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04.11.1952
CAN – Correio Aéreo Nacional
Beechcraft UC-45F (D18S)
Prefixo: FAB 2830
O bimotor da FAB, do Correio Aéreo Nacional, havia partido
de Belo Horizonte (MG) com destino ao Rio de Janeiro.
O avião voava baixo, em face à forte cerração que cobria o
céu de Teresópolis, no Rio de Janeiro, tendo batido numa
árvore, por volta das 15:00 horas, no Curral das Onças, na
Vila de Inhomirim, na Serra da Estrela, próximo a Fábrica de
Pólvora Estrela, do Exército, explodido em chamas.
Morreram carbonizados o piloto e seus cinco passageiros.
18.10.1952
VARIG
Lockheed 10B Electra
Prefixo: PP-VAU
O Electra PP-VAU se acidentou durante pouso no Aeroporto de
Lajes, em Santa Catarina. Não há relato de vítimas.
14.10.1952
Aerovias Brasil
Douglas C-47-DL (DC-3)
Prefixo: PP-AXJ
O avião da Aerovias Brasil operava um voo do Rio de Janeiro
para Buenos Aires, na Argentina, com escalas em São Paulo e
Porto Alegre. A bordo estavam quatro tripulantes e 14
passageiros.
O DC-3 PP-AXJ era comandado por Francisco de Assis Costa
Lima Gurgel, natural de Mossoró-RN, nascido em 26/03/1915 e
tinha como copiloto Humberto Viana, comissário Luiz Dias e
radiotelegrafista de nome não revelado. Era uma tripulação
experiente que voava regularmente para o Caribe e EUA pelas
asas da Real/Aerovias Brasil.
Iniciando o segundo trecho às 11:45 hs, o DC-3 partiu do
Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, em direção a sua
próxima escala, em Porto Alegre.
Já se aproximando de Porto Alegre, sob chuva, a tripulação
contatou a Torre da cidade informando sua localização e foi
orientada a posicionar-se aos 3 mil pés de altitude.
Voando sem a visualização do solo, sob turbulência, e certo
de estar nas proximidades do Aeroporto de Porto Alegre, sem
se dar conta, o piloto Francisco Gurgel conduziu a aeronave
na direção das enormes árvores de uma região conhecida como
“Aparados da Serra”, colidindo – minutos depois – a asa
esquerda que se desprendeu da aeronave. O avião virou de
dorso e desintegrou-se dentro da mata, incendiando-se em
seguida, nas proximidades de uma fazenda no município de São
Francisco de Paula.
Das 18 pessoas a bordo, apenas quatro sobreviveram ao
desastre, dentre eles três músicos argentinos que faziam
parte de um conjunto musical portenho chamado "Los
Estudiantes" e um gaúcho, estudante de arquitetura.
Causas prováveis
Erro de Navegação - falha em não estimar claramente a
localização real da aeronave - e condições climáticas
adversas.
Reprodução/Folha da
Manhã
15.08.1952
Douglas C-47A-90-DL (DC-3)
Viação Aérea Santos Dumont (VASD)
Prefixo: PP-SDD
O avião da VASD decolou do Rio de Janeiro para um voo
internacional com destino a Assunção, no Paraguai.
Ao sobrevoar o estado do Paraná ocorreu uma piora das
condições meteorológicas e a tripulação optou por buscar um
aeroporto para realizar um pouso emergencial. Com a
tripulação totalmente desorientada e sem contar com o
funcionamento dos aparelhos de comunicação naquela região, o
avião acabou por se acidentar nas proximidades do Aeroporto
de Guairá, no Paraná.
Causas prováveis
Falta de aparelhos de rádio na área, erro por parte do
piloto que perdeu seu caminho e decidiu pousar de maneira
apressa em condições adversas, preparação deficiente do
plano de voo pela companhia aérea e aprovação de um plano
de voo incorreto pelo Controle de Área.
VASD
A Viação Aérea Santos Dumont (VASD ) foi fundada no Rio de
Janeiro, a 18 de janeiro de 1944, por um grupo de
empreendedores. O nome homenageava o precursor brasileiro do
voo com o mais pesado do que o ar, morto em 1932. A empresa
área – que chegou a contar com cinco aeronaves - foi
adquirida e incorporada pela empresa Transportes Aéreos
Nacional em 1952.
12.08.1952
Transportes Aéreos Nacional
Douglas C-47A-90-DL (DC-3)
Prefixo: PP-ANH
O Douglas DC-3 PP-ANH decolou de Jataí, em Goiás, na manhã
de 12 de agosto de 1952, iniciando a linha aérea Jataí – Rio
Verde – Goiânia – Uberlândia – Belo Horizonte – Rio de
Janeiro. Transportando nove passageiros e quatro
tripulantes, a aeronave faria sua primeira escala em Rio
Verde, onde seriam embarcados mais alguns passageiros.
