.

CLIQUE AQUI PARA VOLTAR À PÁGINA INICIAL

.

ACIDENTES AERONÁUTICOS

OCORRIDOS NO BRASIL EM 1973

.

MENU


ACIDENTES
AÉREOS NO
BRASIL

ACIDENTES
AÉREOS NO
MUNDO

ACIDENTES DE

HELICÓPTERO

NO BRASIL


CLIQUE AQUI E LEIA AS ÚLTIMAS NOTÍCIAS SOBRE AVIAÇÃO E ESPAÇO

O ACIDENTE

NO VOO 447

AIR FRANCE


A TRAGÉDIA

EM CONGONHAS

VOO 3054


O DESASTRE

NO VOO 1907

DA GOL


A TRAGÉDIA

COM O FOKKER 

 100 DA TAM


ACIDENTES

HISTÓRICOS

CAIXA-PRETA

VÍDEOS DE
ACIDENTES

AERONAVES

EMPRESAS AÉREAS

AEROPORTOS

INFORMAÇÕES

E SERVIÇOS


HISTÓRIA E

CURIOSIDADES


ARTIGOS

IMAGENS DE

ACIDENTES

NO BRASIL


IMAGENS DE

ACIDENTES

NO MUNDO


LINKS E
 PARCERIAS

Quer ser um

site parceiro?


FALE CONOSCO

FALE CONOSCO




ANUNCIE

NESTE SITE


..

29.12.1973

Aeroclube de Bragança Paulista

Cessna 182A

Prefixo: PT-AYG

O Cessna do Aeroclube de Bragança Paulista que havia decolado com destino ao Guarujá, caiu – em razão do mau tempo – junto a uma estrada de terra perto do quilômetro 44 da Estrada Velha do Mar.

Morreram seus quatro ocupantes: o piloto Theofilo Alba, de 63 anos, Maria Teresa Fagundes Ramos, de 34 anos, Maria Beatriz Fagundes Ramos, de 28 anos, e Regina Carvalho, nissei, 20 anos presumíveis.

Folha de S.Paulo, 30.12.1973

 


 

23.12.1973

Cruzeiro do Sul

Sud Aviation SE-210 Caravelle VIR

Prefixo: PP-PDV

 

O Caravelle PP-PDV havia decolado do Aeroporto Val-de-Cans, em Belém com destino ao Aeroporto de Ponta Pelada, em Manaus, levando a bordo cinco tripulantes e 53 passageiros.

Na aproximação para o pouso, às 18h30min, a aeronave fez uma abordagem muito rápida e acima da altura correta, tocando a pista 26 do aeroporto 848 metros após seu início. O avião aquaplanou, saiu da pista e desceu uma ladeira a uma velocidade de 80 kts. Sem vítimas fatais.

Jornal do Brasil, 24.12.1973

 


 

17.12.1973

Governo do Território de Rondônia

Cessna 310

Prefixo: PP-FBS

O Cessna pertencente ao Governo do então Território de Rondônia, que viajava de Florianópolis para Porto Alegre, encontrou grande dificuldade devido a um temporal e acabou se acidentando numa encosta de serra, a 46 km da praia de Torres, no litoral do Rio Grande do Sul.

Um helicóptero do Serviço de Busca e Salvamento da FAB conseguiu localizar os destroços da aeronave apenas no dia 23 de janeiro.

Os corpos dos três tripulantes estavam carbonizados. Eram eles o piloto Francisco Milhomem, o Ajudante de Ordens do Governador  de Rondônia, Tenente José Vanderlei Leite, e o jovem catarinense Euclides Medeiros.

Jornal do Brasil, 24.12.1973

 


 

27.10.1973

FAB - Força Aérea Brasileira

North-American T-6

Prefixo: FAB 1470

 

 

O avião da Base Aérea de São Paulo, pilotado pelo Tenente Reginaldo Guimarães, procedente de São Paulo, caiu - por volta das 16h30min - num vale de 800 metros de profundidade, após colidir contra um pico da Serra das Araras, em Mangaratiba, no Rio de Janeiro.

 

Um ocupante da aeronave, identificado como Sargento Almeida, morreu no acidente. O piloto ficou gravemente ferido e foi removido para o Hospital da Barra do Piraí.

