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.
29.12.1973
Aeroclube de
Bragança Paulista
Cessna 182A
Prefixo: PT-AYG
O Cessna do Aeroclube
de Bragança Paulista que havia decolado com destino ao Guarujá, caiu
– em razão do mau tempo – junto a uma estrada de terra perto
do quilômetro 44 da Estrada Velha do Mar.
Morreram seus quatro ocupantes: o piloto Theofilo Alba, de
63 anos, Maria Teresa Fagundes Ramos, de 34 anos, Maria
Beatriz Fagundes Ramos, de 28 anos, e Regina Carvalho,
nissei, 20 anos presumíveis.
Folha de S.Paulo, 30.12.1973
23.12.1973
Cruzeiro do Sul
Sud Aviation SE-210 Caravelle VIR
Prefixo:
PP-PDV
O Caravelle PP-PDV havia decolado do Aeroporto Val-de-Cans,
em Belém com destino ao Aeroporto de Ponta Pelada, em
Manaus, levando a bordo cinco tripulantes e 53 passageiros.
Na aproximação para o pouso, às 18h30min, a aeronave fez uma
abordagem muito rápida e acima da altura correta, tocando a
pista 26 do aeroporto 848 metros após seu início. O avião
aquaplanou, saiu da pista e desceu uma ladeira a uma
velocidade de 80 kts. Sem vítimas fatais.
Jornal do Brasil, 24.12.1973
17.12.1973
Governo do Território de Rondônia
Cessna 310
Prefixo: PP-FBS
O Cessna pertencente ao Governo do então Território de
Rondônia, que viajava de Florianópolis para Porto Alegre,
encontrou grande dificuldade devido a um temporal e acabou
se acidentando numa encosta de serra, a 46 km da praia de
Torres, no litoral do Rio Grande do Sul.
Um helicóptero do Serviço de Busca e Salvamento da FAB
conseguiu localizar os destroços da aeronave apenas no dia
23 de janeiro.
Os corpos dos três tripulantes estavam carbonizados. Eram
eles o piloto Francisco Milhomem, o Ajudante de Ordens do
Governador de Rondônia, Tenente José Vanderlei Leite, e o
jovem catarinense Euclides Medeiros.
Jornal do Brasil, 24.12.1973
27.10.1973
FAB - Força Aérea Brasileira
North-American T-6
Prefixo: FAB 1470
O avião da Base Aérea de São Paulo, pilotado pelo Tenente
Reginaldo Guimarães, procedente de São Paulo, caiu - por
volta das 16h30min - num vale de 800 metros de profundidade,
após colidir contra um pico da Serra das Araras, em
Mangaratiba, no Rio de
Janeiro.
Um ocupante da aeronave, identificado como Sargento Almeida,
morreu no acidente. O piloto ficou gravemente ferido e foi
removido para o Hospital da Barra do Piraí.
Jornal do Brasil, 28.10.1973
23.10.1973
VASP - Viação Aérea São Paulo
NAMC YS-11A-211 "Samurai"
Prefixo: PP-SMJ
O
PP-SMJ batizado “Cidade de Cuiabá”, taxiou para realizar o
voo 012, entre o Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro
e o Aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte, levando a
bordo cinco tripulantes e 60 passageiros.
Assim que iniciou a corrida pela pista 20, o YS-11 Samurai
apresentou uma perda temporária de potência, quando estava a
8 nós de atingir a velocidade V1 (velocidade limite para
abortar a decolagem), seguido por um aumento da TGT
(temperatura de turbina a gás) até o máximo.
O
Comandante Orzilli Alves Passos abortou a decolagem
imediatamente reduzindo totalmente a potência, pisando fundo
nos pedais dos freios e reverteu a tração dos motores.
Ao perceber que a aeronave continuava veloz, aplicou o freio
de emergência, mas sem resultado.
Como último recurso, recolheu o trem de pouso na esperança
que o atrito da fuselagem com a pista impedisse o avião de
mergulhar nas águas da baía. Porém, o Samurai continuou pela
extensão final de 80 metros da pista até chocar-se contra as
pedras na margem do mar, mergulhando nas águas da Baía da
Guanabara, a menos de 100 metros da cabeceira da pista.
