronave ultrapassou o limite da
pista 02 e invadiu o mar. Nenhuma vítima fatal.
A causa provável
"Erro por parte do piloto ao estimar a distância necessária
para o pouso".
1958
30.12.1958
VASP - Viação Aérea São Paulo
SAAB Scandia 90A-2
Prefixo: PP-SQE
O Saab decolou do Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro
com destino ao Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, com
quatro tripulantes e 33 passageiros a bordo.
Ao atingir a altitude de 50 m, o motor nº 1 falhou. O piloto
fez uma curva de 90 graus à esquerda e, depois de voar em
frente por cerca de 500 m, começou outra curva para a
esquerda. Durante essas manobras, por volta das 12:09 hs., a
aeronave parou de funcionar e caiu no mar.
Morreram na queda os quatro tripulantes e dezessete
passageiros.
Causa provável
"O acidente foi atribuído ao piloto pela manipulação
incorreta dos controles de voo".
|
Folha da
Manhã, 31.12.1958 |
Clique
AQUI e leia mais sobre o acidente no jornal da época.
22.09.1958
Navegação Aérea Brasileira
Douglas VC-47D (DC-3)
Prefixo: PP-NAR
Um avião da Força Aérea dos EUA, o Douglas VC-47D, prefixo
43-48758, havia se envolvido em um acidente e foi
considerado danificado “além do reparo”. Essa mesma aeronave
foi vendida para a empresa Navegação Aérea Brasileira.
Mecânicos não qualificados para o trabalho, foram escalados
para reparar o avião.
No dia 21 de setembro, o avião foi autorizado a realizar um
voo teste de sete minutos. Um dia depois, na segunda-feira,
22 de setembro de 1958, um outro voo de teste foi planejado.
Logo após a decolagem desse 2º voo teste, o trem de pouso
principal esquerdo não se retraiu. Dois minutos depois, o
trem desprendeu-se e atingiu a asa que ficou dobrada para
cima. O restante da asa direita ala também se desprendeu e o
avião caiu verticalmente no solo. Os três tripulantes
morreram no acidente.
Causa provável: "A utilização de pessoal não qualificado
para a reparação de uma aeronave após um acidente".
22.09.1958
VARIG
Convair CV-240-2
Prefixo: PP-VCK
N.o Aeroporto de Brasília, um treinamento de "touch and go”
estava sendo realizado sob chuva. Devido à falha dos
limpadores dos pára-brisas, o piloto abriu a janela direta
da cabine. Durante uma das abordagens, a janela
desprendeu-se e caiu sobre a coluna do manche. Ao tentar
subir com força total, o avião caiu e explodiu em chamas. Os
três tripulantes conseguiram sobreviver ao acidente.
05.09.1958
Loide Aéreo Nacional
Curtiss C-46A-45-CU Commando
Prefixo: PP-LDX
O avião havia decolado do Rio de Janeiro (RJ) às 03h42min do
dia 5 de setembro de 1958 e faria escalas em Vitória,
Ilhéus, Salvador, Aracaju, Maceió, Recife, Natal e Campina
Grande e, logo após, seguiria para seu destino final, a
cidade de Fortaleza (CE).
Devido ao tempo chuvoso e encoberto, com a visibilidade
prejudicada, foram feitas várias tentativas frustradas de
pouso no então Aeródromo de Campina Grande, na Paraíba. Na
última aproximação, a aeronave estava voando abaixo do teto
de aproximação se chocando contra o solo, sobre um roçado na
margem esquerda da BR-230, no Bodocongó. Entre os mortos,
estavam o comandante e a telegrafista do avião, um médico,
um arquiteto e um gerente do Banco do Brasil.
Um dos sobreviventes do acidente foi o então estudante de
direito Renato Aragão.
As vítimas eram resgatas pelo Corpo de Bombeiros e
encaminhadas para os hospitais Pedro I, prontos socorros da
região e Ipase em estado grave. Sendo o local de difícil
acesso, o trabalho de resgate dos bombeiros foi extremamente
dificultoso.
Inacreditavelmente, mesmo com a operação de resgate em
andamento, moradores locais aproveitavam a confusão formada
para saquear e roubar pertences dos feridos e mortos no
acidente.
Atualmente, no local exato do acidente, existe um oratório e
uma cruz onde muitas pessoas rezam e pagam promessas. O
local foi batizado como "capela do avião".
A bordo, estavam quatro tripulantes e 14 passageiros, dos
quais 13 (dois tripulantes e 11 passageiros) morreram.
Causa provável
"O acidente ocorreu devido a um erro do piloto (procedimento
inadequado durante um voo por instrumento autorizado) e uma
causa contribuinte foi o erro por parte de outras pessoas (a
previsão meteorológica era incorreta)".
Clique
AQUI
e leia o relato de uma testemunha do acidente.
|
. |
|
. |
|
. |
|
. |
|
Fonte
das imagens: ostrapalhoes.net |
19.08.1958
Cruzeiro do Sul
Douglas C-47-DL (DC-3)
Prefixo: PP-CDI
O DC-3 realizou uma aproximação para pouso muito alta, de
modo que o piloto teve que desacelerar para perder altura. A
aeronave, de repente, entrou em uma corrente descendente,
fazendo com que o avião colidisse contra uma pequena
construção na pista do aeroporto de Itajaí, em Santa
Catarina. Sem vítimas fatais.
Causa provável
"O uso incorreto do motor e dos controles."
11.08.1958
Loide Aéreo Nacional
Douglas DC-4
Prefixo: PP-LEQ
O DC-4 com seis tripulantes e cinco passageiros, caiu por
causas desconhecidas perto da Ilha de Carapí, no estado do
Pará, quando fazia aproximação para pouso no aeroporto de
Belém-Val de Cães. Dos 11 passageiros e tripulantes a bordo,
apenas um passageiro sobreviveu.
16.06.1958
Cruzeiro do Sul
Convair CV-440-59
Prefixo: PP-CEP
O Convair, vindo de Florianópolis com cinco tripulantes e 21
passageiros a bordo, posicionou-se para a aterrissagem na
pista 33 do Aeroporto de Curitiba, por volta das 17:45 (hora
local) em São José dos Pinhais (PR), quando foi pego por uma
corrente de ar vertical. O avião desceu bruscamente e
colidiu com o solo, matando os cinco tripulantes e 16
passageiros.
Causa provável: "O acidente ocorreu devido a correntes
descendentes."
Um relato sobre o acidente
No dia 16 de junho de 1958, o primeiro grande acidente aéreo
do Paraná vitimou o então senador e ministro da Justiça
Nereu de Oliveira Ramos, o governador de Santa Catarina,
Jorge Lacerda, e o deputado federal Leoberto Leal. Curitiba
parou perplexa e Santa Catarina até hoje lamenta o acidente
que transfigurou sua história.
No dia seguinte, o jornal O Estado do Paraná publicou:
“Curitiba, na tarde de ontem, viveu a dolorosa sensação de
uma tremenda catástrofe aérea, pois, pela primeira vez, um
grande avião de passageiros aqui encontrou o seu trágico
fim”.
“O avião e seu drama”, contava este jornal: “Procedente de
Porto Alegre, com escala em Florianópolis, o avião prefixo
PP-CEP, Convair 840, da Cruzeiro do Sul, cruzava os céus de
Curitiba após as 17 horas, à espera do “pode” da torre de
controle do aeroporto Afonso Pena, pois o tempo se
apresentava muito nublado, acompanhado de forte temporal,
com teto, pois, praticamente nulo”.
Quase noite, às 17h55, o comandante Licínio pediu o pouso de
emergência. Não foi autorizado. Noite escura, eram 18h55
quando o Convair 840 foi ao chão. O ex-presidente da
República (que assumiu depois da morte de Getúlio Vargas)
Nereu Ramos teria outra sorte, caso a torre de controle não
tivesse dado preferência à decolagem de outra aeronave,
forçando o PP-CEP a rondar os céus de Curitiba, sem
autorização de pouso. Com destino ao Rio de Janeiro, então
Capital da República, 18 passageiros embarcaram em Porto
Alegre, e quatro em Florianópolis. Oito salvaram-se.
Quatorze morreram, junto com cinco tripulantes. Entre eles o
padre Osvaldo Gomes, um dos fundadores do Colégio Nossa
Senhora Medianeira.
Entre mortos e feridos, um dos passageiros foi seqüestrado.
A razão do seqüestro foi estampada nas primeiras páginas dos
jornais O Estado do Paraná e Tribuna do Paraná: “Em nossa
redação um dos sobreviventes!”. O seqüestrador foi o
repórter Osmar (Chiquinho) Zimmermann. Oriundo de uma
família de gráficos, Chiquinho começou na Editora O Estado
do Paraná como linotipista, passou a diagramador e depois
repórter. Posteriormente chegou a ser o vereador mais votado
de Cascavel, onde faleceu. Naquela noite, assim que a
notícia da queda do avião chegou à redação, o repórter
correu para São José dos Pinhais e foi o único a ouvir o
sobrevivente Orestes José de Souza, natural de Curitibanos
(SC): “Poucos minutos antes do acidente, o deputado Leoberto
Leal passou por mim e disse que estranhava a demora. Em
seguida, foi sentar-se junto ao senador Nereu Ramos, que
viajava na frente, próximo ao governador Lacerda. Tinha
muita cerração, nenhuma visibilidade. Senti um choque. Deu a
impressão que o avião se encolhia. Ouvi muito gritos de
desespero, pedidos de socorro, na escuridão alguém dizia
para não acender fósforos para não provocar explosão. Cinco
saíram antes de mim, fui o último a sair dos destroços”.
Orestes José de Souza perdeu o relógio e andou um quilômetro
e meio, sob chuva e ventania, até encontrar uma casa onde
foi chamado um táxi. Junto veio o repórter Chiquinho
Zimmermann, que o seqüestrou. Para esconder o sobrevivente
da concorrência, que no dia seguinte o daria como morto,
Chiquinho levou Orestes direto para a redação do jornal.
Depois de garantido o furo de reportagem, a vítima foi
hospedada no Hotel Ferroviário, na Avenida Barão do Rio
Branco, próximo ao jornal. “Amanhecendo coberta de luto, a
população curitibana acorreu em massa ao Palácio Iguaçu”,
para velar os ilustres catarinenses. De Paranaguá, onde
nasceu o governador de Santa Catarina, veio uma coroas de
flores: “A Jorge Lacerda, a gratidão e a saudade de
Paranaguá”. Nos jornais, junto às fotos da tragédia, os
cines Ópera e Arlequim anunciavam a estréia do maior filme
do mundo, com quatro horas de projeção, inteiramente em
technicolor: “E o vento levou...”
Por Dante Mendonça, em 14.06.2008, em
sua coluna no Paraná-Online.
|
Jornal
do Brasil, 17.06.1958 |
10.06.1958
Aerolineas Argentinas
Douglas DC-6
Prefixo: LV-ADV
Imediatamente após atingir a altitude de cruzeiro a hélice
do motor nº 4 perdeu potência e parou de funcionar. Um pouco
mais tarde o motor nº 2 começou a vibrar e, também, parou de
funcionar.
