.

CLIQUE AQUI PARA VOLTAR À PÁGINA INICIAL

.

ACIDENTES AERONÁUTICOS

OCORRIDOS NO BRASIL EM 1958

.

MENU


ACIDENTES
AÉREOS NO
BRASIL

ACIDENTES
AÉREOS NO
MUNDO

ACIDENTES DE

HELICÓPTERO

NO BRASIL


O ACIDENTE

NO VOO 447

AIR FRANCE


A TRAGÉDIA

EM CONGONHAS

VOO 3054


O DESASTRE

NO VOO 1907

DA GOL


A TRAGÉDIA

COM O FOKKER 

 100 DA TAM


ACIDENTES

HISTÓRICOS

CAIXA-PRETA

VÍDEOS DE
ACIDENTES

AERONAVES

EMPRESAS AÉREAS

AEROPORTOS

INFORMAÇÕES

E SERVIÇOS


HISTÓRIA E

CURIOSIDADES


ARTIGOS

IMAGENS DE

ACIDENTES

NO BRASIL


IMAGENS DE

ACIDENTES

NO MUNDO


LINKS E
 PARCERIAS

Quer ser um

site parceiro?


FALE CONOSCO

FALE CONOSCO




ANUNCIE

NESTE SITE


 

.

30.12.1958

VASP - Viação Aérea São Paulo

SAAB Scandia 90A-2

Prefixo: PP-SQE

 

 

Em 30 de dezembro de 1958, uma terça-feira, Rose Rondeli, atriz de teatro e televisão, chegou tarde ao Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, e quase perdeu a ponte aérea das 12 horas, que a levaria a São Paulo para compromissos profissionais, tendo ocupando um dos últimos lugares ainda vagos no SAAB Scandia 90A-2, prefixo PP-SQE, da VASP (Viação Aérea São Paulo).

 

Pouco depois, os motores foram acionados e o avião taxiou para a cabeceira da pista 20. A bordo - incluindo Rose - estavam 33 passageiros e quatro tripulantes.

Em seguida, o avião decolou e, logo depois, o motor esquerdo perdeu potência e parou, materializando o pesadelo de todo o aviador: uma falha de motor no primeiro segmento da decolagem, quando o trem de pouso ainda estava sendo recolhido.

O Scandia guinou bruscamente à esquerda devido a súbita assimetria de potência. A grande hélice Hartzell girava por ação do vento reativo, adicionando elevada carga de arrasto e drenando energia do avião.

A situação era dramática. O Pão de Açúcar aproximava-se rapidamente, obrigando o Comandante Bortoletto a efetuar curva à esquerda, para cima do motor em pane, o que aumentava o fator de carga e, consequentemente, a velocidade de estol.

Bortoletto tinha que embandeirar logo a hélice que girava em cata-vento, inviabilizando o voo monomotor, sem descuidar da pilotagem do Scandia capenga. Não conseguiu.

O PP-SQE tremeu ao perder sustentação, arrancando um "Oh!" uníssono dos passageiros enquanto se precipitava na Baia da Guanabara de uma altura aproximada de 50 metros (150 pés).

Ao se ver dentro d'água, Rose, decidida, nadou para terra firme. Só mais tarde, a salvo, tomou conhecimento da extensão do desastre.

 

Das 37 pessoas a bordo, 21 haviam morrido, inclusive os quatro membros da tripulação: o comandante Geraldo Bortoletto, o copiloto Carlos Machado Campoy, o radiotelegrafista Marino Quinado de Brito e a comissária de bordo Ida Novak.

O acidente foi atribuído ao piloto pela manipulação incorreta dos controles de voo.

Este foi o primeiro acidente fatal com um Scandia da Vasp, mas infelizmente não seria o último.

Folha da Manhã, 31.12.1958

Clique AQUI e leia mais sobre o acidente no jornal da época.


 

22.09.1958

Navegação Aérea Brasileira

Douglas VC-47D (DC-3)

Prefixo: PP-NAR

 

 

Um avião da Força Aérea dos EUA, o Douglas VC-47D, prefixo 43-48758, havia se envolvido em um acidente e foi considerado danificado “além do reparo”. Essa mesma aeronave foi vendida para a empresa Navegação Aérea Brasileira. Mecânicos não qualificados para o trabalho, foram escalados para reparar o avião.