Dos 65 passageiros e tripulantes, oito passageiros morreram.
20.10.1973
FAB - Força Aérea Brasileira
Embraer AT-26 Xavante (MB.326GC)
Prefixo: FAB 4502
Mais de 20 mil pessoas se concentravam na Avenida
Leste-Oeste, em Fortaleza, no Ceará, para participar das
solenidades de inauguração, quando, dentro das programações,
quatro aviões AT-26 Xavante, pertencentes ao 4º Esquadrão
Grupo de Aviação da FAB, da Base Aérea de Fortaleza, subiram
e sobrevoaram a baixa altitude, a área onde estava instalado
o palanque das autoridades que aguardavam a chegada do
ministro Costa Cavalcante.
A esquadrilha subiu novamente e, no momento do ponto mais
baixo da manobra, iniciou uma descida para um "looping"
sobre a Avenida Leste-Oeste. Nesse instante, um dos aviões
deixou a formação e entrou em parafuso, dando a impressão de
que isso fazia parte das manobras.
Como o Xavante começasse a descer cada vez mais rapidamente
em parafuso, as 20 mil pessoas que acompanhavam a evolução
da esquadrilha como que reagiram e temeram, a um só tempo,
pela queda do avião. E, realmente, poucos segundos depois,
ele explodia a 500 metros do palanque, num bairro densamente
povoado por famílias pobres. Do local, subiu uma nuvem negra
de fumaça. Eram 10h20min.
Menos de 10 minutos depois, o Corpo de Bombeiros chagava até
onde o avião caíra - na Rua Gomes Parente, no Bairro de
Pirambu, a 40 metros da Avenida Leste-Oeste. Uma criança com
o corpo todo queimado foi a primeira a ser recolhida, sendo
encaminhada, ainda com vida, ao Instituto Dr. José Frota,
onde, entretanto, veio a falecer. Enquanto isso, o corpo de
um homem ardia no meio da rua, mas já sem vida.
Os moradores da rua Gomes Parente tentavam jogar água sobre
as três casas sobre as quais o avião desabara, mas
inutilmente, porque o fogo crescia e atingia mais quatro
casebres, que ficaram totalmente destruídos.
Doze pessoas morreram na hora, ou após chegarem ao hospital.
No dia seguinte, mais três vítimas do acidente não
resistiram às queimaduras e ferimentos recebidos e morreram.
O saldo da tragédia: 15 mortos, entre eles o piloto da
aeronave acidentada, Tenente Pedro Rangel Molinos, gaúcho,
24 anos, há oito anos na FAB. Os corpos da maioria das
vítimas ficaram totalmente carbonizados e, alguns deles,
despedaçados.
O prefeito da capital cearense, engenheiro Vicente Fialho,
suspendeu imediatamente todas as festividades que marcariam
a inauguração da avenida, a primeira obra viária do
Nordeste, construída com recursos do Fundo de
Desenvolvimento Urbano, criado pelo Banco do Nordeste do
Brasil.
O Ministro do Interior, Costa Cavalcanti, apenas cumpriu um
único ponto de seu programa: a inauguração do novo prédio do
Departamento Nacional de Obras Contra as Secas.
Dom Aloísio Lorscheider, arcebispo de Fortaleza e então
presidente da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do
Brasil) esteve na Assistência Municipal e ministrou a benção
aos feridos graves.
Clique
AQUI e
AQUI para ler o depoimento de duas testemunhas
oculares do acidente.
Foto do Xavante totalmente
destruído no local da queda
Fonte:
www.fortalezanobre.com.br
04.10.1973
Táxi Aéreo Cesar Aguiar
Britten-Norman BN-2A-7
Islander
Prefixo: PT-DVN
O bimotor PT-DVN contratado pelo Projeto Randam sofreu um
acidente em Itaituba, no Pará, matando seus quatro
tripulantes. Este foi o segundo aparelho a cair no mesmo
município em apenas quatro dias.
Os mortos são o Comandante César Aguiar, dono da empresa; o
copiloto Vladison; o mecânico Xavier; e o cozinheiro Luiz.