O DC-6, com seis tripulantes e 16 passageiros a bordo, que
havia decolado do Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro
(RJ), em direção a Buenos Aires, na Argentina, começou a
perder altura, a uma taxa de 500 fpm, o que forçou a
tripulação a realizar um pouso de emergência em uma praia da
Ilha Grande (RJ).
Ninguém ficou ferido, mas o avião ficou seriamente
danificado.
31.05.1958
Paraense Transportes Aéreos
Curtiss C-46D-15-CU Commando
Prefixo: PP-BTB
Queda de avião de carga logo após a decolagem do Aeroporto
Santos Dumont, no Rio de Janeiro. Os quatro tripulantes
morreram no acidente.
01.02.1958
Loide Aéreo Nacional
Douglas DC-4
Prefixo PP-LEM
No sábado, 1º de fevereiro de 1958, durante a decolagem
noturna do Aeroporto Santos Dumont em direção a Fortaleza,
no Ceará, levando a bordo cinco tripulantes e 62
passageiros, o motor nº 4 do CD-4 PP-LEM falhou.
A tripulação abortou a decolagem, reduziu potência e aplicou
os freios. 100m antes da pista acabar, um dos pneus do trem
de pouso estourou, fazendo com que o DC-4 fosse parar do
lado de fora da pista explodindo em chamas.
Dois tripulantes e três passageiros morreram.
Causa provável
“Falha do motor e mau funcionamento dos freios de
estibordo".
|
Folha da Manhã ,
02.02.1958 |
16.01.1958
Cruzeiro do Sul
Fairchild C-82A-FA Packet
Prefixo: PP-CEF
Durante a decolagem do avião de carga da Cruzeiro do Sul do
Aeroporto Val-de-Cans, em Belém (PA), o motor nº 1 pegou
fogo e parou de funcionar. A aeronave caiu a poucos
quilômetros de distância, matando os três tripulantes a
bordo.
11.01.1958
Cruzeiro do Sul
Fairchild C-82A-FA Packet
Prefixo: PP-CEH
A aeronave decolou do Aeroporto Santos do Dumont, no Rio,
para um voo de treinamento, mas se acidentou ao perdeu
altitude e atingir uma barreira antes de cair na Baia da
Guanabara. Os dois tripulantes escaparam com vida.
03.01.1958
VARIG
Douglas DC-3-277D
Prefixo: PP-VDL
A aeronave estava em um voo de treinamento em Porto Alegre
(RS) quando o instrutor desligou o motor nº 2. Voando a
baixa altitude sobre a pista, o DC-3 derivou para a direita,
o que foi corrigido pelo instrutor usando o controle do
leme. Porém, o avião atingiu uma atitude perigosa e a
potência foi cortada e o avião se acidentou ao pousar. Os
dois tripulantes escaparam com vida.
Causa provável
"Erro de julgamento por parte do instrutor".
1957
22.12.1957
Paraguayan Air Services
Curtiss C-46A-50-CU Commando
Prefixo: ZP-CBM
O avião, que havia saído de Assunção, no Paraguai, para um
voo experimental em direção a Miami, nos EUA, tinha escalas
planejadas para o Rio de Janeiro e Belém, no Pará.
O voo decolou às 17:52 (hora local) do Aeroporto Santos
Dumont em direção a Belém (PA), mas caiu na costa do
município de Aracruz, no Espírito Santo. O avião teria sido
sabotado com ácido clorídrico adicionado ao combustível.
Rumores dizem que o avião transportava 70 milhões de dólares
em dinheiro e 140 kg de platina. Os dois tripulantes e os
três passageiros morreram no acidente.
04.11.1957
REAL Transportes Aéreos
Douglas C-54A-5-DO (DC-4)
Prefixo: PP-AXS
O DC-4 tinha acabado de chegar a altitude de cruzeiro de
3000m, quando a pressão de combustível do o motor nº 2 caiu
para zero. Enquanto a tripulação tentou reparar o problema,
a pressão do óleo em ambos os motores se subiu e uma fumaça
começou a sair da bateria e do compartimento do gerador. Em
seguida, o motor nº 2 pegou fogo. Durante a descida para um
pouso de emergência, o motor em pane se desprendeu da asa. A
aeronave se acidentou perto da Praia da Baleia, em São
Sebastião (SP). Os quatro tripulantes e os 30 passageiros
escaparam com vida.
Causa provável
"Falha no tubo de fornecimento de combustível do motor nº
2".
18.10.1957
VARIG
Douglas C-47A-80-DL (DC-3)
Prefixo: PP-VCS
Durante a decolagem do Aeroporto Salgado Filho, em Porto
Alegre (RS), em direção ao Aeroporto de Congonhas, em São
Paulo, o DC-3 derivou para a direita. Quando o desvio se
tornou excessivo, o piloto tentou subir, mas a uma
velocidade muito baixa. A aeronave tocou o solo novamente
passando a pista, mas recuperou-se e conseguiu levantar voo
e seguir adiante, mas para evitar bater em um morro,
realizou uma curva à esquerda, durante a qual a asa esquerda
bateu no telhado de uma casa. A aeronave caiu matando seus
três tripulantes.
Causas prováveis
"O uso incorreto dos controles de voo durante a corrida de
decolagem, uma possível falha do motor de bombordo e as
condições turbulentas perto do chão".
10.04.1957
REAL Transportes Aéreos
Douglas C-47A-20-DK (DC-3)
Prefixo: PP-ANX
Após decolar do Rio de Janeiro (RJ) com destino ao Aeroporto
de Congonhas em São Paulo, levando a bordo quatro
tripulantes e 26 passageiros, o DC-3 estava voando perto de
Ubatuba (SP) quando o motor nº 2 começou a pegar fogo. A
tripulação iniciou uma descida de emergência para pouso em
Ubatuba mesmo. Devido a chuva, a tripulação percebeu que
estava diante do Pico do Papagaio, na Ilha Anchieta, quando
já era tarde demais. Às 15:20 (hora local) daquela
quarta-feira, a aeronave se chocou contra a montanha matando
três tripulantes e 23 passageiros. Quatro pessoas escaparam
da morte.
07.04.1957
VARIG
Curtiss C-46A-45-CU Commando
Prefixo: PP-VCF
No domingo, 7 de abril de 1957, logo após a decolagem do
Aeroporto de Bagé (RS) em direção ao Aeroporto Salgado
Filho, em Porto Alegre (RS), o C-46, com cinco tripulantes e
35 passageiros, foi acometido por um incêndio no
compartimento do trem de pouso esquerdo. O piloto, no
entanto, achava que o incêndio ocorria no motor nº 1 e
decidiu retornar ao aeroporto de partida. Na aproximação
final ele tentou diminuir a velocidade da aeronave, mas não
obteve êxito. Para evitar uma aterrissagem de barriga, o
piloto aplicou força total e tentou subir novamente para uma
outra abordagem para novo pouso. Ao longo da intersecção da
pista 05 e 23, a asa esquerda da aeronave separou-se da
fuselagem, causando a queda do avião. Todos os 40 ocupantes
morreram no acidente.
Causa provável
"Um incêndio no compartimento do trem de pouso e a
consequente quebra da asa esquerda durante o voo. Outra
possível causa foi o erro de julgamento do piloto, que não
conseguiu avaliar a intensidade do fogo no alojamento do
trem de pouso e, depois de ter pensado que, ao aplicar o
procedimento previsto no "Regulamento para os C-46', o fogo
havia sido extinto ou tinha se tornado irrelevante".
23.02.1957
VASP - Viação Aérea São Paulo
Junkers Ju-52/3m
Prefixo: PT-AUX
Após a decolagem do Aeroporto de Congonhas com destino ao
Rio de Janeiro, para um voo de transporte de carga, o
Junkers, caiu às 9:50 da manhã de sábado, em uma área aberta
a 10 km a oeste do município de Salesópolis (SP), explodindo
em chamas.
Os dois tripulantes e os quatro passageiros morreram na
hora.
|
Folha da
Manhã, 24.02.1957 |
1956
30.10.1956
DGAC -
Direction Générale de l'Aviation Civile (França)
Hurel-Dubois HD-321
Prefixo: F-BHHA
Acidente com avião do Departamento de Aviação Civil da
França no Rio de Janeiro em voo de demonstração realizada
por pilotos franceses após decolagem do Aeroporto do Galeão.
Dos sete ocupantes a bordo da aeronave, apenas o aviador
brasileiro, o Capitão Newton Monteiro de Campos, um dos
passageiros, morreu. O avião caiu no mar a 10 km do
aeroporto.
Fonte: Newton Monteiro de Campos Junior
(filho do aviador morto no acidente)
06.09.1956
Loide Aéreo Nacional
Douglas C-47A-25-DK (DC-3)
Prefixo: PP-ANK
Numa escala anterior, no município de Caratinga, no interior
de Minas Gerais, o motor nº 1 (Pratt & Whitney R-1830-92) do
DC-3 havia apresentado problemas. Após reparos a aeronave
prosseguiu para Belo Horizonte. Às 14:30 da sexta-feira, 6
de setembro de 1956, na decolagem para Uberlândia, também em
Minas Gerais, o motor nº 1 apresentou súbita perda de
potência e o DC-3 derivou para a esquerda, caiu e pegou
fogo. Por sorte, nenhum dos 18 ocupantes morreu no acidente.
Causas prováveis
"Erro de julgamento por parte do piloto em não tentar
estabelecer a potência adequada para a partida do motor de
bombordo e manutenção inadequada".
09.07.1956
FAB – Força Aérea Brasileira
Douglas C-47A-90-DL (DC-3)
Prefixo: FAB2062
O avião militar decolou do Aeroporto de Rio Branco, no Acre,
com seis tripulantes e 20 passageiros a bordo. Minutos após
a decolagem, o avião caiu num rio próximo a capital acreana.
Quatro tripulantes e quatro passageiros morreram no
acidente.
20.05.1956
Particular
Lockheed 12 Electra Junior
Registration PP-NBI
Acidente sem vítimas fatais. Local desconhecido.
07.05.1956
VASP - Viação Aérea São Paulo
Douglas C-47A-5-DK (DC-3)
Prefixo: PP-SPX
O DC-3 pegou fogo no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo.
Não havia ninguém a bordo. As causas do incêndio são
desconhecidas.
18.04.1956
Panair do Brasil
Boeing-Canada PB2B-1 Canso A (PBY-5A)
Prefixo: PP-PDB
Ao finalizar o voo que teve origem em Belém, no Pará, com
cinco tripulantes e sete passageiros a bordo, o hidroavião
PBY-5A partiu-se em dois após colidir com um objeto submerso
ao pousar no município de Parintins, no Amazonas. O
Comandante Luís Anet, o rádio-operador e um passageiro
morreram no acidente.