 

Jornal do Brasil, 28.10.1973

 


 

23.10.1973

VASP - Viação Aérea São Paulo

NAMC YS-11A-211 "Samurai"

Prefixo: PP-SMJ

 

 

O PP-SMJ batizado “Cidade de Cuiabá”, taxiou para realizar o voo 012, entre o Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro e o Aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte, levando a bordo cinco tripulantes e 60 passageiros.

 

Assim que iniciou a corrida pela pista 20, o YS-11 Samurai apresentou uma perda temporária de potência, quando estava a 8 nós de atingir a velocidade V1 (velocidade limite para abortar a decolagem), seguido por um aumento da TGT (temperatura de turbina a gás) até o máximo.

 

O Comandante Orzilli Alves Passos abortou a decolagem imediatamente reduzindo totalmente a potência, pisando fundo nos pedais dos freios e reverteu a tração dos motores.

 

Ao perceber que a aeronave continuava veloz, aplicou o freio de emergência, mas sem resultado.

 

Como último recurso, recolheu o trem de pouso na esperança que o atrito da fuselagem com a pista impedisse o avião de mergulhar nas águas da baía. Porém, o Samurai continuou pela extensão final de 80 metros da pista até chocar-se contra as pedras na margem do mar, mergulhando nas águas da Baía da Guanabara, a menos de 100 metros da cabeceira da pista.

 

Dos 65 passageiros e tripulantes, oito passageiros morreram.

 


 

20.10.1973

FAB - Força Aérea Brasileira

Embraer AT-26 Xavante (MB.326GC)

Prefixo: FAB 4502

 

 

Mais de 20 mil pessoas se concentravam na Avenida Leste-Oeste, em Fortaleza, no Ceará, para participar das solenidades de inauguração, quando, dentro das programações, quatro aviões AT-26 Xavante, pertencentes ao 4º Esquadrão Grupo de Aviação da FAB, da Base Aérea de Fortaleza, subiram e sobrevoaram a baixa altitude, a área onde estava instalado o palanque das autoridades que aguardavam a chegada do ministro Costa Cavalcante.

 

A esquadrilha subiu novamente e, no momento do ponto mais baixo da manobra, iniciou uma descida para um "looping" sobre a Avenida Leste-Oeste. Nesse instante, um dos aviões deixou a formação e entrou em parafuso, dando a impressão de que isso fazia parte das manobras.

 

Como o Xavante começasse a descer cada vez mais rapidamente em parafuso, as 20 mil pessoas que acompanhavam a evolução da esquadrilha como que reagiram e temeram, a um só tempo, pela queda do avião. E, realmente, poucos segundos depois, ele explodia a 500 metros do palanque, num bairro densamente povoado por famílias pobres. Do local, subiu uma nuvem negra de fumaça. Eram 10h20min.

 

Menos de 10 minutos depois, o Corpo de Bombeiros chagava até onde o avião caíra - na Rua Gomes Parente, no Bairro de Pirambu, a 40 metros da Avenida Leste-Oeste. Uma criança com o corpo todo queimado foi a primeira a ser recolhida, sendo encaminhada, ainda com vida, ao Instituto Dr. José Frota, onde, entretanto, veio a falecer. Enquanto isso, o corpo de um homem ardia no meio da rua, mas já sem vida.

 

Os moradores da rua Gomes Parente tentavam jogar água sobre as três casas sobre as quais o avião desabara, mas inutilmente, porque o fogo crescia e atingia mais quatro casebres, que ficaram totalmente destruídos.

 

Doze pessoas morreram na hora, ou após chegarem ao hospital. No dia seguinte, mais três vítimas do acidente não resistiram às queimaduras e ferimentos recebidos e morreram.

 

O saldo da tragédia: 15 mortos, entre eles o piloto da aeronave acidentada, Tenente Pedro Rangel Molinos, gaúcho, 24 anos, há oito anos na FAB. Os corpos da maioria das vítimas ficaram totalmente carbonizados e, alguns deles, despedaçados.

 

O prefeito da capital cearense, engenheiro Vicente Fialho, suspendeu imediatamente todas as festividades que marcariam a inauguração da avenida, a primeira obra viária do Nordeste, construída com recursos do Fundo de Desenvolvimento Urbano, criado pelo Banco do Nordeste do Brasil.

 

O Ministro do Interior, Costa Cavalcanti, apenas cumpriu um único ponto de seu programa: a inauguração do novo prédio do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas.