Jornal do Brasil, 05.10.1973
04.10.1973
Particular
Beechcraft V35B Bonanza
Prefixo: PT-IGV
O monomotor PT-IGV pilotado pelo seu proprietário, o
engenheiro Samir Jubran, 38 anos, que levava em companhia
José Bernardino, funcionário de sua firma de construção,
decolou às 9h40min do Campo de Marte, em São Paulo, com
destino a cidade de Jurumirim.
Quando sobrevoava o início da Rodovia Castelo Branco, o
avião sofreu uma pane e começou a perder altura, indo de
encontro a um cabo de aço que se enroscou na ponta da asa,
atingindo o tanque de combustível, provocando um vazamento.
Ao regressar ao Campo de Marte para um pouso de emergência,
o avião – voando bastante baixo – destruiu telhas de várias
residências e arrancou alguns fios de alta tensão no Bairro
da Casa Verde, antes de conseguir aterrissar em segurança.
Folha de S.Paulo, 05.10.1973
30.09.1973
Aeronorte
Douglas C-47A-90-DL (DC-3A)
Prefixo: PT-CEV
Com quatro tripulantes e cinco passageiros a bordo, o DC-3
PT-CEV - contratado pelo Projeto Randam - começou a corrida de decolagem em Itaituba, no Pará,
em um ponto onde já estava a 200 metros do início da pista,
com uma distância remanescente de 1080 metros.
O DC-3 subiu
devagar, entrou em uma curva à direita, perdeu potência,
parou e caiu contra o solo explodindo em chamas.
Os nove ocupantes da aeronave morreram na hora.
Causa provável
Perda de potência em um ou ambos os motores, causadas por
deficiências de manutenção ou contaminação de combustível.
Jornal do Brasil, 02.10.1973
07.09.1973
Líder Táxi Aéreo
Rockwell Commander 680
Prefixo: PT-CLD
A
aeronave PT-CLD partiu para a decolagem da pista 16 do
Aeroporto da Usina Hidrelétrica de Furnas às 21h15min.
O avião percorreu
toda a pista, mas não alçou voo, ultrapassando o limite da
pista. Na sequência, sofreu impacto com a vegetação e com o
solo.
Os dois tripulantes e quatro passageiros morreram no
acidente.
Outros dois passageiros escaparam com vida, sendo
que um deles sobreviveu ao acidente com graves sequelas.
A
Usina Hidrelétrica de Furnas está localizada no curso médio
do Rio Grande, no trecho denominado "Corredeiras das
Furnas", entre os municípios de São José da Barra e São João
Batista do Glória, em Minas Gerais.
Fontes: Juarez Neves Cardoso (Furnas) / ASN
Jornal do Brasil, 08.09.1973
01.09.1973
Particular
Beechcraft V35B Bonanza
Prefixo: PT-DJI
O Bonanza V35 que sobrevoava o município paranaense de São
João, perto de Maringá, caiu e explodiu, matando seus quatro
ocupantes.
O Aeroclube de Curitiba identificou três das vítimas:
Antônio da Silva, Sidney Morazzeli e Antônio Pereira.
01.09.1973
Aeroclube de Macaé
Aeronca 11 CC Super Chief
Prefixo: PP-DQG
Durante um voo normal de treinamento, o Aeronca, avião de
dois lugares, começou a perder altura quando estava próximo
a costa de Macaé, no estado do Rio de Janeiro.
O piloto Joaquim Azevedo Mancebo, 49 anos, ainda tentou
subir o aparelho, que não respondeu ao comando e desceu,
fazendo um voo rasante até chocar-se contra os fios,
explodindo antes de tocar o solo.
Além do piloto, morreu no acidente o aluno Délio Miranda,
cujos corpos ficaram carbonizados.
11.06.1973
VASP - Viação Aérea São Paulo
NAMC YS-11A-211 "Samurai"
Prefixo:
PP-SMM
Após uma viagem tranquila de São Paulo para o Rio de
Janeiro, o Samurai da Vasp de prefixo PP-SMM, preparava-se
para descer no Aeroporto Santos Dumont, às 14h45min, quando
uma das rodas se soltou e o trem de aterrissagem recolheu.