05.04.1956
REAL Transportes Aéreos
Douglas C-47A-25-DK (DC-3)
Prefixo: PT-YQA
Um avião de passageiros C-47 sofreu grandes danos em um
acidente durante a decolagem do aeroporto de Congonhas, em
São Paulo. O avião estava sendo pilotado por um mecânico
bêbado que havia sido demitido da empresa aérea. Sem vítimas
fatais.
1955
01.12.1955
Cruzeiro do Sul
Douglas C-47B-28-DK (DC-3)
Prefixo: PP-CCC
O DC-3 decolou de Belém às 09:57 GMT, com quatro tripulantes
e dois passageiros, com destino ao a cidade de Barreiras, na
Bahia. A uma altitude de 100-250m o motor nº 1 (Pratt &
Whitney R-1830-90C) parou de funcionar. A tripulação
desligou a bomba hidráulica, fazendo com que o trem de pouso
retrátil parasse no meio do caminho. O arrasto resultante
causou a perda de altitude da aeronave. Com o motor nº 1
fora de funcionamento e o com nº 2 a plena potência, a asa
esquerda bateu em uma árvore. Uma seção da asa de 2,5 m
rompeu, causando a queda da aeronave. O DC-3 bateu no chão e
pegou fogo. Os seus ocupantes morreram no acidente.
Causa provável: "Uma falha no rolamento da frente do eixo da
hélice originou um processo que levou à desconexão da
engrenagem de redução na hélice esquerda, causando
interrupção súbita do motor esquerdo”.
26.08.1955
Cruzeiro do Sul
Douglas C-53D-DO (DC-3)
Prefixo: PP-CBY
O avião partiu do Aeroporto de Campos dos Goitacazes, no Rio
de Janeiro, para um voo IFR para os municípios baianos de
Caravelas, Ilhéus e Salvador.
O último contato com o voo ocorreu após a partida de Campos
quando a aeronave estava a 1500m. O DC-3 foi encontrado mais
tarde, após ter atingido o Pico do Forno Grande, numa
montanha na Serra do Castelo, entre as cidades de Castelo e
Cachoeiro de Itapemirim, no Espírito Santo. Os quatro
tripulantes e os nove passageiros morreram no acidente.
O Pico do Forno Grande é o quarto pico mais alto do Espírito
Santo, com altitude de 2053 metros. Está localizado no
município de Castelo, no Parque Estadual do Forno Grande. É
o ponto mais alto da Serra do Castelo.
Causa provável: "O acidente deveu-se ao desconhecimento por
parte da tripulação da existência do Pico do Forno Grande,
que – na época - não constava nas cartas de navegação – e
pelo voo ter sido realizado fora das vias aéreas e o não
cumprimento do plano de voo aprovado".
03.04.1955
Companhia Itaú de Transportes Aéreos
Curtiss C-46A-60-CK Commando
Prefixo: PP-ITG
Durante aproximação para o pouso, o avião colidiu contra uma
colina a cerca de 2 milhas da pista do Aeroporto de Vitória,
no Espírito Santo.
Os três ocupantes morreram no acidente.
06.03.1955
REAL Transportes Aéreos
Douglas C-53D-DO (DC-3)
Prefixo: PP-YPZ
Com três tripulantes e 18 passageiros a bordo, o Douglas DC-3,
estava na abordagem ao Aeroporto de Vitória da Conquista, na
Bahia. Ao acionar o trem de pouso, o piloto percebeu que o
mesmo desceu, mas não ficou travado. Abortada a decolagem, o
comandante fez uma passagem sobre a pista para que a equipe
em solo visualizasse o trem de pouso e, em seguida, virou a
esquerda para nova abordagem, tendo, porém, colidido contra
um poste. O DC-3 caiu e pegou fogo. Morreram um tripulante e
cinco passageiros.
Causas prováveis
“Imprudência por parte do piloto ao não manter a altitude
correta, enquanto a inspeção estava sendo feito para
determinar a posição do trem de pouso; erro de julgamento
por parte do piloto na movimentação dos manetes para um
‘go-around’ com o trem de pouso estendido; e a falha do
mecanismo de travamento do trem de pouso"
1954
??.??.1954
Particular
Junkers Ju-52/3m
Prefixo: PP-DYZ
Acidente em Mogi das Cruzes, SP.
21.10.1954
Cruzeiro do Sul
Douglas R4D-1 (DC-3)
Prefixo: PP-CCP
Com três tripulantes e 28 passageiros a bordo, o DC-3,
batizado “Jurema”, aterrissou em velocidade acima da
recomendada sobre pista molhada do Aeroporto Santos Dumont,
no Rio de Janeiro, indo para dentro da Baia da Guanabara.
12.09.1954
Cruzeiro do Sul
Douglas C-47A-70-DL (DC-3)
Prefixo: PP-CDJ
Na noite de domingo, 12 de setembro de 1954, o avião prefixo
PP-CDJ da Cruzeiro do Sul, levantou voo rumo ao Aeroporto de
Congonhas, em São Paulo com quatro tripulantes e 26
passageiros a bordo.
Pouco depois de completar a subida inicial, o piloto do DC-3
decidiu retornar ao Aeroporto Santos Dumont em razão das
péssimas condições meteorológicas que não ofereciam
condições mínimas de visibilidade. Vibrações graves no motor
nº 1 levaram a tripulação ao desligamento do mesmo.
Na aproximação final para a aterrissagem, o avião veio muito
alto. Uma arremetida foi tentada, mas a aeronave – com um só
motor operando – desceu e, às 20:07 hs, caiu na Baía de
Guanabara. Seis passageiros morreram afogados em razão da
demora no socorro pelas equipes de salvamento.
09.09.1954
FAB – Força Aérea Brasileira
Douglas C-47A-DL (DC-3)
Prefixo: FAB 2049
Acidente com avião da FAB. Sem maiores informações.
17.08.1954
FAB – Força Aérea Brasileira
Grumman UC4F-2 Widgeon (G-44)
Prefixo: FAB 2668
Após aterrissar no Aeroporto de Bauru vindo do estado de
Mato Grosso, o avião permaneceu duas horas em solo e, em
seguida, decolou para nova viagem. Porém, pouco depois de
levantar voo, o avião apresentou problemas e caiu a cerca de
um quilômetro da pista. Os pilotos, os primeiros-tenentes
Pedro Ferreira Botelho e Milton Paiva, feridos, foram
retirados e levados para um hospital da região.
02.07.1954
FAB – Força Aérea Brasileira
Lockheed C-28 Hudson
Prefixo: FAB 2901
O avião proveniente da Base Aérea de Fortaleza, no Ceará, ao
se aproximar para a aterrissagem no Aeroporto Ypiranga, em
Salvador, na Bahia, apresentou problemas em seus motores,
caindo em pique quase vertical e incendiando-se em seguida.
Os corpos das vítimas ficaram irreconhecíveis. Morreram no
acidente o piloto, Major Aviador Marcio Teixeira de
Carvalho, o Capitão Aviador Luciano Otavio Dutra Barbosa, e
os Sargentos Ari Olinisky e Amaro José Barreto e os 16
passageiros.
17.06.1954
Particular
Aeronave (?)
Prefixo: CC-PBI
Avião proveniente do Chile, participante do evento “Revoada
Internacional de São Paulo”, acidentou-se em São Francisco
de Paula, no Rio Grande do Sul. Os três ocupantes
sobreviveram.
17.06.1954
Particular
Piper PA-12 Super Cruiser
Prefixo: LV-YGU
Avião proveniente da Argentina, participante do evento
“Revoada Internacional de São Paulo”, realizou pouso de
emergência no quilômetro 15 da Rodovia Anchieta, em São
Paulo. O piloto Alberto Francisco Mozzi trazia como
acompanhante o médico Dante S. Giovanelli, comandante de uma
base aérea na Argentina. As autoridades bloquearam a rodovia
e a aeronave levantou voo em direção a um dos aeroportos da
cidade.
17.06.1954
Particular
Piper PA-12 Super Cruiser
Prefixo: LV-ROL
Avião proveniente da Argentina, participante do evento
“Revoada Internacional de São Paulo”, se acidentou ao
realizar uma aterrissagem de emergência numa fazenda em
Joinville, Santa Catarina. Dos três ocupantes, um morreu na
queda.
17.06.1954
Particular
Fairchild PT-19
Prefixo: PP-COE
Avião decolou do Rio de Janeiro, RJ, para participar do
evento “Revoada Internacional de São Paulo”, voando em
formação com a aeronave PP-GAV, passou por dificuldades ao
atravessar uma grande formação de nuvens. Logo que encontrou
um claro entre as nuvens, tentou uma aterrissagem, porém
perdeu velocidade e acabou ‘espatifando’ suas asas contra o
solo. Seus dois ocupantes nada sofreram
17.06.1954
Particular
Aeronave (?)
Prefixo: PP-GAV
Avião proveniente do Rio de Janeiro, RJ, participante do
evento “Revoada Internacional de São Paulo”, voando em
formação com a aeronave PP-COE, passou por dificuldades ao
atravessar uma grande formação de nuvens. Logo que encontrou
um claro entre as nuvens, tentou uma aterrissagem na Rodovia
Dutra, mas não foi bem sucedido, indo ao encontro de um
barranco. Saíram ilesos seus dois ocupantes, Pedro e França.
04.06.1954
VARIG
Curtiss C-46A-45-CU Commando
Prefixo: PP-VBZ
Na sexta-feira, 04 de junho de 1954, o avião cargueiro da
Varig decolou do Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, em
direção ao Aeroporto de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul,
com três tripulantes a bordo.
Ao alcançar uma altitude de aproximadamente 100 metros, o
C-46 abruptamente voou em direção ao solo, ficando
totalmente destruído, matando os comandantes Carlos H. Ruhl
e Gustavo Adolfo Sabóia de Melo e o radiotelegrafista José
Maria de Sá Ribeiro.
Investigação posterior apontou como causa do acidente o
bloqueio de um dos profundores.
Carlos Ruhl era Karl Heinz Ruhl, mas abrasileirou o nome
durante a II Guerra Mundial. Apaixonado pela aviação,
gostava de voar em planadores e era homem de confiança de
Ruben Berta, o mais importante presidente que a Varig teve.
O comandante Ruhl foi destacado instrutor de segurança de
voo e de formação de pilotos.
Em 17 de maio de 1957, o então Presidente da República
Juscelino Kubitschek denomina como Aeroporto Carlos Ruhl, o
Aeroporto de Cruz Alta, situado no município do mesmo nome,
no Estado do Rio Grande do Sul. O aeroporto está desativado
desde 1986, quando a Rio-Sul deixou de operar.
Fonte: Almanaque
Gaúcho, por Ricardo Chaves
02.06.1954
FAB - Força Aérea Brasileira
Lockheed Hudson
Prefixo: FAB 2901
Acidente com avião da FAB em Salvador, Bahia,
deixa 20 mortos.