Em Rio Verde, mais 11 passageiros embarcaram no avião.
Quando a aeronave decolou de Rio Verde rumo a Goiânia - um
incêndio de causas desconhecidas irrompeu a bordo, colocando
a aeronave em grave risco. Após tentativas infrutíferas de
extingui-lo, a tripulação tentou realizar um pouso de
emergência no aeródromo de Palmeiras de Goiás.
Quando voava a cerca de 20 metros de altura, o DC-3 explodiu
em pleno ar às 9h40min, matando todos os seus 24 ocupantes.
Testemunhas relataram ter visto fumaça na parte traseira do
avião. Foi então relatado terem visto, na sequência, a
"explosão" no ar.
Seus destroços cairiam em uma área próxima ao aeródromo e
foram rapidamente saqueados pela população local até a
chegada das autoridades.
Entre os mortos, estava o filho do governador de Goiás Pedro
Ludovico, Antonio Borges Teixeira.
O fogo possivelmente teve origem no compartimento de bagagem
do avião, pois haveria material inflamável a bordo. Também
houve a suspeita de que uma bomba tinha sido colocada no
avião, mas nenhuma prova foi encontrada.
Investigação
A investigação do acidente foi prejudicada pelo saqueamento
dos destroços pela população. Quando a primeira equipe de
investigação chegou a Palmeiras de Goiás, dois dias após a
queda, não encontraria praticamente nada. Assim, as
investigações se concentraram na coleta de depoimentos das
numerosas testemunhas da explosão. Dessa forma, seria
constatado que havia muita fumaça saindo da cauda da
aeronave (provavelmente no compartimento de bagagens), tendo
a tripulação executado manobras (chamadas de piruetas por
algumas testemunhas) para conter as chamas.
Até aquela altura, o Douglas DC-3 (assim como a grande
maioria das aeronaves da época) não contava com alarmes e ou
sensores de fumaça e extintores de incêndio no compartimento
de bagagens. Assim, um incêndio na cauda da aeronave só
poderia ser notado quando houvesse causado danos graves à
fuselagem da aeronave (que explicariam as piruetas vistas
pelas testemunhas em terra). O incêndio poderia destruir os
estabilizadores e causar a perda de sustentação da aeronave.
Por outro lado, a explosão não poderia ter sido causada pela
ignição dos tanques de combustível, pois os mesmos eram
localizados nas asas da aeronave, tendo o incêndio se
iniciado na cauda.
Consequências
O acidente causaria grande comoção no estado de Goiás,
fazendo com que os estabelecimentos comerciais da capital
Goiânia cerrassem suas portas em sinal de luto. Em meados
dos anos 1990 seria construído, em uma praça de Rio Verde,
um monumento em memória das vitimas. Alguns anos depois, o
monumento seria vandalizado e esquecido.
A causa da súbita explosão seria atribuída a uma suposta
bomba instalada no compartimento de bagagens, porém nunca se
descobriu que tipo de artefato causaria a explosão, e,
principalmente quem estava por trás da implantação do mesmo.
Dessa maneira, alguns órgãos de imprensa contestariam essa
versão.
Atualmente, especula-se que a explosão do DC-3 PP-ANH tenha
sido causada por algum produto inflamável (como lança
perfumes) que teria vazado ao ser transportado
clandestinamente no compartimento de bagagens. Alguns meses
depois, a Transportes Aéreos Nacional denunciaria um
passageiro à polícia por ter encontrado um carregamento de
lança perfumes em meio a bagagem embarcada em uma aeronave.
O acidente causaria muitos problemas financeiros para a
Viabras, que acabaria sendo incorporada pela Nacional em
1954.
Reprodução/Folha da
Manhã
O memorial às vítimas do acidente na cidade de Rio
Verde
Fonte: deoclismar.blogspot.com.br
A placa do memorial - Fonte:
katlen-wwwrioverdecombr.blogspot.com.br
27.07.1952
Pan American World Airways
Boeing 377 Stratocruiser 10-26
Prefixo: N1030V
A aeronave Stratocruiser "Clipper Southern Cross" (foto
abaixo), em um voo de Nova York para Buenos Aires (voo 201),
decolou do Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, às 11:28
hs, depois de uma escala intermédia. A bordo estavam oito
tripulantes e 19 passageiros.