Usando o freio de mão, o Comandante Valdir Salvador Santoro
conseguiu fazer o avião deslizar, de lado, até parar.
O copiloto Adilson Fernandes Dias conseguiu então controlar
o pânico que se iniciava entre os 52 passageiros,
dizendo-lhes que não havia perigo de explosão. Todos
desceram com calma e ninguém saiu ferido - apenas uma
passageira desmaiou de susto.
O aeroporto ficou interditado até as 20 horas, quando o
aparelho foi retirado da pista.
Jornal do Brasil, 12.06.1973
O Samurai PP-SMM no Aeroporto
Santos Dumont, no RJ
09.06.1973
Varig
Boeing 707-327C
Prefixo: PP-VLJ
Sob densa neblina, o Boeing 707 cargueiro PP-VLJ, vindo do
Aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), estava fazendo uma
aproximação por instrumentos para a pista 14 do Aeroporto do
Galeão, no Rio de Janeiro, às 06h05min, transportando 22
toneladas de carga.
O
Boeing desceu rapidamente de uma altura de 70 metros,
colidiu com as luzes de aproximação e parou no mar, depois
da pista.
Morreram no acidente o Comandante Aloísio Werneck de
Carvalho Viana, 52 anos, piloto da Varig há 25 anos e o 2º
Oficial Reynaldo Severo, 53 anos, há 20 anos na empresa.
Os
dois sobreviventes foram o 1º Oficial João Cristiano Godoy e
o engenheiro do voo Azelio Bencke. Ambos saíram nadando da
aeronave e foram recolhidos por pescadores.
Jornal do Brasil, 11.09.1973
Jornal do Brasil, 12.09.1973
01.06.1973
Cruzeiro do Sul
Sud Aviation SE-210 Caravelle VI-R
Prefixo:
PP-PDX
O voo 109 da Cruzeiro do Sul partiu de Belém do Pará às 6h30
da sexta-feira, 1° de junho de 1973, com destino ao
aeroporto de São Luiz do Maranhão, oficialmente denominado
Marechal Cunha Machado, mas informalmente conhecido por
“Tirirical”.
Além de sete tripulantes, o Caravelle PP-PDX conduzia a
bordo dezesseis passageiros. Quarenta minutos mais tarde, ao
entrar em contato com o Controle de Aproximação (APP) o
comandante Alexandre de Casrilevitz (com 38 anos de idade e
10.800 horas de voo) informou que executaria o procedimento
de descida por instrumentos, apesar de as condições
meteorológicas serem excelentes.
Quando o avião estava na reta final, aproximadamente a 150
metros (500 pés) de altura, o piloto informou “trem baixado
e travado” e recebeu da Torre de Controle (TWR) autorização
para pousar. O vento de superfície era calmo, e o teto e a
visibilidade praticamente ilimitados.
De serviço na TWR, o sargento da FAB Olival Gomes Barbosa
observava o pouso do Caravelle quando o avião, sem motivo
aparente, arremeteu comângulo de subida tão pronunciado que
ele pôde observar toda a parte inferior do jato. Segundos
depois, o avião rolou à direita e mergulhou na mata de
tiriricas que margeava a pista, desintegrando-se no impacto.
Seus destroços fragmentados foram consumidos pelo fogo.
Apenas os motores e parte da cauda puderam ser examinados
pelos investigadores, que apuraram que o motor direito
desenvolvia plena potência no momento do impacto, mas que o
motor esquerdo funcionava em baixa rotação. O trem de pouso
estava baixado e travado, enquanto os flaps transitavam por
24 graus, configuração compatível com a fase inicial de uma
arremetida.
Por outro lado, o Gravador de Dados de Voo (FDR), de
primeira geração, somente registrava poucos parâmetros,
insuficientes para que os investigadores pudessem esclarecer
a causa da inusitada e radical manobra final do avião, na
qual o ângulo de subida atingiu 62 graus, valor extremamente
alto se comparado aos 15 graus normalmente empregados numa
arremetida normal.