31.05.1954
Transportes Aéreos Nacional
Douglas C-47A-80-DL (DC-3)
Prefixo: PP-ANO
Na segunda-feira, 31 de maio de 1954, o DC-3 PP-ANO que
havia decolado do Aeroporto de Governador Valadares, em
direção ao Aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte, ambos
em Minas Gerais. saiu do seu caminho e bateu contra a Serra
do Boi, continuação da Serra do Cipó, localizada a 90
quilômetros a nordeste de Belo Horizonte, perto de
Ituverava. em condições de forte nebulosidade e a 30 milhas
da rota de voo programada. Os quatro tripulantes e os 15
passageiros morreram no acidente.
Causas prováveis
“Erro de navegação e não cumprimento da altura mínima de
segurança para a rota".
04.03.1954
Curtiss C-46D-10-CU Commando
LAP – Linhas Aéreas Paulistas
Prefixo: PP-LPH
Durante um voo de treinamento, foi feita uma tentativa para
pousar com apenas um motor. Após o pouso forçado em uma
roda, a potência total foi aplicada pelo instrutor, já que
outra aeronave havia entrado na pista. O motor falhou na
subida e o C-46 atingiu o mastro de um navio, fazendo-o cair
no mar na Baia da Guanabara, no Rio d Janeiro. Os dois
ocupantes sobreviveram.
1953
14.09.1953
Loide Aéreo Nacional
Curtiss C-46A-1-CU
Prefixo: PP-LDM
Na segunda-feira, 14 de setembro de 1954, o Curtiss C-46
PP-LDM, partiu do Aeroporto de Congonhas com cinco
tripulantes e 12 passageiros a bordo, para cumprir a
primeira etapa de seu voo.
A tripulação era composta pelo piloto-comandante João Luís
Freire de Faria, 36 anos, o copiloto Aldemar de Castro
Magalhães, 36 anos, o radiotelegrafista Alberto Soares
Resende, 42 anos, o despachante Ianari Quadros de França e o
comissário de bordo Carlos Augusto Xavier Ferreira.
O avião levantou voo normalmente. Assim que atingiu certa
altura, o comandante percebeu que algo não estava
funcionando com regularidade. O motor esquerdo havia entrado
em pane. Imediatamente, o comandante entrou em contato com o
radiotelegrafista Resende para que se comunicasse com a
Torre do Aeroporto de Congonhas avisando que teriam que
retornar.
O PP-LDM iniciou o retorno a Congonhas, que sobrevoou por
duas vezes, preparando-se para o pouso. Abruptamente, porém,
a aeronave deixou de comunicar-se com a Torre e, pouco
depois, chegava a notícia de que havia caído num bosque de
eucaliptos, situado na região denominada Sete Praias, no
Eldorado. Eram, então, exatamente 16:30 hs.
Após sobrevoar por duas vezes o aeroporto, o piloto Faria,
manobrou a aeronave em direção ao pouso. Exatamente na
última curva, o avião passou rapidamente a perder altura e
acabou caindo no bosque de eucaliptos, abrindo uma enorme
clareira, derrubando árvores enormes e perdendo nesse
trajeto diversas peças, uma parte da asa esquerda, o trem de
aterrissagem, parte de sua carga, entre outros itens.
A fuselagem do aparelho permaneceu intacta, pois apenas a
sua frente e suas asas sofreram os impactos produzidos
durante a queda.
Apesar do enorme susto, a maioria dos ocupantes escapou sem
ferimentos. Alguns foram hospitalizados para tratar de
lesões conseqüentes dos sucessivos choques sofridos pelo
aparelho de encontro às árvores.
Como o avião caiu de frente, a cabine comando ficou reduzida
a escombros. O comandante Faria ficou ali, prensado em seu
banco, gravemente ferido. Mesmo assim, antes de perder os
sentidos, o piloto teve forças para desligar o contato e
acionar os dois extintores, a fim de apagar o incêndio que
se manifestava no motor em pane. Imediatamente socorrido, o
comandante - tido como um herói em razão de sua perícia -,
foi encaminhado ao Hospital das Clínicas, onde ficou
internado.
Dada a gravidade da queda, foi considerado um milagre que
nenhum dos ocupantes da aeronave tenha morrido no acidente.
Texto: Jorge Tadeu da Silva (baseado em reportagens dos
jornais da época)
|
. |
|
. |
|
. |
|
Reprodução/Folha da
Noite |
|
23.08.1953
REAL Transportes Aéreos
Douglas C-47-DL (DC-3)
Prefixo: PP-YQK
A noite e sob fortes rajadas de vento,
o avião se acidentou na terceira tentativa de aterrissar no
Aeroporto de Campo Grande, em Mato Grosso do Sul. Sem
vítimas fatais.
Causa provável
“Erro de julgamento por parte do
piloto em conduzir a aeronave abaixo da altitude de
segurança prescrita em condições de fortes rajadas de vento
e iluminação de solo insuficiente para pouso durante a
noite, especialmente em condições meteorológicas adversas".
20.08.1953
Companhia Itaú de Transportes Aéreos
Curtiss C-46
Prefixo: PP-ITD
Aeronave com quatro tripulantes caiu e
explodiu em chamas durante aterrissagem de emergência no
Aeroporto de Corumbá, em Mato Grosso do Sul. Três
tripulantes morreram no acidente.
05.07.1953
Particular
Consolidated Landseaire Catalina
Prefixo: PT-APK
Aeronave convertida num verdadeiro
“iate voador”, o Catalina acidentou-se ao se aproximar para
o pouso próximo a Ubatuba, no Litoral Norte de São Paulo.
17.06.1953
Panair do Brasil
Lockheed L-049 Constellation
Prefixo: PP-PDA
O avião decolou para o voo 263 do
Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, com destino ao
Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, levando a bordo sete
tripulantes e 10 passageiros.
Decolando no horário programado, o
Constellation seguiu a viagem para São Paulo sem
contratempos.
Às 21:35 hs, a aeronave iniciou a
aproximação para a aterrissagem na pista 34 (atual 35) do
Aeroporto de Congonhas. Ao iniciar a curva para interceptar
a reta final à pista de pouso, o avião subitamente perdeu
altitude e desceu em direção ao solo causando uma grande
explosão.
|
O PP-PDA havia caído, às 22:00 hs, na Vila de Americanópolis, a 4,5 km da cabeceira da pista 34, numa área – na época – pouco habitada.
Seus destroços foram rapidamente consumidos pelas chamas e nenhum de seus 17 ocupantes sobreviveu.
|
O jornalista Assis Chateaubriand havia
embarcado no Constellation PP-PDA em Londres com destino a
São Paulo após assistir a coroação da Rainha Elisabeth II.
Durante a escala no Recife, foi convencido por Etelvino
Lins, então governados de Pernambuco, a acompanhar o
ministro José Américo de Almeida, que seguiria para o Rio de
Janeiro em outro avião. A insistência de Etelvino salvou a
vida de Chateaubriand.
Causa provável
"Presume-se que o acidente ocorreu
devido a um erro de julgamento por parte da tripulação
durante a aproximação para o pouso sob más condições de
visibilidade à noite".
Texto por Jorge Tadeu da Silva (com
informações do jornal Folha da Manhã e do livro “O rastro da
bruxa”, de Carlos Ari César Germano da Silva.
|
. |
|
Reprodução/Folha da
Manhã |
, |
|
Reprodução/ASN |
|
27.03.1953
Transportes
Aéreos Salvador
de Havilland
DH-114 Heron 1B
Prefixo:
PP-SLG
Já a meio
caminho rolando pela pista para a decolagem do Aeroporto de
Itapebi, na Bahia, o motor nº 2 da aeronave sofreu uma
súbita perda de potência. A decolagem foi abortada, mas a
tripulação não conseguiu parar o avião no que ainda restava
de pista.
A aeronave
ultrapassou o limite da mesma, foi de encontro a um barranco
e ficou seriamente danificada. Os dois tripulantes e os 12
passageiros escaparam com vida.
Causa provável
"Erro de
julgamento por parte do piloto em não continuar a decolagem
com os três motores ainda em funcionamento."
15.03.1953
Transportes
Aéreos Catarinense
Douglas
C-47A-DK (DC-3)
Prefixo:
PP-AJA
Após decolar do
Aeroporto de Salvador, na Bahia, o DC-3 apresentou problemas
no motor nº 2. Ao retornar para o aeroporto, o avião
subitamente perdeu altura e caiu pouco antes de alcançar a
pista de pouso. Sem vítimas fatais.
13.01.1953
Aeronorte
Lockheed 10A
Electra
Prefixo:
PP-NBC
Avião cargueiro
se acidentou durante tentative de pouso de emergência em
Rosário, no Maranhão. Os três tripulantes morreram.
195 2
04.11.1952
CAN – Correio Aéreo Nacional
Beechcraft UC-45F (D18S)
Prefixo: FAB 2830
O bimotor da FAB, do Correio Aéreo Nacional, havia partido
de Belo Horizonte (MG) com destino ao Rio de Janeiro.
O avião voava baixo, em face à forte cerração que cobria o
céu de Teresópolis, no Rio de Janeiro, tendo batido numa
árvore, por volta das 15:00 horas, no Curral das Onças, na
Vila de Inhomirim, na Serra da Estrela, próximo a Fábrica de
Pólvora Estrela, do Exército, explodido em chamas.
Morreram carbonizados o piloto e seus cinco passageiros.
18.10.1952
VARIG
Lockheed 10B Electra
Prefixo: PP-VAU
O Electra PP-VAU se acidentou durante pouso no Aeroporto de
Lajes, em Santa Catarina. Não há relato de vítimas.
14.10.1952
Aerovias Brasil
Douglas C-47-DL (DC-3)
Prefixo: PP-AXJ
O avião da Aerovias Brasil operava um voo do Rio de Janeiro
para Buenos Aires, na Argentina, com escalas em São Paulo e
Porto Alegre. A bordo estavam quatro tripulantes e 14
passageiros.
O DC-3 PP-AXJ era comandado por Francisco de Assis Costa
Lima Gurgel, natural de Mossoró-RN, nascido em 26/03/1915 e
tinha como copiloto Humberto Viana, comissário Luiz Dias e
radiotelegrafista de nome não revelado. Era uma tripulação
experiente que voava regularmente para o Caribe e EUA pelas
asas da Real/Aerovias Brasil.
Iniciando o segundo trecho às 11:45 hs, o DC-3 partiu do
Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, em direção a sua
próxima escala, em Porto Alegre.
Já se aproximando de Porto Alegre, sob chuva, a tripulação
contatou a Torre da cidade informando sua localização e foi
orientada a posicionar-se aos 3 mil pés de altitude.
Voando sem a visualização do solo, sob turbulência, e certo
de estar nas proximidades do Aeroporto de Porto Alegre, sem
se dar conta, o piloto Francisco Gurgel conduziu a aeronave
na direção das enormes árvores de uma região conhecida como
“Aparados da Serra”, colidindo – minutos depois – a asa
esquerda que se desprendeu da aeronave. O avião virou de
dorso e desintegrou-se dentro da mata, incendiando-se em
seguida, nas proximidades de uma fazenda no município de São
Francisco de Paula.