 

No dia 21 de setembro, o avião foi autorizado a realizar um voo teste de sete minutos. Um dia depois, na segunda-feira, 22 de setembro de 1958, um outro voo de teste foi planejado. Logo após a decolagem desse 2º voo teste, o trem de pouso principal esquerdo não se retraiu. Dois minutos depois, o trem desprendeu-se e atingiu a asa que ficou dobrada para cima. O restante da asa direita ala também se desprendeu e o avião caiu verticalmente no solo.

 

Os três tripulantes morreram no acidente.

 

Causa provável

 

"A utilização de pessoal não qualificado para a reparação de uma aeronave após um acidente".

  


 

22.09.1958

VARIG

Convair CV-240-2

Prefixo: PP-VCK

 

 

No Aeroporto do Rio de Janeiro (RJ), um treinamento de "touch and go” estava sendo realizado sob chuva. Devido à falha dos limpadores dos pára-brisas, o piloto abriu a janela direta da cabine.

 

Durante uma das abordagens, a janela desprendeu-se e caiu sobre a coluna do manche. Ao tentar subir com força total, o avião caiu e explodiu em chamas.

 

Os três tripulantes conseguiram sobreviver ao acidente.

  


 

05.09.1958

Loide Aéreo Nacional

Curtiss C-46A-45-CU Commando

Prefixo: PP-LDX

 

 

Por volta das seis horas da manhã de sexta-feira, 5 de setembro de 1958, o avião Curtiss C-46A-45-CU Commando, prefixo PP-LDX, do Lóide Aéreo Nacional, partiu do Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, para Campina Grande, no Estado da Paraíba.

Mais tarde, ao decolar do Recife, última escala da viagem, o PP-LDX conduzia a bordo quatorze passageiros e quatro tripulantes.

Um Curtiss Commando do Lóide Aéreo Nacional, similar ao envolvido no acidente

Tendo perdido a primeira aproximação, por não conseguir avistar a pista de Campina Grande devido à forte névoa seca que reduzia a visibilidade, o comandante Osias Ferreira de Mello arremeteu e tentou circular o aeródromo à baixa altura para pousar por referências visuais.

Ainda sem conseguir avistar a pista, Osias tentou novo procedimento de descida, ao fim do qual uma das asas do avião colidiu com pequena elevação e se desprendeu. Desequilibrado, o bimotor bateu forte no chão e se destroçou em uma região de mata próximo a Campina Grande.

Atualmente a localidade já está bem povoada, nas imediações do Presídio do Serrotão, próximo do distrito de São José da Mata.

O incêndio subsequente ficou limitado à asa que se desprendera no primeiro impacto, o que permitiu que cinco ocupantes do avião sobrevivessem ao desastre. O comandante Osias Ferreira de Mello, o radiotelegrafista Jaime Carmo Alves e onze passageiros perderam suas vidas.

Sobreviveram o copiloto Breno Capistrano, os comissários Santos e Libório e três passageiros, dentre os quais Renato Aragão, o eterno Didi Mocó, de Os Trapalhões., então estudante de Direito.

O agricultor Francisco Basílio da Cunha, que morava na fazenda Edson do Ó, localizada no Serrotão, saiu correndo e se deparou com os estragos. O avião, segundo ele, havia se partido em três partes com o impacto. Os passageiros atirados para fora, alguns despedaçados. Francisco foi uma das primeiras pessoas a se aproximar do local onde ocorreu a tragédia. Ao ver o avião despedaçado e os mortos e feridos, Francisco Basílio saiu correndo e foi chamar o seu pai, José Ribeiro da Cunha.

Minutos depois, chegou a guarnição do Corpo de Bombeiros, comandada pelo sargento José Rulfino. A cena era muito forte. Mesmo com a memória falhando devido o tempo, Francisco relembra as horas de horror. Francisco disse que ajudou os bombeiros a juntar os mortos. O pai dele também ajudou os bombeiros no trabalho de resgate.

