.
.
31.12.1976
Particular
Piper PA-28-235
Prefixo: PT-JGB
O Piper Cherokee preto e branco que decolou às 15h20min do
campo do Sesc, em Bertioga, em direção a São Carlos, no
interior de São Paulo, desapareceu na Serra do Mar.
A aeronave era pilotada por Clenan Leite Dias Filho e tinha
como único passageiro Paulo Eduardo de Almeida Prado,
engenheiro recém-formado de 26 anos.
Um helicóptero do Serviço de Buscas e Salvamento da FAB
localizou no dia 5 de janeiro de 1977, o Piper PT-JGB,
próximo a localidade de Engenheiro Marsilac, ao sul da
Represa Billings e a 30 km da Praia Grande.
Em razão do mau tempo na região, o resgate só foi possível
no dia seguinte e os corpos foram encontrados em adiantado
estado de decomposição.
Folha de S.Paulo, 05.01.197
7
Folha de S.Paulo, 06.01.197
7
Folha de S.Paulo, 07.01.197
7
24.11.1976
Particular
Cessna 172
Prefixo: PT-BBA
O Cessna 172 com três pessoas a bordo caiu por volta das 17
horas no bairro de César de Souza, no município de Mogi das
Cruzes, em São Paulo.
Um dos ocupantes morreu na hora e os outros dois foram
encaminhados ao hospital em estado grave.
12.11.1976
Táxi Aéreo
Jaraguá
Cessna 500
Citation I
Prefixo:
PT-KIU
O Cessna 500 Citation I partiu de São Paulo às 20h20 em um
voo para o Aeroporto Santos Dumont do Rio de Janeiro,
Brasil.
A aeronave não conseguiu parar na pista e invadiu 100 metros
nas águas da Baía de Guanabara. A aeronave permaneceu
flutuando por 30 minutos, permitindo que todos a bordo
fossem evacuados com segurança.
Jornal do Brasil, 13.11.1977
Jornal do Brasil, 14.11.1977
Com informações de Carlos Camacho
12.11.1976
Pechint
Piper
PA-28R-180 Cherokee Arrow
Prefixo:
PT-DCD
A aeronave caiu e queimou seis minutos após a decolagem de
uma pista de pouso da empresa em Ponte Nova, em Minas
Gerais.
Os três ocupantes morreram no acidente.
09.11.1976
Táxi Aéreo
São Jorge
Rockwell
Aerocomander 680
Prefixo:
PT-CGS
O avião transportando cinco pessoas voando com destino a
Tapuruquara, no Alto Rio Negro, se acidentou no Rio
Tapuruquara, no Município de Barcelos, no Amazonas, sendo
arrastado pela forte correnteza.
Morreram os três passageiros - técnicos da Companhia de
Pesquisa e Recursos Minerais – e os dois tripulantes.
28.10.1976
Nordeste
Linhas Aéreas
Embraer 110C
Bandeirante
Prefixo:
PT-TBA
O avião de
passageiros da Embraer 110C Bandeirante PT-TBA decolou do
Aeroporto de Petrolina (PNZ/SBPL), às 14h21min, em direção
ao Aeroporto Internacional de Recife (REC/SBRF), ambos em
Pernambuco, com dois tripulantes e cinco passageiros.
Cerca de três
minutos após a decolagem, o avião sofreu uma pane e caiu,
matando seus dois tripulantes, os pilotos Gérson Marcos
Chagas e José Roberto Armin. Quatro passageiros ficaram
feridos e um saiu ileso.
Segundo
testemunhas, assim que decolou o avião foi visto fazendo uma
manobra à esquerda no sentido de regressar ao aeroporto.
Porém, a pane fez com que a aeronave caísse quase de nariz,
batendo contra o solo e subindo cerca de 20 metros, para
despencar mais à frente, uns 800 metros além da pista, no
cercado do quartel da Polícia Militar.
A tripulação
ficou presa na cabine que se incendiou. O fogo logo se
alastrou para a parte traseira da aeronave. Os passageiros
saíram desesperadamente pela porta de emergência. O avião
não chegou a explodir, apenas ficou coberto por uma espessa
nuvem negra.
Esse foi o
primeiro acidente aéreo no Aeroporto de Petrolina, desde sua
fundação em 1966.