Das 18 pessoas a bordo, apenas quatro sobreviveram ao
desastre, dentre eles três músicos argentinos que faziam
parte de um conjunto musical portenho chamado "Los
Estudiantes" e um gaúcho, estudante de arquitetura.
Causas prováveis
“Erro de Navegação - falha em não estimar claramente a
localização real da aeronave e condições climáticas
adversas".
|
. |
|
. |
|
Reprodução/Folha da
Manhã |
15.08.1952
Douglas C-47A-90-DL (DC-3)
Viação Aérea Santos Dumont (VASD)
Prefixo: PP-SDD
O avião da VASD decolou do Rio de Janeiro para um voo
internacional com destino a Assunção, no Paraguai.
Ao sobrevoar o estado do Paraná ocorreu uma piora das
condições meteorológicas e a tripulação optou por buscar um
aeroporto para realizar um pouso emergencial. Com a
tripulação totalmente desorientada e sem contar com o
funcionamento dos aparelhos de comunicação naquela região, o
avião acabou por se acidentar nas proximidades do Aeroporto
de Guairá, no Paraná.
Causas prováveis
“Falta de aparelhos de rádio na área, erro por parte do
piloto que perdeu seu caminho e decidiu pousar de maneira
apressa em condições adversas, preparação deficiente do
plano de voo pela companhia aérea e aprovação de um plano
de voo incorreto pelo Controle de Área.”
VASD
A Viação Aérea Santos Dumont (VASD ) foi fundada no Rio de
Janeiro, a 18 de janeiro de 1944, por um grupo de
empreendedores. O nome homenageava o precursor brasileiro do
voo com o mais pesado do que o ar, morto em 1932. A empresa
área – que chegou a contar com cinco aeronaves - foi
adquirida e incorporada pela empresa Transportes Aéreos
Nacional em 1952.
12.08.1952
Transportes Aéreos Nacional
Douglas C-47A-90-DL (DC-3)
Prefixo: PP-ANH
O Douglas DC-3 PP-ANH decolou de Jataí, em Goiás, na manhã
de 12 de agosto de 1952, iniciando a linha aérea Jataí – Rio
Verde – Goiânia – Uberlândia – Belo Horizonte – Rio de
Janeiro. Transportando nove passageiros e quatro
tripulantes, a aeronave faria sua primeira escala em Rio
Verde, onde seriam embarcados mais alguns passageiros.
Em Rio Verde, mais 11 passageiros embarcaram no avião.
Quando a aeronave decolou de Rio Verde rumo a Goiânia - um
incêndio de causas desconhecidas irrompeu a bordo, colocando
a aeronave em grave risco. Após tentativas infrutíferas de
extingui-lo, a tripulação tentou realizar um pouso de
emergência no aeródromo de Palmeiras de Goiás.
Quando voava a cerca de 20 metros de altura, o DC-3 explodiu
em pleno ar às 9h40min, matando todos os seus 24 ocupantes.
Testemunhas relataram ter visto fumaça na parte traseira do
avião. Foi então relatado terem visto, na sequência, a
"explosão" no ar.
Seus destroços cairiam em uma área próxima ao aeródromo e
foram rapidamente saqueados pela população local até a
chegada das autoridades.
Entre os mortos, estava o filho do governador de Goiás Pedro
Ludovico, Antonio Borges Teixeira.
O fogo possivelmente teve origem no compartimento de bagagem
do avião, pois haveria material inflamável a bordo. Também
houve a suspeita de que uma bomba tinha sido colocada no
avião, mas nenhuma prova foi encontrada.
Investigação
A investigação do acidente foi prejudicada pelo saqueamento
dos destroços pela população. Quando a primeira equipe de
investigação chegou a Palmeiras de Goiás, dois dias após a
queda, não encontraria praticamente nada. Assim, as
investigações se concentraram na coleta de depoimentos das
numerosas testemunhas da explosão. Dessa forma, seria
constatado que havia muita fumaça saindo da cauda da
aeronave (provavelmente no compartimento de bagagens), tendo
a tripulação executado manobras (chamadas de piruetas por
algumas testemunhas) para conter as chamas.
Até aquela altura, o Douglas DC-3 (assim como a grande
maioria das aeronaves da época) não contava com alarmes e ou
sensores de fumaça e extintores de incêndio no compartimento
de bagagens. Assim, um incêndio na cauda da aeronave só
poderia ser notado quando houvesse causado danos graves à
fuselagem da aeronave (que explicariam as piruetas vistas
pelas testemunhas em terra). O incêndio poderia destruir os
estabilizadores e causar a perda de sustentação da aeronave.
Por outro lado, a explosão não poderia ter sido causada pela
ignição dos tanques de combustível, pois os mesmos eram
localizados nas asas da aeronave, tendo o incêndio se
iniciado na cauda.
Consequências
O acidente causaria grande comoção no estado de Goiás,
fazendo com que os estabelecimentos comerciais da capital
Goiânia cerrassem suas portas em sinal de luto. Em meados
dos anos 1990 seria construído, em uma praça de Rio Verde,
um monumento em memória das vitimas. Alguns anos depois, o
monumento seria vandalizado e esquecido.
A causa da súbita explosão seria atribuída a uma suposta
bomba instalada no compartimento de bagagens, porém nunca se
descobriu que tipo de artefato causaria a explosão, e,
principalmente quem estava por trás da implantação do mesmo.
Dessa maneira, alguns órgãos de imprensa contestariam essa
versão.
Atualmente, especula-se que a explosão do DC-3 PP-ANH tenha
sido causada por algum produto inflamável (como lança
perfumes) que teria vazado ao ser transportado
clandestinamente no compartimento de bagagens. Alguns meses
depois, a Transportes Aéreos Nacional denunciaria um
passageiro à polícia por ter encontrado um carregamento de
lança perfumes em meio a bagagem embarcada em uma aeronave.
O acidente causaria muitos problemas financeiros para a
Viabras, que acabaria sendo incorporada pela Nacional em
1954.
|
. |
|
Reprodução/Folha da
Manhã |
|
|
O memorial às vítimas do acidente na cidade de Rio
Verde
Fonte: deoclismar.blogspot.com.br |
|
|
A placa do memorial - Fonte:
katlen-wwwrioverdecombr.blogspot.com.br |
27.07.1952
Pan American World Airways
Boeing 377 Stratocruiser 10-26
Prefixo: N1030V
A aeronave Stratocruiser "Clipper Southern Cross" (foto
abaixo), em um voo de Nova York para Buenos Aires (voo 201),
decolou do Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, às 11:28
hs, depois de uma escala intermédia. A bordo estavam oito
tripulantes e 19 passageiros.
A uma altitude de cerca de 12.000 pés e com um diferencial
de pressão de cabine de 4,1 libras por polegada quadrada (o
que corresponde a uma altitude de cabine de cerca de 2.000
pés), o comissário ouviu um chiado forte na porta da cabine.
Ele foi para o cabine de comando e afirmou ao capitão,
"Devemos despressurizar porque eu acho que a porta está
aberta."
Com a luz de aviso de porta aberta, o engenheiro de voo
acompanhou o comissário para inspecionar a porta. O
engenheiro não fez uma inspeção visual através dos vidros
das portas, mas sim, colocou a mão ao longo da borda
superior da porta, após o que o barulho diminuiu. Ele,
então, instruiu o comissário para colocar toalhas molhadas
nessa área para reduzir o vazamento de ar e,
consequentemente, o ruído. Foi constatado que a maçaneta da
porta não estava na posição de bloqueio.
O comissário foi até a parte traseira da aeronave para
buscar as toalhas. O engenheiro de voo voltou ao seu posto e
informou ao capitão que a vedação da porta estava vazando,
mas que tudo parecia normal. O capitão optou por prosseguir
com o voo.
A luz de aviso de porta aberta ainda estava acesa. Após, um
ou dois minutos a porta da cabine explodiu aberta.
A passageira, a norte-americana Elizabeth Westbrook, de 37
anos, que estava no assento n º 33, o mais perto da porta,
foi sugada para fora. A despressurização, após a violência
explosão da porta, causou danos em toda a cabine, soltando
os painéis de teto e muitas seções de vedação e
estofamentos, arrancando a porta de um dos banheiros.
Um forte nevoeiro, causado pela condensação do ar externo
com o da cabine, temporariamente encheu a cabine. A
tripulação imediatamente decidiu retornar ao Rio de Janeiro,
onde o avião pousou sem incidentes às 12h13min.
Causa provável
"A falha do engenheiro de voo em reconhecer uma condição
insegura da porta da cabine, apesar de três advertências
completamente distintas daquela condição e a ação do capitão
em continuar o voo enquanto pressurizado, apesar das várias
advertências de que a porta da cabine principal não estava
devidamente bloqueada."
|
Reprodução/Folha da
Noite |
. |
|
Reprodução/Folha da
Manhã |
|
27.07.1952
O.M.T.A
Beechcraft Bonanza A-36
Prefixo: ***
A aeronave viajava com destino a Belo Horizonte (MG), com o
piloto e três passageiros. Entre as cidades mineiras de
Alvinópolis, Mariana e Barra Longa, o avião precipitou-se ao
solo. O piloto Miguel Jacinto dos Santos, e os passageiros,
o médico Sebastião Fontes e a jovem médica Ivone Marcondes
dos Reis, morreram na hora. O estudante Carlos Alberto
Renault, filho de Abgar Renault, ex-Secretário da Educação
de Minas Gerais, escapou com vida.
11.07.1952
FAB – Força Aérea Brasileira
Douglas C-47A-35-DL (DC-3)
Prefixo: FAB 2048
No caminho entre Salvador, na Bahia, e o Rio de Janeiro, a
aeronave da FAB C-47 sofreu um incêndio no motor nº 1.
O fogo não pode ser controlado e se expandiu. A tripulação
decidiu então realizar um pouso forçado na mar, a cerca de
200 metros da costa de Maraú, na Bahia.
Na aeronave estavam cinco tripulantes e 28 passageiros, dois
quais morreram um dos tripulantes – após o mesmo resgatar
vários ocupantes - e 12 dos passageiros.
Leia reportagens de jornais da época sobre esse acidente
clicando
AQUI e
AQUI.
24.05.1952
Loide Aéreo Nacional
Curtiss C-46A-60-CK Commando
Prefixo: PP-LDE
Na noite de 24 de maio de 1952, o avião cargueiro Curtiss
C-46 Decolou do Aeroporto de Ponta Pelada, em Manaus, com
seis tripulantes a bordo.
Logo após a subida inicial, uma falha no motor fez com a
tripulação tentasse retornar para um pouso de emergência,
mas o avião acabou caindo nas águas do Rio Negro, matando
seus seis tripulantes.
13.05.1952
VASP – Viação Aérea São Paulo
Douglas C-47B-45-DK (DC-3)
Prefixo: PP-SPM
Às 10:20 hs. da manhã da terça-feira, 13 de maio de 1952, o
avião DC-3 da Vasp, que, levantou voo em Congonhas com
destino a Bauru, Marília, Tupã e Londrina, com três
tripulantes e 19 passageiros a bordo.