O resgate das vítimas foi feito por policiais do Corpo de Bombeiros para os hospitais Pedro I, Pronto Socorro e Ipase. "Eu lembro que foi grande a correria na redação do jornal. As fotos eram terríveis", recordou o jornalista Joel Carlos, que na época trabalhava como repórter do Diário da Borborema.

Renato Aragão contou em entrevista que o acidente aconteceu durante o período em que ele estudava Direito e participava dos Jogos Universitários, em Recife, Pernambuco.

Quando estava voltando de Recife para Fortaleza, no Ceará, o avião, perdeu altura nas imediações de Campina Grande, na Paraíba. "Passou o comissário e disse: apertem os cintos que nós vamos pousar”, relatou Renato Aragão.

"Quebrou a asa, quebrou a calda, e eu fiquei na parte que sobrou, de cabeça pra baixo. Aí eu vi muita gente morta, muita gente ferida, incêndio…”, relatou Aragão.

Depois do choque da queda da aeronave, Aragão encontrou um colega e viveu um momento emocionante de gratidão. "Fui atrás do meu colega, a gente se encontrou e nos abraçamos, fomos rezar. Foi um momento maravilhoso de agradecimento, rezamos para agradecer por estarmos vivos. Ficamos ali ajudando e quando tudo ficou mais calmo a gente se perguntou ‘onde nós estamos?’, era no meio de uma floresta, ninguém sabia”, disse.

Renato Aragão também disse que conseguiu sobreviver e chegar na cidade somente depois de viver um momento de tensão. É que diversas pessoas armadas com facas saquearam o avião.

"A gente ficou sentado esperando, escutamos um barulho na mata, era gente com facão e veio uma multidão de facão pra saquear o avião. Os primeiros que vieram tiraram alianças de pessoas mortas”, contou.

O então estudante chegou até a cidade de Campina Grande depois de ter a ideia de seguir o caminho oposto ao feito pelas pessoas que estavam armadas. "Ele (o colega de Renato) falou ‘vamos aproveitar’. Eu nunca andei tanto na minha vida para chegar lá, mas a gente sabia que era por ali”, disse.

Depois de andar muito, Renato e o colega conseguiram ajuda na cidade e chegaram até Fortaleza, onde conseguiram reencontrar os familiares com vida.

Apesar de Renato Aragão ter sobrevivido, várias pessoas morreram na queda de avião – ao menos 13. Entre as vítimas estavam o empresário Iremar Vilarim Meira. Em 2010, anos depois da tragédia o filho dele, Paulo Marcelo, que era criança quando o pai morreu, relatou à TV Paraíba as lembranças que tinha daquela noite.

Segundo Paulo Marcelo, o avião ficou nos arredores de Campina Grande por um bom tempo, tentando pousar em segurança. "Nós começamos a ouvir o barulho do avião sobrevoando Campina Grande tentando pousar. Minha mãe fez um comentário dizendo que meu pai estava em casa mas não podia chegar. Logo depois cessou o barulho nós pensávamos que ele tinha ido embora, mas não, o avião colidiu”, disse.

Assim como relatou Aragão, Paulo também disse que diversas pessoas saquearam o avião e roubaram as vítimas. O pai dele inclusive trazia uma mala com dinheiro, que não foi encontrada após a confirmação de sua morte.

Além dos familiares das vítimas, quem também lembra do acidente são as pessoas que moravam na região onde o avião caiu. Eliane contou à TV Paraíba que cresceu ouvindo histórias sobre a noite de 5 de setembro de 1958. "Meu pai e meu tio falavam que estavam plantando quando ouviram um barulho e era um avião caído. Tentaram até socorrer as pessoas”, relatou.

Seis décadas depois, a “capela do avião”, monumento erguido no local do acidente para homenagear as vítimas segue recebendo pessoas que querem prestar homenagens ou mesmo conhecer a história famosa na região.

O relatório final apontou como causa do acidente “erro do piloto procedimento impróprio durante voo por instrumentos. Contribuiu (para o acidente) a incorreta previsão meteorológica transmitida ao comandante”.