Foto:
centrohistoricoembraer.com.br
O PT-TBA foi o primeiro Bandeirante a entrar em operação
regular no Brasil. Foi em 17 de abril de 1973 nas asas da
Transbrasil. Essa é mesmo uma data histórica: pela primeira
vez, uma aeronave brasileira transportava passageiros em
voos regulares. Os voos uniam Curitiba a Foz do Iguaçu, com
algumas escalas no noroeste do Paraná, além de outras rotas
de Florianópolis para o Oeste Catarinense e de Erechim para
Porto Alegre.
Em 8 de junho de 1976, constituída oficialmente a empresa
Nordeste Linhas Aéreas, com capital constituído por três
sócios: Transbrasil, que cedeu os aviões que integravam a
frota inicial, o Governo do Estado da Bahia e a Votec Taxi
Aéreo. A Nordeste começou a operar inicialmente para 11
cidades com cinco Embraer EMB-110C Bandeirante, o PT-TBA
(envolvido no acidente acima) e mais: TBB, TBC, TBE e TBF,
transferidos da frota da própria Transbrasil a qual, pouco
tempo depois, sairia da sociedade.
26.10.1976
Particular
Cessna 182P
Skylane
Prefixo:
PT-IQJ
O Cessna PT-IQJ
decolou de Juiz de Fora em direção a Governador Valadadares,
ambas cidades de Minas Gerais, após a visita do presidente
Ernerto Geisel, levando a bordo o piloto José Assunção; o
candidato da Arena a Prefeitura de Governador Valadares,
Parajara dos Santos; o candidato a vereador da mesma cidade,
Jader Pacheco de Figueiredo; e Geraldo Lopes, sogro do
candidato a Prefeito.
Na altura da
Serra do Brigadeiro, localizada na região da Zona da Mata,
em Minas Gerais, a aeronave se acidentou em meio à mata,
matando o passageiro Geraldo Lopes.
O piloto
conseguiu retirar os outros dois passageiros feridos da
aeronave, os arrastou para debaixo de uma árvore e, em
seguida, partiu em busca de socorro, que foi encontrado a
oito quilômetros de distância do local da queda. Equipes de
salvamento se dirigiram ao local para efetuar o resgate.
25.10.1976
Particular
Piper
PA-34-200 Seneca
Prefixo:
PT-JCL
O bimotor
prefixo PT-JCL, decolou de Brasília (DF). às 11h30min do dia
23, em
direção a Formosa, no interior de Goiás.
Ainda no dia
23, o avião saiu de Formosa e voou até Iaciara, localidade a
nordeste do Distrito Federal. Supõe-se que, no dia seguinte
(24),
o Piper PT-JCL tenha ido de Iaciara até a Fazenda Alcatra,
de propriedade da Madeireira Tavares, rumado depois para o
município de Posse, na mesma região e retornando para a
fazenda.
No dia 25, às
7h00min, um funcionário da fazenda viu quando o avião
decolou com destino a Brasília, com atmosfera adversa. O
boletim meteorológico para Brasília, naquele momento,
indicava ventos vindos do Sul, de 200 graus, 22 quilômetros
horários de velocidade, oito quilômetros de visibilidade,
trovoadas, presença de estratos a 120 metros de altura e de
cúmulus-nimbus (CB) a 700 metros de altura, condições que só
permitem operações com instrumentos.
No dia
seguinte (26), ao chegar a Brasília, esse funcionário da fazenda
perguntou pela chegada do avião. Um dos proprietários da
Madeireira Tavares, após ouvir o funcionário, procurou o Salvaero, que desta forma, foi avisado do acidente 27 horas
depois da decolagem do aparelho. O plano de voo encontrado
na fazenda previa viagem de uma hora até Brasília, com
autonomia de mais ou menos quatro horas.
No dia 27
surgiram os primeiros indícios de que o Piper havia se
acidentado, quando o prefeito de Sítio d’Abadia, que se
encontrava em Goiânia, informou que avistara um aparelho ao
sul de Abadia, por volta das 7h30min e que ele voava em
direção às nuvens carregadas.
No dia seguinte
(28), um bimotor de propriedade do ex-governador de Goiás,
Leonino Caiado, pilotado por Bernardo Pucci, que havia saído
de Goiânia, avistou, por volta das 11h00min, os destroços do
Piper PT-JCL, a 42 km do município de Sítio d’Abadia,
localizado na região leste do estado de Goiás e a cerca de
200 km de Brasília.