As unidades de controle do leme de profundidade (profundor)
e do leme de direção funcionaram normalmente quando testadas
em bancada. O reservatório hidráulico do sistema Azul ainda
continha seis litros, evidência que, segundo a comissão,
afastava a possibilidade de ter havido perda de controle por
falta de óleo hidráulico. O reservatório do outro sistema
hidráulico (Verde) estava vazio, fato atribuído a vazamento
posterior ao acidente devido à posição em que ficaram os
destroços.
A velocidade mais baixa registrada no FDR foi 130 nós, o que
afastou a possibilidade de a arremetida ter sido iniciada
para evitar um estol iminente à baixa altura, já que essa
velocidade era superior à velocidade de estol para o peso e
a configuração do PP-PDX.
Nos quarenta e cinco anos em que voaram regularmente,
sessenta e dois Caravelle foram perdidos em acidentes,
nenhum dos quais, porém, com características similares ao
acidente do PP-PDX. Um deles, ocorrido a 6 de janeiro de
1987 com um Caravelle da Transwede, talvez possa ter algo a
ver com o mistério do Tirirical.
Naquele dia, o Caravelle SE-DEC decolava de Estocolmo
quando, ao atingir cerca de dez metros de altura, baixou
bruscamente o nariz e bateu forte na pista, quebrando o trem
de pouso, derrapando e pegando fogo. Felizmente, todas as
vinte e sete pessoas que conduzia escaparam ilesas, muito
embora o avião tenha ficado completamente destruído.
Ainvestigação concluiu que o provável fator determinante do
acidente fora um mau funcionamento do “transmissor de ângulo
de ataque”.
Revista Veja, 06.06.1973
Os controles de voo do Caravelle eram assistidos
(reforçados) por três sistemas hidráulicos independentes. Um
corretor de arfagem (pitch corrector) recebia informações de
um transmissor de ângulo de ataque e de acumuladores de
pressão hidráulica instalados em cada um dos três sistemas.
No caso do SE-DEC, os acumuladores estavam vazios,
possivelmente devido a um vazamento na linha alimentadora
que os três compartilhavam. Isso gerava bloqueio de ar no
sistema, alterando a percepção do piloto com relação à
sensibilidade do leme de profundidade.
No acidente de Estocolmo, o mau funcionamento do transmissor
fez com que o corretor de arfagem sinalizasse indevidamente
a necessidade de redução do ângulo de ataque na decolagem,
confundindo o piloto de tal forma que este julgou ter
perdido o controle longitudinal do avião, embora o Caravelle
ainda fosse parcialmente controlável. A hipótese de um mau
funcionamento do transmissor de ângulo de ataque ter
provocado o comportamento anômalo do PP-PDX durante a
arremetida foi afastada pela comissão investigadora depois
que a unidade de controle do leme de profundidade funcionou
normalmente no teste de bancada.
Na hipótese de o piloto ter sido surpreendido pelo súbito
comportamento anômalo do controle de arfagem do PP-PDX na
aproximação final, não teria tempo suficiente para
investigar a causa do problema. Talvez a sensação de haver
perdido o controle do avião o tenha levado a puxar a coluna
do manche mais do que o necessário para arremeter,
levantando excessivamente o nariz do avião, que assim perdeu
energia e se projetou ao solo. Por outro lado, também é
possível que o grande e inusitado ângulo de subida tenha
resultado de uma falha do indicador de atitude do piloto,
evidência que infelizmente se perdeu pela fragmentação dos
destroços.
A diferença de potência entre os dois motores no momento do
impacto poderia estar relacionada à execução do procedimento
de descida por instrumentos, simulando a falha de um dos
motores para fins de treinamento do copiloto. Neste caso, o
motor esquerdo estaria propositalmente reduzido,
procedimento comum ao tempo em que os simuladores de voo
despontavam no cenário da aviação comercial e os
treinamentos ainda eram realizados nos próprios aviões.