O N1030V em voo sobre os EUA - Foto:
RAScholefield Collection (airliners.net)
A uma altitude de cerca de 12.000 pés e com um diferencial
de pressão de cabine de 4,1 libras por polegada quadrada (o
que corresponde a uma altitude de cabine de cerca de 2.000
pés), o comissário ouviu um chiado forte na porta da cabine.
Ele foi para o cabine de comando e afirmou ao capitão,
"Devemos despressurizar porque eu acho que a porta está
aberta."
Com a luz de aviso de porta aberta, o engenheiro de voo
acompanhou o comissário para inspecionar a porta. O
engenheiro não fez uma inspeção visual através dos vidros
das portas, mas sim, colocou a mão ao longo da borda
superior da porta, após o que o barulho diminuiu. Ele,
então, instruiu o comissário para colocar toalhas molhadas
nessa área para reduzir o vazamento de ar e,
consequentemente, o ruído. Foi constatado que a maçaneta da
porta não estava na posição de bloqueio.
O comissário foi até a parte traseira da aeronave para
buscar as toalhas. O engenheiro de voo voltou ao seu posto e
informou ao capitão que a vedação da porta estava vazando,
mas que tudo parecia normal. O capitão optou por prosseguir
com o voo.
A luz de aviso de porta aberta ainda estava acesa. Após, um
ou dois minutos a porta da cabine explodiu aberta.
A passageira, a norte-americana Elizabeth Westbrook, de 37
anos, que estava no assento n º 33, o mais perto da porta,
foi sugada para fora. A despressurização, após a violência
explosão da porta, causou danos em toda a cabine, soltando
os painéis de teto e muitas seções de vedação e
estofamentos, arrancando a porta de um dos banheiros.
Um forte nevoeiro, causado pela condensação do ar externo
com o da cabine, temporariamente encheu a cabine. A
tripulação imediatamente decidiu retornar ao Rio de Janeiro,
onde o avião pousou sem incidentes às 12h13min.
Causa provável
A falha do engenheiro de voo em reconhecer uma condição
insegura da porta da cabine, apesar de três advertências
completamente distintas daquela condição e a ação do capitão
em continuar o voo enquanto pressurizado, apesar das várias
advertências de que a porta da cabine principal não estava
devidamente bloqueada.
Reprodução/Folha da
Noite
Reprodução/Folha da
Manhã
27.07.1952
O.M.T.A
Beechcraft Bonanza A-36
Prefixo: ***
A aeronave viajava com destino a Belo Horizonte (MG), com o
piloto e três passageiros. Entre as cidades mineiras de
Alvinópolis, Mariana e Barra Longa, o avião precipitou-se ao
solo.
O piloto Miguel Jacinto dos Santos, e os passageiros,
o médico Sebastião Fontes e a jovem médica Ivone Marcondes
dos Reis, morreram na hora.
O estudante Carlos Alberto
Renault, filho de Abgar Renault, ex-Secretário da Educação
de Minas Gerais, escapou com vida.
11.07.1952
FAB – Força Aérea Brasileira
Douglas C-47A-35-DL (DC-3)
Prefixo: FAB 2048
No caminho entre Salvador, na Bahia, e o Rio de Janeiro, a
aeronave da FAB C-47 sofreu um incêndio no motor nº 1.
O fogo não pode ser controlado e se expandiu. A tripulação
decidiu então realizar um pouso forçado na mar, a cerca de
200 metros da costa de Maraú, na Bahia.
Na aeronave estavam cinco tripulantes e 28 passageiros, dois
quais morreram um dos tripulantes – após o mesmo resgatar
vários ocupantes - e 12 dos passageiros.
Leia reportagens de jornais da época sobre esse acidente
clicando
AQUI e
AQUI.
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24.05.1952
Loide Aéreo Nacional
Curtiss C-46A-60-CK Commando
Prefixo: PP-LDE
Na noite de 24 de maio de 1952, o avião cargueiro Curtiss
C-46 Decolou do Aeroporto de Ponta Pelada, em Manaus, com
seis tripulantes a bordo.
Logo após a subida inicial, uma falha no motor fez com a
tripulação tentasse retornar para um pouso de emergência,
mas o avião acabou caindo nas águas do Rio Negro, matando
seus seis tripulantes.
13.05.1952
VASP – Viação Aérea São Paulo
Douglas C-47B-45-DK (DC-3)
Prefixo: PP-SPM
Às 10:20 hs. da manhã da terça-feira, 13 de maio de 1952, o
avião DC-3 da Vasp, que, levantou voo em Congonhas com
destino a Bauru, Marília, Tupã e Londrina, com três
tripulantes e 19 passageiros a bordo.