 

Dom Aloísio Lorscheider, arcebispo de Fortaleza e então presidente da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) esteve na Assistência Municipal e ministrou a benção aos feridos graves. 

 

Clique AQUI e AQUI para ler o depoimento de duas testemunhas oculares do acidente.

 

Foto do Xavante totalmente destruído no local da queda

Fonte: www.fortalezanobre.com.br

 


 

04.10.1973

Táxi Aéreo Cesar Aguiar

Britten-Norman BN-2A-7 Islander

Prefixo: PT-DVN

O bimotor PT-DVN contratado pelo Projeto Randam sofreu um acidente em Itaituba, no Pará, matando seus quatro tripulantes. Este foi o segundo aparelho a cair no mesmo município em apenas quatro dias.

Os mortos são o Comandante César Aguiar, dono da empresa; o copiloto Vladison; o mecânico Xavier; e o cozinheiro Luiz.

Jornal do Brasil, 05.10.1973

 


 

04.10.1973

Particular

Beechcraft V35B Bonanza

Prefixo: PT-IGV

O monomotor PT-IGV pilotado pelo seu proprietário, o engenheiro Samir Jubran, 38 anos, que levava em companhia José Bernardino, funcionário de sua firma de construção, decolou às 9h40min do Campo de Marte, em São Paulo, com destino a cidade de Jurumirim.

Quando sobrevoava o início da Rodovia Castelo Branco, o avião sofreu uma pane e começou a perder altura, indo de encontro a um cabo de aço que se enroscou na ponta da asa, atingindo o tanque de combustível, provocando um vazamento.

Ao regressar ao Campo de Marte para um pouso de emergência, o avião – voando bastante baixo – destruiu telhas de várias residências e arrancou alguns fios de alta tensão no Bairro da Casa Verde, antes de conseguir aterrissar em segurança.

Folha de S.Paulo, 05.10.1973

 


 

30.09.1973

Aeronorte

Douglas C-47A-90-DL (DC-3A)

Prefixo: PT-CEV

 

 

Com quatro tripulantes e cinco passageiros a bordo, o DC-3 PT-CEV - contratado pelo Projeto Randam - começou a corrida de decolagem em Itaituba, no Pará, em um ponto onde já estava a 200 metros do início da pista, com uma distância remanescente de 1080 metros.

 

O DC-3 subiu devagar, entrou em uma curva à direita, perdeu potência, parou e caiu contra o solo explodindo em chamas.

 

Os nove ocupantes da aeronave morreram na hora.

 

Causa provável

 

Perda de potência em um ou ambos os motores, causadas por deficiências de manutenção ou contaminação de combustível.

 

Jornal do Brasil, 02.10.1973

 


 

07.09.1973

Líder Táxi Aéreo

Rockwell Commander 680

Prefixo: PT-CLD

 

 

A aeronave PT-CLD partiu para a decolagem da pista 16 do Aeroporto da Usina Hidrelétrica de Furnas às 21h15min.

 

O avião percorreu toda a pista, mas não alçou voo, ultrapassando o limite da pista. Na sequência, sofreu impacto com a vegetação e com o solo.

 

Os dois tripulantes e quatro passageiros morreram no acidente.

 

Outros dois passageiros escaparam com vida, sendo que um deles sobreviveu ao acidente com graves sequelas.

 

A Usina Hidrelétrica de Furnas está localizada no curso médio do Rio Grande, no trecho denominado "Corredeiras das Furnas", entre os municípios de São José da Barra e São João Batista do Glória, em Minas Gerais.

 

Fontes: Juarez Neves Cardoso (Furnas) / ASN

 

 

Jornal do Brasil, 08.09.1973

 


 

01.09.1973

Particular

Beechcraft V35B Bonanza

Prefixo: PT-DJI

O Bonanza V35 que sobrevoava o município paranaense de São João, perto de Maringá, caiu e explodiu, matando seus quatro ocupantes.

O Aeroclube de Curitiba identificou três das vítimas: Antônio da Silva, Sidney Morazzeli e Antônio Pereira.  


 

01.09.1973

Aeroclube de Macaé

Aeronca 11 CC Super Chief

Prefixo: PP-DQG

Durante um voo normal de treinamento, o Aeronca, avião de dois lugares, começou a perder altura quando estava próximo a costa de Macaé, no estado do Rio de Janeiro.