Nove minutos após a decolagem, a tripulação notou uma
estranha trepidação na aeronave. Era motor esquerdo que,
logo a seguir, entrou em pane. Ao tentar retornar ao
Aeroporto de Congonhas, o avião, com um motor a menos,
começou a perder altura rapidamente.
O Comandante Luis Carlos Landell desligou o outro motor e
iniciou um pouso de emergência no lugar avaliado como o mais
adequado para o momento, no caso, a Avenida Maracanã, na
localidade chamada Vila das Belezas, nas proximidades do
bairro de Santo Amaro, em São Paulo. O avião chocou-se
contra uma trave num campo de futebol e espatifou-se contra
o solo.
Em consequência da queda morreram na hora dois tripulantes,
o comandante Landell e o copiloto, e dois passageiros, sendo
vários outros internados em estado grave, vindo outro
passageiro a falecer.
|
. |
|
Reprodução/Folha da
Manhã |
. |
|
Reprodução/Folha da
Noite |
|
28.04.1952
Pan American World Airways
Boeing 377 Stratocruiser 10-26
Prefixo: N1039V
Quando a Madre Superiora Marie Louise Pardieu embarcou no
Voo 202 da Pan American, no Rio de Janeiro, na tarde da
segunda-feira 28 de abril de 1952, não sabia que jamais
chegaria ao seu destino final. Nem ela nem nenhum outro
entre todos os ocupantes do Boeing 377 da Pan American World
Airways.
Talvez, durante o voo, ela tivesse feito uma prece
silenciosa e passado as contas do terço entre seus dedos
enquanto embarcava. O fato é que, numa noite calma, ela e
seus companheiros decolaram para a sua última jornada.
O desaparecimento do Boeing 377 Stratocruiser da Pan Am foi
um dos grandes mistérios da época dourada da aviação.
Leia uma matéria especial
sobre esse acidente, clicando
AQUI.
09.03.1952
Aeronorte
Hunting Percival P.50 Prince
Prefixo: PP-NBA
Durante a decolagem do Aeroporto de Caxias, no Estado do
Maranhão, o avião cargueiro Hunting Percival P.50 Prince
teve um de seus pneus estourados, o que fez com que a
aeronave girasse se acidentando. Os três ocupantes escaparam
ilesos.
28.02.1952
Panair do Brasil
Douglas DC-3A-393
Prefixo: PP-PCN
O avião decolou do Aeroporto de Goiânia, em Goiás para o voo
389 em direção ao Rio de Janeiro, com escala em Uberlândia,
em Minas Gerais. A bordo estavam quatro tripulantes e 27
passageiros.
No momento em que se aproximava para a aterrissagem em
Uberlândia voando sob baixa visibilidade, o piloto Luis
Ribeiro Marx, conduziu a aeronave a uma perda excessiva de
altura. Quando descrevia uma curva, uma das asas bateu numa
árvore, do que resultou a precipitação do avião contra o
solo.
Morreram três tripulantes e seis passageiros.
Leia mais sobre esse acidente num jornal da época,
clicando
AQUI.
21.02.1952
VARIG
Curtiss C-46A-25-CU Commando
Prefixo: PP-VCB
Assim que iniciou a corrida para a decolagem do Aeroporto
Santos Dumont, no Rio de Janeiro, uma falha no motor nº 1 do
C-46 PP-VCB, impediu que a aeronave ganhasse altura, vindo a
fazer uma pouso de emergência nas águas da Baia da
Guanabara. Sem vítimas fatais.
1951
17.09.1951
REAL
Douglas DC-3
Prefixo:
PP-YPX
Na
segunda-feira 17 de setembro de 1951, O DC-3 da Real, com
seis passageiros e quatro tripulantes, decolou às 18:10 hs,
do Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, em direção ao
Aeroporto de Congonhas, em São Paulo.
Quando
sobrevoava a região de Ubatuba (SP), por volta das 19:00 hs,
após ter comunicado sua posição e informado que estava “tudo
ok a bordo”, a tripulação perdeu o contato com a Torre de
São Paulo e o avião foi declarado desaparecido.
Após dois dias
de exaustivas buscas, os destroços do DC-3 foram encontrados
nas matas de Ubatubamirim, entre os municípios de Parati e
Ubatuba, onde a aeronave se acidentou. Todos os ocupantes
morreram na queda.
Fonte:
ubatubense.blogspot.com.br |
O jornal “O
Jundiaiense” de 23 de setembro de 1951, um domingo, noticia
que "foi enterrado no cemitério local o Comandante Videlmo
Munhoz. As 12 horas de quinta-feira ultima (20), ao termo de
sentida homenagem que prestaram a sua memória baixar a
sepultura no cemitério local, o corpo do inditoso jovem
Videlmo Munhoz, comandante do avião PP.YPX da Real,
sinistrado no dia de segunda-feira (17), quando sobrevoava a
rota Rio-São Paulo, em virtude de violento impacto que
sofreu contra um morro e conseqüente explosão do motor. O
acadêmico da Faculdade de Direito de São Paulo, que é
natural desta cidade de Jundiaí e também pereceu no desastre
do aparelho da Real, foi sepultado no mesmo dia na capital.
No mesmo dia “A Folha” [de Jundiaí] noticia que a família,
convida para a missa de sétimo dia na Matriz.
No Cemitério Nossa Senhora
do Desterro, em Jundiaí (SP), no mausoléu do Comandante
Videlmo Munhoz,
placas em alto relevo mostram um acidente de um avião se
chocando com uma montanha, onde aparece os dizeres:
"Voou para os homens
Voou para o eterno."
Comandante Videlmo
Munhoz
(01/01/1920-17/09/1951)
Nossos agradecimentos ao Sr. João Antonio Borin
pelo
envio das informações sobre esse acidente.
Informação adicional:
A aeronave PP-YPX já havia se envolvido em outro acidente,
ocorrido em 30 de setembro de 1949, ao pousar em Iguape
(SP), quando ia prestar socorro aos sobreviventes do
acidente com o hidroavião Consolidated PBY-5A Catalina,
prefixo
PP-BLB,
pertencente a empresa TABA. Após ser recuperado,
o Douglas DC-3, que pertencia a Transportes Aéreos
Bandeirantes (TABA) e utilizava o prefixo PP-BLC, foi
vendido à empresa REAL Transportes Aéreos.
Fontes da informação: Blog A História de Iguape
10.09.1951
Particular
Monomotor (?)
Prefixo: ***
O piloto civil Renato Correia, ao iniciar o trabalho de táxi
aéreo com um avião para três passageiros, foi bastante
infeliz. Ao tentar pousar no Campo de Tutóia, no norte do
estado do Maranhão, o aparelho foi colhido por forte vento
entrando em “parafuso”, para depois colidir violentamente
contra o solo.
Levado para o hospital, o piloto não resistiu aos ferimentos
vindo a falecer. Duas moças que estavam no aparelho
sinistrado receberam ferimentos graves.
|
Fonte: Folha da
Noite |
08.09.1951
VASP – Viação Aérea São Paulo
Douglas C-47B-20-DK (DC-3)
Prefixo: PP-SPQ
Às 19:00 hs do dia 8 de setembro de 1951, logo após a
decolagem do Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, com
destino ao Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, o DC-3
da Vasp, apresentou problemas mecânicos.
Sem conseguir ganhar altura, a tripulação acabou perdendo o
controle da aeronave, que caiu sobre algumas residências no
Bairro do Jabaquara.
Várias pessoas que presenciaram o desastre procuraram
socorrer os ocupantes da aeronave. Como não havia iluminação
no local, alguém se lembrou de acender uma vela, riscando um
fósforo. Foi então que se verificou violenta explosão,
provocada pelo combustível que se espalhava pelo local,
derramado pelo avião acidentado. As chamas propagaram-se com
rapidez, carbonizando os que se encontravam feridos ou
mortos, no interior do aparelho. Também as casas foram
tomadas pelo fogo, que as destruiu totalmente.
Os quatro tripulantes e os seis passageiros morreram na
hora. Em solo, mais seis moradores foram vítimas da queda da
aeronave.
|
. |
|
. |
|
. |
. |
. |
|
Fonte: Folha da
Manhã |
12.08.1951
Aeronorte
Lockheed Electra L10A
Prefixo: PP-NBD
Acidente com avião em
Turiaçu, MA. Três mortos.
Você tem mais informações sobre este ou outros acidentes?
Escreva para nós:
contato@desastresaereos.net
07.08.1951
FAB – Força Aérea Brasileira
Douglas C-47A-DK (DC-3)
Prefixo: FAB 2044
A aeronave que havia decolado da Base Aérea de Santa Cruz,
no Rio de Janeiro, sobrevoava Guaratiba num voo de
treinamento militar, quando às 11:53 hs., sofreu pane em um
de seus motores Pratt & Whitney R-1830-92, levando ao
descontrole do aparelho que colidiu contra a encosta de um
morro explodindo em chamas.
Os quatro ocupantes do aparelho perderam a vida.
12.07.1951
LAP - Linhas Aéreas Paulistas (Loide Aéreo
Nacional)
Douglas C-47B-10-DK
Skytrain (DC-3 )
Prefixo:
PP-LPG
O Desastre Aéreo de Aracaju
O
Douglas C-47 decolou no início da manhã no Aeroporto de
Natal. Após fazer breves escalas em Recife e Maceió,
preparava-se para a próxima escala em Aracaju.
Chovia forte na
capital sergipana, o que dificultava a aterrissagem. Por
conta das condições meteorológicas desfavoráveis, a
tripulação optou por efetuar um pouso guiado por
instrumentos e NDB.
Às 9h, durante
a tentativa de pouso, uma das asas da aeronave se chocou com
uma árvore localizada às margens do Rio do Sal, a cerca de 3
quilômetros da cabeceira da pista. Com o choque, a aeronave
caiu ao solo, despedaçando-se em seguida.
Os cinco
tripulantes e os vinte e oito passageiros tiveram morte
instantânea.
Entre os
passageiros mortos estavam o governador do Rio Grande do
Norte Jerônimo Dix-sept Rosado Maia.
Por conta da
chuva forte e de a área da queda ser de difícil acesso, as
equipes de resgate alcançaram a região dos destroços apenas
11 horas depois da queda.
A morte do
governador Dix-Sept Rosado causou grande comoção no Rio
Grande do Norte, tendo o mesmo sido sepultado com honras de
chefe de estado. Sua viagem ao Rio era oficial e tinha como
objetivo firmar um convênio com o Banco do Brasil para a
execução de obras de melhoria do saneamento de Natal.
Passados treze dias de sua morte, o distrito mossoroense de
Sebastianópolis recebeu o nome de Governador Dix-Sept
Rosado. Anos depois o distrito seria elevado à categoria de
município.