Quando o
Salvaero chegou ao local do acidente, constatou-se a morte
dos seis ocupantes.
A bordo,
estavam Alcides Tavares Câmara, proprietário de uma
madeireira, que piloto do avião; Emilio Fleuri de Brito,
presidente do Tribunal de Justiça de Goiás; Renato Coelho,
desembargador; José Alves, corregedor; Matias Pinheiro de
Lemos, fiscal da Fazenda; e Evandro José de Macedo,
superintendente da Codeplan (Coordenação para o
Desenvolvimento do Planalto).
26.09.1976
Serv-Jet
Learjet 25C
Prefixo:
PT-IBR
O Learjet
PT-IBR decolou do Aeroporto Internacional de Manaus, no
Amazonas, na tarde de domingo, com destino ao Aeroporto de
Congonhas, em São Paulo, levando a bordo dois tripulantes e
cinco passageiros.
No comando da
aeronave estava o piloto Jorge Casara, auxiliado pelo
copiloto Hugo Fernandes Rosa.
Os passageiros
eram Friedrich Karl Binder, Willheim Kuenkele, Karlheinz
Eisenmenger, da diretoria da Daimler-Benz AG, da Alemanha e
membros do Conselho Administrativo da Mercedes Benz do
Brasil S/A, e Will Weltzer e Helmut Surkemper,
respectivamente diretor e assistente da vice-presidência da
Mercedes Benz do Brasil S/A.
Como o
Aeroporto de Congonhas estava fechado para pouso e
decolagem, a rota foi alterada para o Aeroporto de
Viracopos, em Campinas.
Em Viracopos,
segundo os oficiais que estavam de plantão, o jatinho teve
que cumprir todo o esquema do “problema de voo” – fazer
algumas voltas em torno do aeroporto antes de aterrissar,
sempre mantendo contato com o rádio da torre de controle.
O esquema
estava sendo cumprido até que o operador do rádio perdeu o
contato com o avião. Passados alguns instantes, como o avião
não pousasse, foi acionado o esquema de emergência, que
vigorou até por volta das sete horas da manhã do dia
seguinte, quando o Learjet foi encontrado completamente
destruído e seus sete ocupantes mortos.
O local da
queda estava localizado a dois quilômetros da cabeceira 14
de Viracopos e a um quilômetro de uma estrada, no meio de
uma plantação de eucaliptos.
Antes de cair
no solo, por volta das 20 horas, o avião cortou a copa de
quatro eucaliptos e chocou-se contra outro, na Fazenda Boa
Esperança.
Nesse mesmo
local, em 1961, ocorreu outro grande desastre aéreo, com um
avião de passageiros da Aerolineas Argentinas, quando
morreram 52 pessoas.
Diretores da
Mercedes Benz estiveram em Viracopos demonstrando séria
preocupação pelo desaparecimento de uma pasta preta e
solicitaram o maior sigilo possível a FAB.
O piloto e o
copilo eram funcionários da Volkswagen do Brasil e o avião
era propriedade conjunta da Volks e Mercedes Benz.
Uma pane seca
foi apontada como a provável causa do acidente.
Jornal do Brasil, 28.09.1976
Folha de S.Paulo, 28.09.197
6
26.09.1976
Particular
Cessna 180D
Prefixo:
PT-BMF
O Cessna de
prefixo PT-BMF, pertencente a uma empresa agrícola de
Araçatuba, no interior de São Paulo, pilotado por Antonio
Camilo Góes e Walter Gonçalves da Silva, decolou em direção
a Porto Murtinho, no então estado de Mato Grosso. Hoje esse
município faz parte do estado de Mato Grosso do Sul, criado
com o desmembramento de Mato Grosso em 1979.
Com capacidade
para quatro ocupantes, o aparelho voava com nove pessoas a
bordo, sendo que, além dos dois pilotos, estavam no avião sete moradores da
Fazenda Marabá.
Em voo, o
PT-BMF perdeu a asa direita e caiu em seguida. Ao bater no
chão, nas terras de uma fazenda em Porto Murtinho, a
aeronave explodiu, matando todos a bordo.