O piloto Joaquim Azevedo Mancebo, 49 anos, ainda tentou subir o aparelho, que não respondeu ao comando e desceu, fazendo um voo rasante até chocar-se contra os fios, explodindo antes de tocar o solo.

Além do piloto, morreu no acidente o aluno Délio Miranda, cujos corpos ficaram carbonizados.


 

11.06.1973

VASP - Viação Aérea São Paulo

NAMC YS-11A-211 "Samurai"

Prefixo: PP-SMM

 

 

Após uma viagem tranquila de São Paulo para o Rio de Janeiro, o Samurai da Vasp de prefixo PP-SMM, preparava-se para descer no Aeroporto Santos Dumont, às 14h45min, quando uma das rodas se soltou e o trem de aterrissagem recolheu.

 

Usando o freio de mão, o Comandante Valdir Salvador Santoro conseguiu fazer o avião deslizar, de lado, até parar.

 

O copiloto Adilson Fernandes Dias conseguiu então controlar o pânico que se iniciava entre os 52 passageiros, dizendo-lhes que não havia perigo de explosão. Todos desceram com calma e ninguém saiu ferido - apenas uma passageira desmaiou de susto.

 

O aeroporto ficou interditado até as 20 horas, quando o aparelho foi retirado da pista.

 

Jornal do Brasil, 12.06.1973

 

O Samurai PP-SMM no Aeroporto Santos Dumont, no RJ

 


 

09.06.1973

Varig

Boeing 707-327C

Prefixo: PP-VLJ

 

 

Sob densa neblina, o Boeing 707 cargueiro PP-VLJ, vindo do Aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), estava fazendo uma aproximação por instrumentos para a pista 14 do Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, às 06h05min, transportando 22 toneladas de carga.

 

O Boeing desceu rapidamente de uma altura de 70 metros, colidiu com as luzes de aproximação e parou no mar, depois da pista.

 

Morreram no acidente o Comandante Aloísio Werneck de Carvalho Viana, 52 anos, piloto da Varig há 25 anos e o 2º Oficial Reynaldo Severo, 53 anos, há 20 anos na empresa.

 

Os dois sobreviventes foram o 1º Oficial João Cristiano Godoy e o engenheiro do voo Azelio Bencke. Ambos saíram nadando da aeronave e foram recolhidos por pescadores.

 

Jornal do Brasil, 11.09.1973

 

Jornal do Brasil, 12.09.1973

 


 

01.06.1973

Cruzeiro do Sul

Sud Aviation SE-210 Caravelle VI-R

Prefixo: PP-PDX

 

 

 

O voo 109 da Cruzeiro do Sul partiu de Belém do Pará às 6h30 da sexta-feira, 1° de junho de 1973, com destino ao aeroporto de São Luiz do Maranhão, oficialmente denominado Marechal Cunha Machado, mas informalmente conhecido por “Tirirical”.

 

Além de sete tripulantes, o Caravelle PP-PDX conduzia a bordo dezesseis passageiros. Quarenta minutos mais tarde, ao entrar em contato com o Controle de Aproximação (APP) o comandante Alexandre de Casrilevitz (com 38 anos de idade e 10.800 horas de voo) informou que executaria o procedimento de descida por instrumentos, apesar de as condições meteorológicas serem excelentes.

 

Quando o avião estava na reta final, aproximadamente a 150 metros (500 pés) de altura, o piloto informou “trem baixado e travado” e recebeu da Torre de Controle (TWR) autorização para pousar. O vento de superfície era calmo, e o teto e a visibilidade praticamente ilimitados.

 

De serviço na TWR, o sargento da FAB Olival Gomes Barbosa observava o pouso do Caravelle quando o avião, sem motivo aparente, arremeteu comângulo de subida tão pronunciado que ele pôde observar toda a parte inferior do jato. Segundos depois, o avião rolou à direita e mergulhou na mata de tiriricas que margeava a pista, desintegrando-se no impacto. Seus destroços fragmentados foram consumidos pelo fogo.

 

 

Apenas os motores e parte da cauda puderam ser examinados pelos investigadores, que apuraram que o motor direito desenvolvia plena potência no momento do impacto, mas que o motor esquerdo funcionava em baixa rotação. O trem de pouso estava baixado e travado, enquanto os flaps transitavam por 24 graus, configuração compatível com a fase inicial de uma arremetida.