Essa foi a
quinta aeronave perdida em acidente pelas Linhas Aéreas
Paulistas nos seus sete anos de serviço, atestando a
precariedade de suas operações. Com isso restaram apenas
duas aeronaves, o que impedia o cumprimento de sua
concessão. Dessa forma, o desastre aéreo de Aracaju causou a
falência da empresa, cujas aeronaves restantes foram
adquiridas pelo Lóide Aéreo Nacional.
Jornal do Brasil, 13 de Julho de 1951
|
Folha
da Manhã |
06.06.1951
Linha Aérea Transcontinental Brasileira
Douglas DC-3D
Prefixo: PP-NAL
O DC-3 PP-NAL decolou do Aeroporto de Vitória (ES) em
direção ao Rio de Janeiro, com três tripulantes e 16
passageiros..
Às 17:40 hs, no início
da aproximação para o pouso no Aeroporto Santos Dumont,
voando sob pouca visibilidade e abaixo da altura mínima de
segurança de 1.200 pés, a aeronave colidiu contra uma
elevação montanhosa em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro.
Um tripulante e
um passageiro morreram no acidente.
18.05.1951
VASP - Viação Aérea São Paulo
Douglas C-47B-45-DK (DC-3)
Prefixo: PP-SPL
O DC-3 PP-SPL da Vasp decolou do Aeroporto de Congonhas, em
São Paulo, às 16:38 hs., com destino a Presidente Prudente,
com escala em Santa Cruz do Rio Pardo, ambas cidades do
interior de São Paulo.
A bordo estavam três tripulantes e três passageiros. Voando
em condições meteorológicas desfavoráveis, o avião colidiu
contra uma elevação montanhosa em Rancharia (SP). Os seis
ocupantes da aeronave morreram no acidente.
Causas prováveis
"imprudência do piloto na tentativa de realizar voo visual
em condições climáticas desfavoráveis e pouca visibilidade."
|
Folha da Manhã |
15.05.1951
LAP – Linhas Aéreas Paulistas
Douglas C-47A-70-DL (DC-3)
Prefixo: PP-LPC
O DC-3 PP-LPC decolou do Rio de Janeiro com destino ao
Recife com escala em Maceió, Alagoas, com quarto tripulantes
e 12 passageiros a bordo.
Na aproximação para o pouso – sob forte chuva – o comandante
errou e acabou pousando a aeronave antes do início da pista.
Não houve vítimas.
08.05.1951
Pan American World Airways
Curtiss C-46F-1-CU Commando
Prefixo: N74176
O C-46 N74176 se acidentou no Aeroporto de Congonhas, em São
Paulo, após ultrapassar o limite da pista de pouso. Sem
vítimas.
15.04.1951
Loide Aéreo Nacional
Curtiss C-46A-45-CU Commando
Prefixo: PP-LDC
Em aproximação final para pouso no Aeroporto do Rio de
Janeiro, RJ, o piloto do PP-LDC, em razão das más condições
meteorológicas, decidiu partir para uma nova abordagem.
Foi feita uma nova tentativa de pouso, desta vez com forte
vento de cauda. O Curtiss não conseguiu ser parado nos
limites da pista molhada e invadiu a Baía de Guanabara.
22.03.1951
Cruzeiro do Sul
Douglas C-53-DO (DC-3)
Prefixo: PP-CCX
O DC-3 PP-CCX decolou de Curitiba, no Paraná, em direção a
Florianópolis, em Santa Catarina, com escalas em São Paulo e
Curitiba, levando quatro tripulantes e oito passageiros a
bordo.
Na reta final para o pouso, sob chuva e em condições de
visibilidade reduzidas, o avião sofreu uma forte rajada
dessa chuva que caia. O piloto Helmuth Roberto Perondini,
numa desesperada tentativa de evitar um desastre, tentou
arremeter, mas o motor nº 2 falhou, indo o aparelho a cair
no mar, a 500 metros da praia. Segundo o comandante levou
oito minutos para a aeronave submergir e perder-se
totalmente. Morreram no acidente três passageiros. Os
sobreviventes foram resgatados por pescadores da região.
O avião foi localizado posteriormente a 7 metros de
profundidade. O prejuízo para a Cruzeiro do Sul foi da ordem
de 1 milhão e meio de cruzeiros, fora a carga e as bagagens.
21.02.1951
Companhia Itaú de Transportes Aéreos
Curtiss C-46A-60-CS Commando
Prefixo: PP-ITF
Atravessando forte turbulência durante a abordagem para o
pouso no Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, o
Curtiss aterrissou duro na curta pista 02. O trem de pouso
principal direito rompeu e o motor nº 2 (Pratt & Whitney
R-2800-51) ficou danificado.
Mesmo assim, o piloto do avião de carga conseguiu aplicar
potencia total no motor motor esquerdo e retomou o voo,
alternando para o Aeroporto do Galeão, onde realizou um
pouso de emergência.
Os quatro tripulantes saíram a tempo da aeronave que foi
consumida pelas chamas.
1950
18.12. 1950
VARIG
Noorduyn Norseman VI
(C-64-A-ND)
Prefixo: PP-VBE
Acidente com avião PP-VBE da Varig.
Informações sobre local e ocupantes da aeronave são
desconhecidas.
Foi um avião usado pela Força Aérea Americana durante a
Segunda Guerra Mundial. Na Varig, a partir de 1947, ele
operou principalmente no transporte de mercadorias.
|
Imagem: varigcruzeiroriosul.blogspot.com.br |
17.12.1950
Loide Aéreo Nacional
Curtiss C-46A-45-CU
Prefixo:
PP-LDD
Durante a aterrissagem no Aeroporto de
Campina Grande, na Paraíba, a aeronave PP-LDD, realizou um
pouso de “barriga”, que danificou bastante a aeronave. Os
três tripulantes saíram ilesos.
14.12.1950
VASP - Viação Aérea São Paulo
Douglas C-47B-50-DK (DC-3)
Prefixo: PP-SPW
O voo do DC-3 da Vasp PP-SPW estava previsto para decolar do
Aeroporto de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, com
destino ao Aeroporto de Congonhas, na Capital, com quatro
tripulantes e 16 passageiros a bordo.
Assim que decolou, o avião PP-SPW sofreu uma pane no motor
esquerdo (Pratt & Whitney R-1830-90C), obrigando o
comandante Rubens Paulo Teles Tapié, a uma tentativa de
aterrissagem de emergência.
A manobra foi executada e o avião foi ao solo, mas o motor
já se incendiava, propagando-se o fogo a toda a aeronave,
uma vez que alguma tubulação se danificara provocando o
vazamento de combustível.
O comandante e a tripulação prontamente providenciaram o
salvamento dos passageiros. Uma passageira morreu e outra
ficou em estado delicado.
13.12.1950
VASP - Viação Aérea São Paulo
Douglas C-47A-90-DL (DC-3)
Prefixo: PP-SPT
Logo após a
decolagem da aeronave PP-SPT da Vasp, o motor nº 1 (Pratt &
Whitney R-1830-92) entrou em pane ainda durante a subida
inicial.
O comandante
procedeu a um pouso de emergência, mas quando o avião
realizava a descida forçada, saiu da pista e foi em direção
às casas do bairro, precisamente para o bar do comerciante
Augusto Lovo, o "Gustinho".
Gustinho foi
alertado pelas crianças, e se salvou, assim como as irmãos
Rizzieri, Afonso, Cléria e Maria Aparecida e outros seus
familiares. A professora Rosita Borges, que estava na venda
do seu pai, Antônio Borges, também escapou por pouco, pois a
venda também foi destruída pelo avião.
Três clientes
do bar do Gustinho, o mineiro Antônio João de Matos, o "Totonho"
e dois homens da família Pirolli, Mario Pieroli e Francisco
Pastro no entanto, não tiveram a mesma sorte e acabaram
falecendo no acidente.
Nenhum dos seis
tripulantes e 25 passageiros do avião se feriu com
gravidade. O acidente ocorreu por volta das 13 horas e 30
minutos.
O voo provinha
da cidade de Arapongas e tinha São Paulo como destino final.
A aeronave teve perda total e foi desmontada pela VASP no
local do acidente.
Causas
prováveis
"Falha do motor
durante a decolagem e erro do piloto no procedimento de
‘decolagem curta’, usada em um aeródromo onde tal manobra
não era necessária".
|
Grupo reunido ao
redor dos destroços do PP-SPT da Vasp
Foto: Apolo
Teodoro |
Fonte: culturaaeronautica.blogspot.com.br
04.11.1950
Central Aérea
Douglas DC-3 (R4D-1)
Prefixo: PP-IBC
Durante a decolagem do Aeroporto de Vitória da Conquista, na
Bahia, a vibração do motor esquerdo durante a corrida pela
pista fez com que o piloto reduzisse a potência e abortasse
a decolagem.
O copiloto, em seguida, inadvertidamente,
acelerou os motores, fazendo com que o DC-3 subisse,
recolheu os trens de pouso, mas logo o DC-3 voltou a descer,
pousando de “barriga”.
08.09.1950
Transportes Aéreos Bandeirantes
Curtiss C-46A-45-CU Commando
Prefixo: PP-LDB
O C-46 PP-LDB vindo de Vitória, no Espírito Santos, com três
tripulantes a bordo, ao se aproximar para a aterrissagem no
Aeroporto Santos Dumont, apresentou problemas no sistema
hidráulico de seu trem de pouso.
A tripulação, então, estendeu o trem de aterrissagem
manualmente. O Curtiss estava em fase final, quando ambos os
motores Pratt & Whitney R-2800-51) começaram a perder
potência. O piloto decidiu, então, desviar para o Aeroporto
do Galeão, mais próximo naquele momento. A altitude foi
perdida e um pouso forçado foi realizado na Baía de
Guanabara. Os ocupantes escaparam ilesos.
08.09.1950
Transportes Aéreos Bandeirantes
Curtiss C-46
Prefixo: PP-XCO
Acidente com avião no Rio de Janeiro, RJ.
Você tem mais informações sobre este ou outros acidentes?
Escreva para nós:
contato@desastresaereos.net
30.07.1950
SAVAG - Sociedade Anônima Viação Aérea Gaúcha
Lockheed L-18-10 Lodestar
Prefixo:
PP-SAA
Porto Alegre,
30 de julho de 1950.
Passadas 48
horas da maior tragédia da aviação no Rio Grande do Sul, a
queda do Constellation da Panair, autoridades, jornalistas e
populares ainda vasculham o Morro do Chapéu, em São Leopoldo
(hoje Sapucaia do Sul), na busca dos vestígios e restos do
possante quadrimotor calcinado.
A frente fria
estacionária, que foi decisiva no acidente da Panair na
capital do Estado, ainda está atuando, mantendo uma baixa
camada de nuvens cobrindo completamente todo o território
gaúcho.
O Senador
Joaquim Pedro Salgado Filho, ex-ministro da Aeronáutica
ainda estava sob o impacto da tragédia do Panair,
principalmente porque ele tinha lugar marcado no voo PB 099,
mas cedeu a um amigo que tinha pressa em chegar ao Rio
Grande do Sul.