Folha de S.Paulo, 28.09.1976
26.09.1976
Particular
Cessna 210
Prefixo: PT-***
O Cessna 210 caiu em Guajará-Mirim, em Rondônia. Não houve
vítimas.
19.08.1976
Marinha do
Brasil / 1º Esquadrão de Helicópteros Anti-Submarino
Sikorsky
S-61D-3 (SH-3D)
Prefixo:
N-3008
O helicóptero
SH-3D do 1º Esquadrão de Helicópteros Anti-submarino da
Marinha do Brasil, que havia decolado do Porta Aviões Minas
Gerais, caiu durante uma operação ASW noturna, próximo a
Cabo Frio, no Rio de Janeiro, matando todos os seus
ocupantes, o piloto, o copiloto e os dois operadores de
sistema ASW (anti-submarino).
Seus destroços
foram encontrados somente em Junho de 1994. Tal acidente
ocasionou a suspensão de voos ASW noturnos até meados de
1977.
11.06.1976
RICO -
Rondônia Imp. Exp. Com. Ltda.
Douglas
C-47A-90-DL (DC-3)
Prefixo:
PP-AJC
O DC-3
se acidentou em Pauana, próximo ao Rio Juruá, nas
proximidades do município de Ipixuna, no Amazonas. Os três
ocupantes do avião morreram.
O PP-AJC voou
originalmente em 1944 pela Força Aérea do EUA (USAAF) com a
matrícula 43-15936. Foi adquirido pela Cruzeiro do Sul em
março de 1948 até ser armazenado no Aeroporto Santos Dumont
(RJ) em 1972. Foi vendido para a empresa Rondônia
Importação, Exportação e Comércio Ltda. O avião
utilizou, também, o prefixo PP-CCV.
Existe
dúvida sobre o local correto do acidente.
06.06.1976
VOTEC
Hughes 369HS
(500)
Prefixo:
PT-HEG
O helicóptero
da Votec, a serviço da TV Globo, pilotado por José Maria
Maron, levava a bordo o cinegrafista Ednan de Souza e o
repórter Anibal Pilot, que cobriam um passeio ciclístico na
Avenida Atlântica, no Rio de Janeiro, RJ.
Quando sobrevoava a Praia de Copacabana, em frente ao Hotel
Meridien, a cerca de 70 metros de altura, a aeronave entrou
em pane e caiu repentinamente.
O piloto saiu com algumas escoriações e os profissionais da
TV Globo nada sofreram.
Folha de S.Paulo
,
07.06.1976
01.04.1976
Particular
Sikorsky
S-58ET
Prefixo:
PT-HFQ
Acidente com
helicóptero em Campos dos Goytacazes, RJ. Nenhuma vitima
fatal.
24.03.1976
Líder Táxi
Aéreo
Sikorsky
S-58ET (H-34G III)
Prefixo:
PT-HFV
O helicóptero,
com 11 pessoas a bordo, sofreu uma pane cerca de 45 minutos
após decolar às 11 horas de Macapá e caiu próximo da Ilha de Maracá,
a 30 km do município de Maracá, na costa do Amapá.
Morreram
seis técnicos americanos da empresa Demaga, contratada pela
Petrobras para prospecção submarina a 120 quilômetros da
costa do Território do Amapá.
Salvaram-se o comandante Paulo Roberto Stadler, o copiloto
Jorge Alberto Mota, o mecânico Almir Barbosa Brito, além de
dois passageiros: o mergulhador francês Josef Anton Kopp, da
empresa Comex, e o norte-americano James Meskr, da Demaga.
Na época, foi noticiado pelo Jornal do Brasil que a aeronave
tinha o prefixo PP-HSV, mas era uma informação equivocada.
Jornal do Brasil, 26.03.197
6
02.02.1976
FAB - Força
Aérea Brasileira
Esquadrilha
da Fumaça (Esquadrão de Demonstração Aérea - EDA)
North-American T-6
Prefixo:
FAB***
O T-6 da
Esquadrilha da Fumaça pilotado pelo Coronel Antonio Cunha
Braga acompanhado pelo Sargento Cunha, sofreu uma pane que o
obrigo a um pouso forçado num terreno baldio da Rua Cairuçu,
em Vila Valqueire, bairro da zona oeste do Rio de Janeiro.