Roberto David de Sanson Filho, que voou no Lóide Aéreo de 1950 a 1957, relata, em seu precioso livro 'A História do Lóide Aéreo', que Osias Ferreira de Mello originalmente era radiotelegrafista de voo. Com o tempo, ele obteve a licença de piloto privado no Aeroclube do Brasil, que suplementou com alguns exames teóricos na então Diretoria de Aviação Civil, o que lhe possibilitou ser transferido para o quadro de copilotos do Lóide.

Ao contrário do DC-3, dócil e generoso, o Curtiss C-46 Commando era exigente; um passo grande demais para quem pilotara só “Paulistinhas” de aeroclubes. Naquela época não existiam simuladores de voo, de modo que o treinamento dos copilotos se fazia em rota e dependia da boa vontade dos comandantes.

Inicialmente, os copilotos apenas auxiliavam seus comandantes em tarefas básicas, como suspender e abaixar o trem de pouso, sintonizar estações, falar no rádio e preencher relatórios. Assim, levavam muitos anos até adquirirem condições de almejar a cadeira da esquerda da cabine de comando de um “Mamute”.

Uma das tarefas mais difíceis e penosas do piloto-chefe é decidir se um colega tem ou não capacidade de ser promovido a comandante. Normalmente, vários comandantes avaliam o candidato, porém a decisão final cabe ao piloto-chefe.

É fácil decidir nos casos evidentes de capacidade ou incapacidade técnica; difícil é quando o candidato satisfaz a quase todos os requisitos, porém não inspira confiança de que saberá lidar com situações críticas, impossíveis de serem fielmente simuladas. Mais do que o domínio da técnica, é a capacidade de julgamento do candidato que está em questão, o que só pode ser avaliado subjetivamente.

Nesses casos, não cabe a máxima “In dubio, pro reo”, mas a antiga e clássica pergunta dos aviadores: “Você embarcaria sua família num voo conduzido por ele?”. Se a resposta for negativa, o candidato deve ser reprovado.

Segundo o comandante Sanson, todos no Lóide Aéreo gostavam de Mello. Sério e cumpridor de suas obrigações, ele não dava trabalho aos comandantes. O problema surgiu na hora de promovê-lo. Seu treinamento foi muito longo, e mais de uma vez ele retornou à linha, reassumindo a função de copiloto, com a recomendação aos comandantes para que se empenhassem em instruí-lo. A maioria deles foi desfavorável à promoção de Mello por seu desempenho ser inconstante, principalmente sob tensão. Em condições favoráveis ele era um piloto normal, mas seu desempenho se deteriorava em momentos difíceis.

Em meados de 1957, parecia que a carreira de Mello estava irremediavelmente estagnada na função de copiloto. Ocorre que, nessa época, o Lóide havia adquirido vários Douglas DC-4, que estavam absorvendo os comandantes mais antigos e experientes do C-46. Também um desentendimento do grupo de voo com a diretoria de operações levara muitos veteranos, dentre eles o comandante Sanson, a deixar a empresa espontaneamente, agravando a escassez de pilotos de Curtiss C-46.

Segundo ainda Sanson, quando Mello foi novamente cogitado para promoção a comandante, especulou-se que a ordem partira do próprio presidente e dono da empresa, Coronel Gibson. Seja como for, o certo é que Mello foi promovido algum tempo depois de ter sido reprovado nos treinamentos de elevação de nível a que fora submetido. É importante esclarecer que Osias Ferreira de Mello não teve participação direta nas decisões que mudaram sua vida e culminaram por selar seu destino.

A pista de Campina Grande não era plana. Devido à sua pequena extensão, pousava-se no sentido do aclive e decolava-se no sentido do declive. Segundo, ainda, o comandante Sanson, “Era muito comum nas primeiras horas da manhã uma camada de nevoeiro ralo cobrindo a pista, mas não a ponto de impedir o pouso. Eventualmente esta camada tinha uma espessura maior, e o piloto decidia se fazia a aproximação para o pouso por instrumentos, sabendo que a névoa estava colada na pista, mas, não sendo densa, permitia uma visibilidade vertical e horizontal suficientes para a manobra.”