Como vinha movimentando apenas o manete de potência do motor
direito, o piloto, ao ser surpreendido por problema de
controle, pode ter avançado somente a manete do “motor bom”
para arremeter. Ainda nessa mesma hipótese, caso tivesse
avançado simultaneamente ambos os manetes, o motor esquerdo
levaria cerca de oito segundos a mais do que o direito para
desenvolver potência de arremetida, tempo que um motor a
jato leva para acelerar de marcha lenta até potência máxima.
Embora várias testemunhas oculares do acidente tenham
afirmado que um dos motores do Caravelle estava em chamas
durante a arremetida, é possível que isso tenha resultado de
um estol de compressor e não propriamente de um incêndio no
motor. Grandes ângulos de ataque dificultam a ingestão de ar
pelas turbinas, principalmente quando essas se localizam na
cauda, como as do Caravelle; o motor “tosse” como se
asfixiado, e não consegue desenvolver potência. O estol faz
com que chamas sejam expelidas pelo escapamento a cada
“tossida” do motor. Portanto, é possível que as chamas
observadas pelas testemunhas derivassem de um estol de
compressor do motor esquerdo, que acelerava rapidamente
enquanto o avião assumia ângulos de ataque cada vez maiores.
Jornal do Brasil, 03.06.1973
Qualquer que tenha sido a natureza do problema que originou
a inusitada e fatal manobra final do avião, essa foi de
natureza grave e se manifestou súbita e inesperadamente,
surpreendendo a dois pilotos experientes e capazes.
Todos os 23 ocupantes morreram na queda. Seus corpos ficaram
irreconhecíveis.
Além do comandante Alexandre de Casrilevitz, integravam a
tripulação do voo Cruzeiro 109 o copiloto Soter de Araújo
França, o mecânico de voo Sílvio Júlio Rocha de A. Santos e
os comissários Ana Maria Ojeda, Nilza Bastos, Clodomiro
Soares e Ricardo José Lagos Castelo Branco.
Esse foi o 1º acidente com um avião do tipo Caravelle no
Brasil e o segundo no mundo. O avião PP-PDX era o mesmo que
foi sequestrado para Cuba em 8 de outubro 1969. Clique aqui
para ler as nformações sobre o seqüestro do PP-PDX.
Jornal do Brasil, 02.06.1973
Com informações do livro "O
Rastro da Bruxa", de Carlos Ari César Germano da Silva
15.05.1973
VASP - Viação Aérea São Paulo
Vickers 827
Viscount
Prefixo: PP-SRD
O
Visconde PP-SRD, batizado "Armando de Salles Oliveira", ao
aterrissar sob forte chuva no Aeroporto Dois de Julho, em
Salvador, na Bahia, aquaplanou e desviou para o lado
esquerdo saindo da pista.
O trem de pouso ficou danificado.
Sem vítimas.
15.05.1973
FAB – Força Aérea Brasileira
Cessna T-37C (318) “Dragonfly”
Prefixo: FAB***
O jato T-37C, pilotado pelo 2º Tenente Aviador Anegliato e
pelo Cadete Martim, sofreu uma pane e começou a cair.
Os tripulantes conseguiram se ejetar antes de a aeronave
cair na altura do km 137 da rodovia que liga São Carlos a
Descalvado, já próximo a cidade de Araraquara.
O avião colidiu contra um barranco e explodiu, ficando
totalmente destruído.
Folha de S.Paulo, 16.05.1973
10.05.1973
Particular
Beechcraft V35B Bonanza
Prefixo: PT-DQT
O Bonanza decolou do Campo de Marte, em São Paulo, com
destino a Uberaba, em Minas Gerais, levando a bordo, além do
piloto, João Possibom, o pecuarista Clibas de Almeida Prado,
seu sobrinho Francisco Pio de Almeida Prado e a esposa Maria
Tereza Botelho de Almeida Prado.
O PT-DQT nunca chegou a Uberaba e, dias depois, foi
encontrado espatifado contra uma rocha na Serra do Japi,
localizada no triângulo Jundiaí – Cabreúva – Pirapora do Bom
Jesus.
Do avião, quase não restou nada. Estava todo queimado,
ficando intactos apenas alguns pedaços das asas e da cauda.
Dos ocupantes, restou pouco também: corpos mutilados e
semi-carbonizados.