 

Por outro lado, o Gravador de Dados de Voo (FDR), de primeira geração, somente registrava poucos parâmetros, insuficientes para que os investigadores pudessem esclarecer a causa da inusitada e radical manobra final do avião, na qual o ângulo de subida atingiu 62 graus, valor extremamente alto se comparado aos 15 graus normalmente empregados numa arremetida normal.

 

As unidades de controle do leme de profundidade (profundor) e do leme de direção funcionaram normalmente quando testadas em bancada. O reservatório hidráulico do sistema Azul ainda continha seis litros, evidência que, segundo a comissão, afastava a possibilidade de ter havido perda de controle por falta de óleo hidráulico. O reservatório do outro sistema hidráulico (Verde) estava vazio, fato atribuído a vazamento posterior ao acidente devido à posição em que ficaram os destroços.

 

 

A velocidade mais baixa registrada no FDR foi 130 nós, o que afastou a possibilidade de a arremetida ter sido iniciada para evitar um estol iminente à baixa altura, já que essa velocidade era superior à velocidade de estol para o peso e a configuração do PP-PDX.

 

Nos quarenta e cinco anos em que voaram regularmente, sessenta e dois Caravelle foram perdidos em acidentes, nenhum dos quais, porém, com características similares ao acidente do PP-PDX. Um deles, ocorrido a 6 de janeiro de 1987 com um Caravelle da Transwede, talvez possa ter algo a ver com o mistério do Tirirical.

 

Naquele dia, o Caravelle SE-DEC decolava de Estocolmo quando, ao atingir cerca de dez metros de altura, baixou bruscamente o nariz e bateu forte na pista, quebrando o trem de pouso, derrapando e pegando fogo. Felizmente, todas as vinte e sete pessoas que conduzia escaparam ilesas, muito embora o avião tenha ficado completamente destruído. Ainvestigação concluiu que o provável fator determinante do acidente fora um mau funcionamento do “transmissor de ângulo de ataque”.

 

Revista Veja, 06.06.1973

 

Os controles de voo do Caravelle eram assistidos (reforçados) por três sistemas hidráulicos independentes. Um corretor de arfagem (pitch corrector) recebia informações de um transmissor de ângulo de ataque e de acumuladores de pressão hidráulica instalados em cada um dos três sistemas. No caso do SE-DEC, os acumuladores estavam vazios, possivelmente devido a um vazamento na linha alimentadora que os três compartilhavam. Isso gerava bloqueio de ar no sistema, alterando a percepção do piloto com relação à sensibilidade do leme de profundidade.

 

No acidente de Estocolmo, o mau funcionamento do transmissor fez com que o corretor de arfagem sinalizasse indevidamente a necessidade de redução do ângulo de ataque na decolagem, confundindo o piloto de tal forma que este julgou ter perdido o controle longitudinal do avião, embora o Caravelle ainda fosse parcialmente controlável. A hipótese de um mau funcionamento do transmissor de ângulo de ataque ter provocado o comportamento anômalo do PP-PDX durante a arremetida foi afastada pela comissão investigadora depois que a unidade de controle do leme de profundidade funcionou normalmente no teste de bancada.

 

 

Na hipótese de o piloto ter sido surpreendido pelo súbito comportamento anômalo do controle de arfagem do PP-PDX na aproximação final, não teria tempo suficiente para investigar a causa do problema. Talvez a sensação de haver perdido o controle do avião o tenha levado a puxar a coluna do manche mais do que o necessário para arremeter, levantando excessivamente o nariz do avião, que assim perdeu energia e se projetou ao solo. Por outro lado, também é possível que o grande e inusitado ângulo de subida tenha resultado de uma falha do indicador de atitude do piloto, evidência que infelizmente se perdeu pela fragmentação dos destroços.

 

A diferença de potência entre os dois motores no momento do impacto poderia estar relacionada à execução do procedimento de descida por instrumentos, simulando a falha de um dos motores para fins de treinamento do copiloto. Neste caso, o motor esquerdo estaria propositalmente reduzido, procedimento comum ao tempo em que os simuladores de voo despontavam no cenário da aviação comercial e os treinamentos ainda eram realizados nos próprios aviões.