Além do mais, a tripulação deveria estar cansada, pois a decolagem do Aeroporto Santos Dumont se dera às 3h42min daquela madrugada, tendo o avião escalado em Vitória, Ilhéus, Salvador, Aracajú, Maceió e Recife antes de prosseguir para Campina Grande.

Na verdade, a história profissional de Mello até pode ter contribuído, mas não parece haver concorrido decisivamente para o acidente, que provavelmente derivou mais da precariedade da infraestrutura e das práticas operacionais da época do que propriamente das limitações técnicas do comandante. Naqueles tempos, acidentes ocorriam com alarmante frequência, mesmo com comandantes que gozavam de alto conceito entre seus pares.

O acidente do PP-LDX foi o único a causar vítimas fatais entre passageiros dos vários Curtiss C-46 Commando operados pelo Lóide Aéreo Nacional entre 1949 e 1962, ano em que a empresa foi vendida à VASP.

Seis anos antes, na noite de 24 de maio de 1952, o C-46 PP-LDE mergulhara nas águas do Rio Negro logo após decolar de Manaus em voo cargueiro, causando a morte de seus seis tripulantes.

Clique AQUI e leia o relato de uma testemunha do acidente.

 

Com informações de ASN, Livro "O Rastro da Bruxa", Jornal da Paraíba e baaa-acro.com

  


 

19.08.1958

Cruzeiro do Sul

Douglas C-47-DL (DC-3)

Prefixo: PP-CDI

 

 

Levando a bordo oito passageiros e quatro tripulantes, o DC-3 prefixo PP-CDI da Cruzeiro do Sul realizou uma aproximação para pouso muito alta ao Aeroporto de Itajaí, em Santa Catarina, de modo que o piloto teve que desacelerar para perder altura.

 

A aeronave, de repente, entrou em uma corrente descendente, fazendo com que o avião colidisse contra uma pequena construção na pista do aeroporto de Itajaí, , às 10h30 da manhã.

Vários passageiros ficaram feridos e foram socorridos aos hospitais locais. Frederico G Schwartz faleceu no Hospital Marieta a 02 de setembro. No mesmo acidente faleceu também Neif Salim Mathias.

A Causa provável do acidente foi apontada como "o uso incorreto do motor e dos controles."

Com informações de ASN e itajaipedia.com.br


 

11.08.1958

Loide Aéreo Nacional

Douglas DC-4

Prefixo: PP-LEQ

 

 

O DC-4 com seis tripulantes e cinco passageiros, partiu de Manaus, no Amazonas, às 21 horas de segunda-feira, 10 de agosto, em direção a Belém, no Pará.

 

Seu último contato pelo rádio ocorreu à 00h34 de terça-feira, 11 de agosto, quando sobrevoava a localidade de Piranhas.

 

O avião caiu por causas desconhecidas perto da Ilha de Carapí, no estado do Pará, quando fazia aproximação para pouso no aeroporto de Belém-Val de Cães, na capital do estado.

 

Dos 11 passageiros e tripulantes a bordo, apenas um passageiro sobreviveu, o Sr. Cassiano Cirilo Anunciação.

 

Jornal do Brasil, 13 de agosto de 1958

   


 

16.06.1958

Cruzeiro do Sul

Convair CV-440-59

Prefixo: PP-CEP

 

 

O Convair, vindo de Florianópolis com cinco tripulantes e 21 passageiros a bordo, posicionou-se para a aterrissagem na pista 33 do Aeroporto de Curitiba, por volta das 17:45 (hora local) em São José dos Pinhais (PR), quando foi pego por uma corrente de ar vertical.

 

O avião desceu bruscamente e colidiu com o solo, matando os cinco tripulantes e 16 passageiros.

 

Causa provável

 

"O acidente ocorreu devido a correntes descendentes."