Os tripulantes
sofreram alguns ferimentos e foram internados no hospital do
Campo dos Afonsos.
Folha de S.Paulo
,
03.02.1976
01.02.1976
Líder Táxi
Aéreo
Cessna 402
Prefixo:
PT-JJA
Acidente
envolvendo aeronave PT-JJA, sem maiores detalhes.
29.01.1976
Real Aero
Táxi
Beechcraft
55 Baron
Prefixo:
PT-DAY
O Beech Baron
prefixo PT-DAY, pilotado por Sebastião Peres da Silva,
decolou da pista de pouso particular da empresa Real Aero
Táxi, localizada no Bairro do Cipoal, a 15 km de Santarém,
em direção a Belém, capital do Pará, às 10 horas. De Belém,
a aeronave seguiria para Londrina, no Paraná, onde todos
residiam.
Além do piloto,
a bordo estavam sua mãe Adelaide Bolonha da Silva, sua
esposa Hilda Martins da Silva. Também iam no voo Ivanira
Almeida, seus filhos Flávio, Fernando, Fábio e Débora, e a
sobrinha Izabela, todos menores.
Ivanira era
esposa do piloto Flávio Gondino de Almeida, sócio da empresa
de táxi aéreo, que estava próximo a pista durante a
decolagem.
Logo após a
decolagem, o avião sofreu uma pane e o piloto Sebastião
Silva optou por retornar e realizar um pouso de emergência.
Antes de tocar
o solo, a aeronave chocou-se contra um tucumanzeiro,
incendiando-se e explodindo na cabeceira pista, matando seus
nove ocupantes.
Folha de S.Paulo
,
30.01.1976
26.01.1976
Anhembi
Escola de Pilotagem
Enstrom
F-28A
Prefixo:
PT-HCA
Uma forte
ventania que atingiu até 80 km/h em São Paulo e uma falha no motor fez o helicóptero
prefixo PT-HCA tentar um pouso forçado dentro do cemitério do Araçá, na avenida
Doutor Arnaldo.
O piloto
Clayton Arthur Copozzi e o fotógrafo Eduardo Ribeiro Pereira
não se feriram. Três túmulos foram destruídos. O helicóptero
ficou seriamente danificado.
Folha de S.Paulo
,
27.01.1976
Jornal do Brasil
,
27.01.1976
O Estado de S.Paulo, 27.01.1976
22.01.1976
Transbrasil
Embraer 110C
Bandeirante
Prefixo:
PT-TBD
Às 15h30min da
quinta-feira, 22 de janeiro de 1976, o Bandeirante PT-TBD
decolava de Chapecó com destino a Erechim e Porto Alegre
(RS), conduzindo a bordo dois pilotos e sete passageiros.
Comandava o voo
107 daquela tarde o piloto Marcos Antonio Pietrobom de
Alvarenga Mafra, cujo copiloto era Antonio Olintho Garcia de
Oliveira.
Na época o
Aeroporto de Chapecó estava localizado dentro dos limites da
cidade e possuía dimensões bastante acanhadas, sendo de
terra batida coberta por cascalhos, em nada lembrando o
atual, cuja pista asfaltada possui dois mil metros de
extensão.
Naquela tarde,
o pequeno bimotor, pintado em dois tons de azul, já
desenvolvia alta velocidade quando o pneu direito estourou,
provavelmente perfurando por algum dos cascalhos pontiagudos
que se espalhavam por toda a superfície da pista.
Surpreendido
pela guinada, talvez supondo que o motor direito tivesse
falhado, Mafra reduziu os motores e pisou forte nos freios.
Como as rodas do Bandeirante não era equipadas com sistema
antiderrapante (anti-skid), ficaram bloqueadas pela freada,
deslizando sobre a pista, reduzindo ainda mais o coeficiente
de atrito. A subsequente desintegração do pneu, agravou a
situação. O avião ultrapassou veloz o final da pista, que
terminava num barranco alto.
Dois
funcionários de uma agroindústria local, Ernesto Miguel Tenz
e Valério Bonetti, foram os primeiros a chegar ao
Bandeirante, que estava relativamente íntegro, porém já
envolto em fumaça. Ernesto e Valério abriram a porta do
avião e retiraram Luiz A. Parisi, bastante queimado. No
interior do avião , completamente enfumaçado, não se ouviam
vozes, gritos ou gemidos, somente o crepitar das chamas.