 

 

Como vinha movimentando apenas o manete de potência do motor direito, o piloto, ao ser surpreendido por problema de controle, pode ter avançado somente a manete do “motor bom” para arremeter. Ainda nessa mesma hipótese, caso tivesse avançado simultaneamente ambos os manetes, o motor esquerdo levaria cerca de oito segundos a mais do que o direito para desenvolver potência de arremetida, tempo que um motor a jato leva para acelerar de marcha lenta até potência máxima.

 

Embora várias testemunhas oculares do acidente tenham afirmado que um dos motores do Caravelle estava em chamas durante a arremetida, é possível que isso tenha resultado de um estol de compressor e não propriamente de um incêndio no motor. Grandes ângulos de ataque dificultam a ingestão de ar pelas turbinas, principalmente quando essas se localizam na cauda, como as do Caravelle; o motor “tosse” como se asfixiado, e não consegue desenvolver potência. O estol faz com que chamas sejam expelidas pelo escapamento a cada “tossida” do motor. Portanto, é possível que as chamas observadas pelas testemunhas derivassem de um estol de compressor do motor esquerdo, que acelerava rapidamente enquanto o avião assumia ângulos de ataque cada vez maiores.

 

Jornal do Brasil, 03.06.1973

 

Qualquer que tenha sido a natureza do problema que originou a inusitada e fatal manobra final do avião, essa foi de natureza grave e se manifestou súbita e inesperadamente, surpreendendo a dois pilotos experientes e capazes.

 

Todos os 23 ocupantes morreram na queda. Seus corpos ficaram irreconhecíveis.

 

Além do comandante Alexandre de Casrilevitz, integravam a tripulação do voo Cruzeiro 109 o copiloto Soter de Araújo França, o mecânico de voo Sílvio Júlio Rocha de A. Santos e os comissários Ana Maria Ojeda, Nilza Bastos, Clodomiro Soares e Ricardo José Lagos Castelo Branco.

 

 

Esse foi o 1º acidente com um avião do tipo Caravelle no Brasil e o segundo no mundo. O avião PP-PDX era o mesmo que foi sequestrado para Cuba em 8 de outubro 1969. Clique aqui para ler as nformações sobre o seqüestro do PP-PDX.

 

Jornal do Brasil, 02.06.1973

 

Com informações do livro "O Rastro da Bruxa", de Carlos Ari César Germano da Silva

 


 

15.05.1973

VASP - Viação Aérea São Paulo

Vickers 827 Viscount

Prefixo: PP-SRD

 

 

O Visconde PP-SRD, batizado "Armando de Salles Oliveira", ao aterrissar sob forte chuva no Aeroporto Dois de Julho, em Salvador, na Bahia, aquaplanou e desviou para o lado esquerdo saindo da pista.

 

O trem de pouso ficou danificado. Sem vítimas.

 


 

15.05.1973

FAB – Força Aérea Brasileira

Cessna T-37C (318) “Dragonfly”

Prefixo: FAB***

 

O jato T-37C, pilotado pelo 2º Tenente Aviador Anegliato e pelo Cadete Martim, sofreu uma pane e começou a cair.

Os tripulantes conseguiram se ejetar antes de a aeronave cair na altura do km 137 da rodovia que liga São Carlos a Descalvado, já próximo a cidade de Araraquara.

O avião colidiu contra um barranco e explodiu, ficando totalmente destruído.

Folha de S.Paulo, 16.05.1973

 


 

10.05.1973

Particular

Beechcraft V35B Bonanza

Prefixo: PT-DQT

O Bonanza decolou do Campo de Marte, em São Paulo, com destino a Uberaba, em Minas Gerais, levando a bordo, além do piloto, João Possibom, o pecuarista Clibas de Almeida Prado, seu sobrinho Francisco Pio de Almeida Prado e a esposa Maria Tereza Botelho de Almeida Prado.

O PT-DQT nunca chegou a Uberaba e, dias depois, foi encontrado espatifado contra uma rocha na Serra do Japi, localizada no triângulo Jundiaí – Cabreúva – Pirapora do Bom Jesus.

Do avião, quase não restou nada. Estava todo queimado, ficando intactos apenas alguns pedaços das asas e da cauda. Dos ocupantes, restou pouco também: corpos mutilados e semi-carbonizados.