 

Um relato sobre o acidente

No dia 16 de junho de 1958, o primeiro grande acidente aéreo do Paraná vitimou o então senador e ministro da Justiça Nereu de Oliveira Ramos, o governador de Santa Catarina, Jorge Lacerda, e o deputado federal Leoberto Leal. Curitiba parou perplexa e Santa Catarina até hoje lamenta o acidente que transfigurou sua história.

No dia seguinte, o jornal O Estado do Paraná publicou: “Curitiba, na tarde de ontem, viveu a dolorosa sensação de uma tremenda catástrofe aérea, pois, pela primeira vez, um grande avião de passageiros aqui encontrou o seu trágico fim”.

“O avião e seu drama”, contava este jornal: “Procedente de Porto Alegre, com escala em Florianópolis, o avião prefixo PP-CEP, Convair 840, da Cruzeiro do Sul, cruzava os céus de Curitiba após as 17 horas, à espera do “pode” da torre de controle do aeroporto Afonso Pena, pois o tempo se apresentava muito nublado, acompanhado de forte temporal, com teto, pois, praticamente nulo”.

Quase noite, às 17h55, o comandante Licínio pediu o pouso de emergência. Não foi autorizado. Noite escura, eram 18h55 quando o Convair 840 foi ao chão. O ex-presidente da República (que assumiu depois da morte de Getúlio Vargas) Nereu Ramos teria outra sorte, caso a torre de controle não tivesse dado preferência à decolagem de outra aeronave, forçando o PP-CEP a rondar os céus de Curitiba, sem autorização de pouso. Com destino ao Rio de Janeiro, então Capital da República, 18 passageiros embarcaram em Porto Alegre, e quatro em Florianópolis. Oito salvaram-se. Quatorze morreram, junto com cinco tripulantes. Entre eles o padre Osvaldo Gomes, um dos fundadores do Colégio Nossa Senhora Medianeira.

Entre mortos e feridos, um dos passageiros foi seqüestrado. A razão do seqüestro foi estampada nas primeiras páginas dos jornais O Estado do Paraná e Tribuna do Paraná: “Em nossa redação um dos sobreviventes!”. O seqüestrador foi o repórter Osmar (Chiquinho) Zimmermann. Oriundo de uma família de gráficos, Chiquinho começou na Editora O Estado do Paraná como linotipista, passou a diagramador e depois repórter. Posteriormente chegou a ser o vereador mais votado de Cascavel, onde faleceu. Naquela noite, assim que a notícia da queda do avião chegou à redação, o repórter correu para São José dos Pinhais e foi o único a ouvir o sobrevivente Orestes José de Souza, natural de Curitibanos (SC): “Poucos minutos antes do acidente, o deputado Leoberto Leal passou por mim e disse que estranhava a demora. Em seguida, foi sentar-se junto ao senador Nereu Ramos, que viajava na frente, próximo ao governador Lacerda. Tinha muita cerração, nenhuma visibilidade. Senti um choque. Deu a impressão que o avião se encolhia. Ouvi muito gritos de desespero, pedidos de socorro, na escuridão alguém dizia para não acender fósforos para não provocar explosão. Cinco saíram antes de mim, fui o último a sair dos destroços”.

Orestes José de Souza perdeu o relógio e andou um quilômetro e meio, sob chuva e ventania, até encontrar uma casa onde foi chamado um táxi. Junto veio o repórter Chiquinho Zimmermann, que o seqüestrou. Para esconder o sobrevivente da concorrência, que no dia seguinte o daria como morto, Chiquinho levou Orestes direto para a redação do jornal.

Depois de garantido o furo de reportagem, a vítima foi hospedada no Hotel Ferroviário, na Avenida Barão do Rio Branco, próximo ao jornal. “Amanhecendo coberta de luto, a população curitibana acorreu em massa ao Palácio Iguaçu”, para velar os ilustres catarinenses. De Paranaguá, onde nasceu o governador de Santa Catarina, veio uma coroas de flores: “A Jorge Lacerda, a gratidão e a saudade de Paranaguá”. Nos jornais, junto às fotos da tragédia, os cines Ópera e Arlequim anunciavam a estréia do maior filme do mundo, com quatro horas de projeção, inteiramente em technicolor: “E o vento levou...”