Folha de S.Paulo, 16.05.1973
Folha de S.Paulo, 17.05.1973
04.05.1973
Líder Táxi Aéreo
Learjet 24
Prefixo: PT-CXK
O
Learjet 24 decolou às 13 horas de São Paulo, com destino ao
Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, onde apanharia
passageiros para trazê-los a Capital paulista.
Como a pista do Aeroporto Santos Dumont estava alagada, a
aeronave prefixo PT-CXK arremeteu e rumou para o Aeroporto
do Galeão, perdendo contato com a Torre de Controle quando
estava na aproximação para o pouso na pista 16. Chovia
bastante na região e a visibilidade estava comprometida.
Depois de perder contato, o táxi aéreo passou a voar
descontrolado sobre o município de Duque de Caxias, até chocar-se à
direita do morro do Sapo (de aproximadamente 200 metros de
altura), onde se incendiou e começou a soltar peças para,
finalmente, cair e explodir sobre uma torre da Light, de 132
mil volts. Várias residências foram atingidas por fragmentos
da aeronave.
Os três ocupantes, o piloto Faustino Vieira de Aguiar,
antigo comandante da empresa aérea Real, o copiloto João
Matos Meneses, com mais de 20 mil horas de voo e o
comandante Mauricio de Almeida Lima, que viajava como
“extra”, morreram no acidente.
Jornal do Brasil, 05.05.1973
23.02.1973
FAB - Força Aérea Brasileira
de Havilland Canada
C-115 Buffalo (DHC-5)
Prefixo: FAB 2372
O avião militar de transporte Buffalo da FAB, vindo de Boa
Vista, em Roraima, se acidentou durante o pouso, às
12h15min, na Base Aérea de Manaus, no Amazonas.
O avião havia participado da viagem do Presidente da
República à fronteira da Venezuela
A aeronave ficou completamente destruída, matando três dos
membros do grupo de cozinheiros e garçons que participaram
do banquete presidencial na capital do Território de
Roraima.
Eram eles: Adavi Azevedo de Arruda, Manoel Bicharra e, o
outro, com prenome João.
Os demais ocupantes – em número não divulgado – escaparam
como vida.
Jornal do Brasil, 24.02.1973
19.02.1973
Particular
Cessna U206C
Prefixo: PT-ANZ
O Cessna PT-ANZ caiu na região do Varre Vento, no Município
de Careiro, entre Manaus e Itacoatiara, no rio Amazonas.
A bordo estavam o piloto Ênio Encarnação, o proprietário da
aeronave, o ex-Deputado Federal, cassado, Atlas Catanhede, e
mais dois fotógrafos.
Jornal do Brasil, 26.02.1973
19.02.1973
Particular
Stinson SR-10E
Prefixo: PT-IFY
Meia hora depois de ter deixado o campo de pouso do
Aeroclube de Nova Iguaçu, rumo ao Aeroporto da Baixada, do
qual estava a três minutos de distância, uma falha fez com
que o piloto, Ildefonso Garcia Lopes, de 30 anos, realizasse
uma aterrissagem forçada, às 11h05min, no leito da Via 9, na
Baixada de Jacarepaguá.
Com 10 anos de prática, o piloto não se apavorou quando o
motor parou de repente, sem dar qualquer sinal de defeito
antes. Lopes procurou a estrada mais vazia da região e
efetuou o pouso. Seu único azar é que ventava muito e, numa
curva, quando ele já ia estacionar, o avião caiu numa
depressão.
Jornal do Brasil, 20.02.1973
29.01.1973
VASP - Viação Aérea São Paulo
Douglas C-47-DL
(DC-3)
Prefixo: PP-SQA
O
DC-3 PP-SQA se acidentou ao aterrissar no Aeroporto de
Rondonópolis, em Mato Grosso. Sem relato de vítimas.
Você tem mais informações sobre estes ou outros acidentes?
Escreva para nós:
contato@desastresaereos.net
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Fontes:
Folha de S.Paulo, Jornal do Brasil, Correio da
Manhã, ASN, Wikipédia
e FAB.
Edição de texto e imagem: Jorge Tadeu da Silva