 

Folha de S.Paulo, 16.05.1973

 

Folha de S.Paulo, 17.05.1973

 


 

04.05.1973

Líder Táxi Aéreo

Learjet 24

Prefixo: PT-CXK

 

 

O Learjet 24 decolou às 13 horas de São Paulo, com destino ao Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, onde apanharia passageiros para trazê-los a Capital paulista.

 

Como a pista do Aeroporto Santos Dumont estava alagada, a aeronave prefixo PT-CXK arremeteu e rumou para o Aeroporto do Galeão, perdendo contato com a Torre de Controle quando estava na aproximação para o pouso na pista 16. Chovia bastante na região e a visibilidade estava comprometida.

 

Depois de perder contato, o táxi aéreo passou a voar descontrolado sobre o município de Duque de Caxias, até chocar-se à direita do morro do Sapo (de aproximadamente 200 metros de altura), onde se incendiou e começou a soltar peças para, finalmente, cair e explodir sobre uma torre da Light, de 132 mil volts. Várias residências foram atingidas por fragmentos da aeronave.

 

Os três ocupantes, o piloto Faustino Vieira de Aguiar, antigo comandante da empresa aérea Real, o copiloto João Matos Meneses, com mais de 20 mil horas de voo e o comandante Mauricio de Almeida Lima, que viajava como “extra”, morreram no acidente.

 

 

Jornal do Brasil, 05.05.1973

 


 

23.02.1973

FAB - Força Aérea Brasileira

de Havilland Canada C-115 Buffalo (DHC-5)

Prefixo: FAB 2372

O avião militar de transporte Buffalo da FAB, vindo de Boa Vista, em Roraima, se acidentou durante o pouso, às 12h15min, na Base Aérea de Manaus, no Amazonas.

O avião havia participado da viagem do Presidente da República à fronteira da Venezuela

A aeronave ficou completamente destruída, matando três dos membros do grupo de cozinheiros e garçons que participaram do banquete presidencial na capital do Território de Roraima.

Eram eles: Adavi Azevedo de Arruda, Manoel Bicharra e, o outro, com prenome João.

Os demais ocupantes – em número não divulgado – escaparam como vida.

 

Jornal do Brasil, 24.02.1973

 


 

19.02.1973

Particular

Cessna U206C

Prefixo: PT-ANZ

O Cessna PT-ANZ caiu na região do Varre Vento, no Município de Careiro, entre Manaus e Itacoatiara, no rio Amazonas.

A bordo estavam o piloto Ênio Encarnação, o proprietário da aeronave, o ex-Deputado Federal, cassado, Atlas Catanhede, e mais dois fotógrafos.

Jornal do Brasil, 26.02.1973

 


 

19.02.1973

Particular

Stinson SR-10E

Prefixo: PT-IFY

Meia hora depois de ter deixado o campo de pouso do Aeroclube de Nova Iguaçu, rumo ao Aeroporto da Baixada, do qual estava a três minutos de distância, uma falha fez com que o piloto, Ildefonso Garcia Lopes, de 30 anos, realizasse uma aterrissagem forçada, às 11h05min, no leito da Via 9, na Baixada de Jacarepaguá.

Com 10 anos de prática, o piloto não se apavorou quando o motor parou de repente, sem dar qualquer sinal de defeito antes. Lopes procurou a estrada mais vazia da região e efetuou o pouso. Seu único azar é que ventava muito e, numa curva, quando ele já ia estacionar, o avião caiu numa depressão.

 

Jornal do Brasil, 20.02.1973

 


 

29.01.1973

VASP - Viação Aérea São Paulo

Douglas C-47-DL (DC-3)

Prefixo: PP-SQA

 

 

O DC-3 PP-SQA se acidentou ao aterrissar no Aeroporto de Rondonópolis, em Mato Grosso. Sem relato de vítimas.

 


 

Você tem mais informações sobre estes ou outros acidentes?

Escreva para nós: contato@desastresaereos.net

 


.

Fontes: Folha de S.Paulo, Jornal do Brasil, Correio da Manhã, ASN, Wikipédia e FAB.

Edição de texto e imagem: Jorge Tadeu da Silva


Voltar a página anterior

Ir para a página seguinte

. . . .
Este site está em The Best Aviation Sites
. . . .

Desde 2006 ® Direitos Reservados - Jorge Tadeu da Silva