Sorte de um,
azar de outro.
Mesmo com o
tempo desfavorável, o Senador Salgado Filho mantivera sua
agenda no interior do estado. Tinha um encontro com o Sr.
Getúlio Vargas na longínqua cidade de São Borja, onde o
ex-presidente residia na Fazenda do Itu.
O deslocamento
seria em um bimotor Lodestar da SAVAG (Sociedade Anônima
Viação Aérea Gaúcha), prefixo PP-SAA batizado de "São Pedro
do Rio Grande". O piloto não seria ninguém menos que o
proprietário da SAVAG, o Sr. Gustavo Cramer (ex-comandante
da Panair).
A SAVAG foi
fundada em 1946, e possuía uma frota de dois Lockheed
Lodestar (PP-SAA e SAB), que voavam para diversas cidades
gaúchas, buscando enfrentamento com a poderosa VARIG. Em
1949 a companhia perdera o Lodestar PP-SAC em acidente na
cidade de Pelotas/RS.
Conforme Silva
(2006) o Comandante Cramer estava ciente das condições
meteorológicas desfavoráveis, e mesmo assim apresentou um
plano de voo IFR em rota direta para São Borja, a 4.500 pés
de altitude. O plano de voo previa descida por instrumentos,
tendo como referência a Radio Difusora de São Borja (AM).
Este procedimento atualmente é proibido, porém nos tempos do
"arco-e-flexa" da aviação (anos 40 e 50), era muito comum
usar rádios comerciais (broadcasting) como balizador de
procedimentos, devido a ausência de rádio-auxílios a
navegação aérea.
O PP-SAA
decolou do Aeroporto Federal de Porto Alegre, São João, as
11 horas com 10 pessoas a bordo. O voo prosseguiu por mais
de uma hora dentro de um colchão de nuvens, sem contato
visual com o terreno. O Comandante Cramer solicitou ao
Centro de Controle, descer para condições VFR (visuais), o
que foi negado pelo controlador (Silva, 2006).
Não querendo
frustar o Senador Salgado Filho por não conseguir localizar
a Fazenda Itu, provavelmente o experiente Comandante Cramer
decidiu por conta e risco descer em busca de contato visual
com o terreno.
Por volta das
13 horas, um morador da região rural de São Francisco de
Assis ouviu o ronco de um avião passando baixo sobre sua
fazenda, seguido de uma forte explosão. Era o PP-SAA que
voava muito baixo e bateu contra uma pequena elevação
chamada Cerro Cortelini. Nenhum dos dez ocupantes do bimotor
sobreviveu.
Era o fim de
uma carreira de sucesso na aviação e de um provável
Governador do Rio Grande do Sul, tendo em vista que o
encontro de Salgado Filho com Getúlio Vargas visava os
detalhes para a candidatura do senador ao governo do estado.
O relatório
final do acidente informou que o Lodestar da SAVAG voava
nivelado, motores operando normalmente, na direção magnética
310 graus, flaps e trens recolhidos. Devido a visibilidade
reduzida por chuva fina e nebulosidade baixa, o comandante
Cramer não pode pressentir o choque contra uma árvore, que
decepou a asa esquerda do bimotor e levou a queda do avião.
Hoje, Gustavo
Cramer e Salgado Filho são lembrados como nomes dos
aeroportos de Bagé/RS e Porto Alegre/RS, respectivamente.
Fontes
de pesquisa (livros):
- O rastro
da bruxa – história da aviação brasileira no século XX
através de seus acidentes: 1928-1996. Comandante Carlos
Germano da Silva, EDIPUCRS. Porto Alegre/RS. 2006.
- Acidente
no Morro do Chapéu - A queda do Constellation da Panair em
Sapucaia do Sul. Abrão Aspis, Livraria Palmarica. Gravatal/SC.
2007
-
Informações via forum.aeroentusiasta.com.br
|
Folha da Manhã |
. |
|
Folha da Noite |
28.07.1950
Panair do Brasil
Lockheed L-049
Constellation
Prefixo: PP-PCG
Tragédia no Morro do Chapéu
O voo Panair do Brasil 099
decolou da Base Aérea do Galeão, no Rio de janeiro, às 15h47
min, com 6 horas de atraso em relação ao horário de embarque
oficial. O atraso ocorreu por conta de defeito em um de seus
motores que necessitou ser substituído e testado num voo de
inspeção. Deveria pousar no Base Aérea de Gravataí nos
arredores de Porto Alegre às 18h40 min.
O Constellation prefixo
PP-PCG transportava 44 passageiros (muitos dos quais em
férias no Rio de Janeiro por conta da Copa do Mundo de 1950)
e 7 tripulantes, sendo pilotado pelo comandante Eduardo
Martins de Oliveira (que estava prestes à completar 10 mil
horas de voo em sua carreira), conhecido como Comandante
Edu, um dos fundadores e porta estandarte do famoso Clube
dos Cafajestes.
Segundo os boletins
meteorológicos, havia uma frente fria estacionária entre
Porto Alegre e Florianópolis, causando grandes turbulências
e chuva leve na capital gaúcha. Após algum atraso (causado
pelas condições climáticas desfavoráveis) o Constellation
iniciou aos procedimentos de aproximação para pouso na Base
Aérea de Gravataí às 19h45min, porém abortou o pouso,
arremetendo logo em seguida.
Durante a segunda tentativa
de aterrissagem, perdeu contato com a torre e arremeteu
novamente. Durante a terceira tentativa de aterrissagem,
acabou chocando-se contra a região dos Morros do Chapéu e
das Cabras por volta das 19h25 min, explodindo logo em
seguida. Com a explosão, foi deflagrado um incêndio na área,
debelado apenas duas horas mais tarde.
Por conta da área ser de
difícil acesso, as equipes de resgate levaram 2 horas até
chegarem aos destroços onde foi constatada a morte de todos
os tripulantes e passageiros. Os trabalhos de remoção dos
corpos e limpeza da área, comandados pelo então Coronel
Olímpio Mourão Filho levaram vários dias, por conta da área
dos destroços ser de aproximadamente 2 quilômetros.
Em 1937 foi
iniciada a construção do Aeródromo de São João. Suas obras
previam pistas de até 3 quilômetros de extensão e uma
estação de embarque. Por conta da Segunda Guerra Mundial,
suas obras seriam paralisadas e todos os materiais desviados
para obras de melhorias na Base Aérea de Gravataí.
Por conta
disso, o Aeródromo de São João possuía equipamentos para
permitir pouso por instrumentos, porém possuía 3 pistas de
terra batida e não comportava aeronaves de grande porte como
os Constelation, obrigando muitos voos a utilizarem as
pistas maiores e pavimentadas da Base Aérea de Gravataí, que
por sua vez somente operava pousos e decolagens com
condições visuais.
O acidente
causou grande comoção na sociedade gaúcha, sendo considerado
à época o pior acidente aéreo do Brasil.
Dois dias
depois do acidente do voo 099 morreria num outro acidente
aéreo ocorrido no Rio Grande do Sul, o político Joaquim
Pedro Salgado Filho, que escapara do acidente do voo 099 por
conta da falta de lugares no voo.
A comoção
gerada foi tamanha que o Aeródromo de São João seria
rebatizado Aeroporto Salgado Filho e, foram reiniciadas as
obras de melhorias paralisadas na 2ª Guerra. Com isso o
Aeroporto Salgado Filho foi dotado de um novo terminal de
passageiros e de pistas maiores, acabando com as
dificuldades de operação de grandes aeronaves.
Por conta do
acidente, os compositores Fernando Lobo e Paulo Soledade,
escreveram a canção "Zum-zum" em homenagem ao Comandante
Edu, interpretada por Dalva de Oliveira no carnaval de 1951.
09.07.1950
Governo do
Acre
Avro Anson Mk I
Prefixo: PP-ETD
Acidente logo após a decolagem do Aeroporto de Rio Branco,
no então Território, e hoje Estado do Acre, do avião de
transporte de carga PP-ETD, do Governo do Acre. Os dois
ocupantes escaparam com vida.
30.06.1950
FAB – Força Aérea Brasileira
Grumman UC4F-2 Widgeon (G-44)
Prefixo: 2674
Acidentado em Belém, PA.
30.05.1950
Aerovias Brasil
Douglas C-47-DL (DC-3)
Prefixo: PP-AVZ
O DC-3 PP-AVZ partiu de Vitória da Conquista (BA) com
destino ao Aeroporto de Salvador (BA). Com quatro
tripulantes e nove passageiros a bordo.
Voando pelas regras em condições de voo visual (VFR) desde a
decolagem, o DC-3 deparou-se com nuvens no FL100. A
tripulação procedeu a uma descida e a aeronave voou através
de um Cumulonimbus com fortes rajadas de vento positivas e
negativas. Essas rajadas causaram o deslocamento dos
passageiros e das mercadorias.
O controle do avião foi perdido e ambas as asas se separaram
da aeronave durante a descida a uma velocidade maior do que
a suportada. O PP-AVZ caiu próximo a Ilhéus, causando a
morte dos quatro tripulantes e de 13 passageiros. Apenas
duas pessoas sobreviveram ao acidente, o industrial Carlos
Ortiz (38) e Leonídia Eunice da Conceição (23).
26.05.1950
VASP
Douglas DC-3 (C-47)
Prefixo:
PP-SPV
A decolagem no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, do
Douglas C-47 teve que ser abortada por causa de uma falha no
motor nº 2.
O DC-3 saiu da pista de decolagem e colidiu com uma pilha da
terra que empurrou o motor nº 1 para dentro da
fuselagem.
Fala-se em 12 vítimas fatais (não confirmado).
.
05.01.1950
Companhia Itaú
de Transportes Aéreos
Curtiss C-46A-60-CK
Prefixo: PP-XBW
Acidente com avião em Itaquaquecetuba, SP.
Sem vítimas.
A aeronave que transportava carga da empresa Itaú havia
decolado do Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, às 7h00,
com destino ao norte do país, caiu às 9h20m na Fazenda São
Bento, em Itaquaquecetuba.
A aeronave apresentou problemas quando já sobrevoava o
município de Pouso Alegre, em Minas Gerais, quando um dos
motores começou a falhar. O piloto, percebendo o defeito,
resolveu voltar, buscando atingir Cumbica.
Ao passar sobre a Fazenda São bento, todavia, o avião caiu
na encosta de um morro.
Ficaram levemente feridos o comandante Alberto Brandão, o
copiloto Tomás Zapalacomas e o radiotelegrafista Afonso
Carneiro. De Cumbica seguiram os necessários socorros. As
vítimas foram transportadas para a cidade de São Paulo.
.
|
Reprodução do jornal Folha da Manhã de 06.01.1950 |
Você tem mais informações sobre estes ou outros acidentes?
Escreva para nós:
contato@desastresaereos.net
Fontes:
Folha da Manhã, Folha da Noite, livro "Rastro da Bruxa",
ASN, BAAA-ACRO,
Wikipédia
e FAB.
|