Por Dante Mendonça, em 14.06.2008, em sua coluna no Paraná-Online.

 

Jornal do Brasil, 17.06.1958

  


 

10.06.1958

Aerolineas Argentinas

Douglas DC-6

Prefixo: LV-ADV

 

 

Imediatamente após atingir a altitude de cruzeiro a hélice do motor nº 4 perdeu potência e parou de funcionar. Um pouco mais tarde o motor nº 2 começou a vibrar e, também, parou de funcionar.

 

O DC-6, com seis tripulantes e 16 passageiros a bordo, que havia decolado do Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro (RJ), em direção a Buenos Aires, na Argentina, começou a perder altura, a uma taxa de 500 fpm, o que forçou a tripulação a realizar um pouso de emergência em uma praia da Ilha Grande (RJ).

 

Ninguém ficou ferido, mas o avião ficou seriamente danificado.

 


 

31.05.1958

Paraense Transportes Aéreos

Curtiss C-46D-15-CU Commando

Prefixo: PP-BTB

 

 

Queda de avião de carga logo após a decolagem do Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro.

 

Os quatro tripulantes morreram no acidente.

 


 

01.02.1958

Loide Aéreo Nacional

Douglas DC-4

Prefixo PP-LEM

 

 

No sábado, 1º de fevereiro de 1958, durante a decolagem noturna do Aeroporto Santos Dumont em direção a Fortaleza, no Ceará, levando a bordo cinco tripulantes e 62 passageiros, o motor nº 4 do DC-4 prefixo PP-LEM falhou.

 

A tripulação abortou a decolagem, reduziu potência e aplicou os freios. Cem metros antes da pista acabar, um dos pneus do trem de pouso estourou, fazendo com que o DC-4 fosse parar do lado de fora da pista explodindo em chamas.

 

Dois tripulantes e três passageiros morreram.

 

Causa provável

 

“Falha do motor e mau funcionamento dos freios de estibordo".

 

Folha da Manhã, 02.02.1958

 


 

16.01.1958

Cruzeiro do Sul

Fairchild C-82A-FA Packet

Prefixo: PP-CEF

 

 

Durante a decolagem do avião de carga da Cruzeiro do Sul do Aeroporto Val-de-Cans, em Belém (PA), o motor nº 1 pegou fogo e parou de funcionar.

 

A aeronave caiu a poucos quilômetros de distância, matando os três tripulantes a bordo.

 


 

11.01.1958

Cruzeiro do Sul

Fairchild C-82A-FA Packet

Prefixo: PP-CEH

 

 

A aeronave decolou do Aeroporto Santos do Dumont, no Rio, para um voo de treinamento, mas se acidentou ao perdeu altitude e atingir uma barreira antes de cair na Baia da Guanabara.

 

Os dois tripulantes escaparam com vida.

 


 

03.01.1958

VARIG

Douglas DC-3-277D

Prefixo: PP-VDL

 

 

A aeronave estava em um voo de treinamento em Porto Alegre (RS) quando o instrutor desligou o motor nº 2.

 

Voando a baixa altitude sobre a pista, o DC-3 derivou para a direita, o que foi corrigido pelo instrutor usando o controle do leme. Porém, o avião atingiu uma atitude perigosa e a potência foi cortada e o avião se acidentou ao pousar.

 

Os dois tripulantes escaparam com vida.

 

Causa provável

 

"Erro de julgamento por parte do instrutor".

 


 

Você tem mais informações sobre estes ou outros acidentes?

Escreva para nós: contato@desastresaereos.net

 


.

Fontes: Folha da Manhã, Folha da Noite, Jornal do Brasil, Correio da Manhã,

livro "Rastro da Bruxa", ASN, BAAA-ACRO, Wikipédia e FAB.

Edição de texto e imagem: Jorge Tadeu da Silva


Voltar a página anterior

Ir para a página seguinte

. . . .
Este site está em The Best Aviation Sites
. . . .

Desde 2006 ® Direitos Reservados - Jorge Tadeu da Silva