Enquanto os dois se afastavam carregando Parisi, o avião
explodiu.
Um outro
passageiro, Rolf Muller, conseguiu escapar a tempo. Os dois tripulantes, o piloto Mafra e
o copiloto Oliveira e os outros cinco passageiros morreram
no local. São eles: Elton Martins e Antonio Krammer,
engenheiros da Eletrosul; Cláudio Albuquerque, advogado de
Porto Alegre; Antonio G. Fernandes Filho, funcionário da
Frigobrás de São Paulo; e Luiz Buzatto, de Salto Velozo.
No dia seguinte ao acidente, por volta das 10 horas, faleceu
o passageiro Luiz Parisi, nascido em Porto Alegre, um dos
dois sobreviventes da tragédia. Gravemente queimado, não
resistiu aos ferimentos.
O fator
determinante desse acidente, o primeiro e único a envolver a
frota de Bandeirantes da Transbrasil, parece ter sido a
precariedade da infra-estrutura aeroportuária de Chapecó.
Tivesse o
piloto continuado a decolagem, talvez o acidente não se
consumasse e o avião tivesse prosseguido diretamente para
Porto Alegre, onde um pouso de emergência teria sido
efetuado com pouco risco. Mafra, entretanto, deve ter
atribuído a brusca guinada do avião, a falha súbita do motor
direito, equívoco frequentemente observado nos treinamentos
em simulador, pois um estouro de pneu na corrida de
decolagem produz intensa vibração na estrutura do avião,
muito semelhante à provocada por uma grave falha interna no
motor. Nesses treinamentos, é bastante comum ver pilotos
interpretarem essas vibrações como falha de motor e
abortarem imediatamente a decolagem, já que não dispõem de
tempo suficiente para avaliar melhor a situação.
Este foi o
segundo acidente com aviões Bandeirante, sendo que o
primeiro ocorreu em fevereiro de 1975, quando um deles, da
Vasp, caiu sobre casas perto do Aeroporto de Congonhas,
matando os 15 ocupantes.
Fontes: Carlos Ari César Germano da Silva, in “O rastro
da bruxa”,
Editora EDIPUCRS / ASN / Acervo O Estado de
S.Paulo / Folha de S.Paulo
Jornal do Brasil
,
23.01.1976
Folha de S.Paulo, 23.01.1976
Jornal do Brasil
,
24.01.1976
Folha de S.Paulo,
24.01.1976
14.01.1976
Federal
Aviation Administration – FAA
North
American Rockwell NA-282 Sabreliner 40
Prefixo: N85
O avião
Sabreliner da FAA estava em um voo de Frankfurt, na
Alemanha, para Oklahoma City, nos EUA, com escalas
intermédias na Ilha de Ascensão, no Oceano Atlântico, e em
Recife, em Pernambuco, no Brasil. A bordo estavam três
tripulantes.
No Oceano Atlântico, a 127 km de Recife, a aeronave apresentou pane em seus
motores, causada por falta de combustível (‘pane seca’).
O avião caiu e
afundou no mar. O C-130 da FAB, prefixo 2459, com base em
Salvador, levantou voo e localizou dois sobreviventes e
atirou-lhes um salva-vidas com suprimentos. O resgate
definitivo foi realizado por uma traineira contratada pela
Marinha, que atracou no porto de Recife.
Os sobreviventes eram o piloto Robert W. Anderson e o
copiloto Lee G. Schoen. O outro tripulantes, Leo Kuschinsky, morreu no acidente.
Há uma versão que o avião havia decolado do cabo
Canaveral, no Centro Espacial Kennedy, na Flórida, para ser
utilizado no rastreamento de foguetes.
Jornal do Brasil
,
16.01.1976
Folha de
S.Paulo,
16.01.1976
O NA-282
Sabreliner 40, prefixo N85, no antigo Aeroporto de Berlim (Tempelhof),
em 28.08.1974
Foto:
Ralf Manteufel (Airliners.net)
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Fontes:
Folha de S.Paulo, Jornal do Brasil, ASN, Wikipédia
e FAB.
Edição de texto e imagem: Jorge Tadeu da Silva