Nove minutos após a decolagem, a tripulação notou uma
estranha trepidação na aeronave. Era motor esquerdo que,
logo a seguir, entrou em pane. Ao tentar retornar ao
Aeroporto de Congonhas, o avião, com um motor a menos,
começou a perder altura rapidamente.
O Comandante Luis Carlos Landell desligou o outro motor e
iniciou um pouso de emergência no lugar avaliado como o mais
adequado para o momento, no caso, a Avenida Maracanã, na
localidade chamada Vila das Belezas, nas proximidades do
bairro de Santo Amaro, em São Paulo. O avião chocou-se
contra uma trave num campo de futebol e espatifou-se contra
o solo.
Em consequência da queda morreram na hora dois tripulantes,
o comandante Landell e o copiloto, e dois passageiros, sendo
vários outros internados em estado grave, vindo outro
passageiro a falecer.
Reprodução/Folha da
Manhã
Reprodução/Folha da
Noite
??.04.1952
Particular
Nord 1203 Norecrin II
Prefixo: PT-ABE
Em dia indeterminado em abril de 1952, na Serra dos Órgãos,
em Teresópolis (RJ), o avião Nord 1203 Norecrin II, prefixo
PT-ABE, caiu em num local conhecido como Pedra do Sino. A
aeronave levava dois passageiros.
Os destroços foram descobertos apenas em agosto, já com os
dois corpos em avançado estado de decomposição. Seis
montanhistas encontraram o que restou da aeronave (pedaços
do motor e carenagem) e os levaram até a sede do Parque da
Serra dos Órgãos.
Foto: Arquivo pessoal do jornalista Wanderley Peres
29.04.1952
FAB - Força Aérea Brasileira
Grumman J4F-2 Widgeon (G-44)
Prefixo: FAB 2673
A aeronave com dois tripulantes a bordo caiu no mar na Baia
da Guanabara, no Rio de Janeiro, após falha no motor. A
tripulação foi resgatada com ferimentos.
28.04.1952
Pan American World Airways
Boeing 377 Stratocruiser 10-26
Prefixo: N1039V
Quando a Madre Superiora Marie Louise Pardieu embarcou no
Voo 202 da Pan American, no Rio de Janeiro, na tarde da
segunda-feira 28 de abril de 1952, não sabia que jamais
chegaria ao seu destino final. Nem ela nem nenhum outro
entre todos os ocupantes do Boeing 377 da Pan American World
Airways.
Talvez, durante o voo, ela tivesse feito uma prece
silenciosa e passado as contas do terço entre seus dedos
enquanto embarcava. O fato é que, numa noite calma, ela e
seus companheiros decolaram para a sua última jornada.
O desaparecimento do Boeing 377 Stratocruiser da Pan Am foi
um dos grandes mistérios da época dourada da aviação.
Leia uma matéria especial
sobre esse acidente, clicando
AQUI.
09.03.1952
Aeronorte
Hunting Percival P.50 Prince
Prefixo: PP-NBA
Durante a decolagem do Aeroporto de Caxias, no Estado do
Maranhão, o avião cargueiro Hunting Percival P.50 Prince
teve um de seus pneus estourados, o que fez com que a
aeronave girasse se acidentando.
Os três ocupantes escaparam
ilesos.
28.02.1952
Panair do Brasil
Douglas DC-3A-393
Prefixo: PP-PCN
O avião decolou do Aeroporto de Goiânia, em Goiás para o voo
389 em direção ao Rio de Janeiro, com escala em Uberlândia,
em Minas Gerais. A bordo estavam quatro tripulantes e 27
passageiros.
No momento em que se aproximava para a aterrissagem em
Uberlândia voando sob baixa visibilidade, o piloto Luis
Ribeiro Marx, conduziu a aeronave a uma perda excessiva de
altura. Quando descrevia uma curva, uma das asas bateu numa
árvore, do que resultou a precipitação do avião contra o
solo.
Morreram três tripulantes e seis passageiros.
Leia mais sobre esse acidente num jornal da época,
clicando
AQUI.
21.02.1952
VARIG
Curtiss C-46A-25-CU Commando
Prefixo: PP-VCB
Assim que iniciou a corrida para a decolagem do Aeroporto
Santos Dumont, no Rio de Janeiro, uma falha no motor nº 1 do
C-46 PP-VCB, impediu que a aeronave ganhasse altura, vindo a
fazer uma pouso de emergência nas águas da Baia da
Guanabara. Sem vítimas fatais.
Você tem mais informações sobre estes ou outros acidentes?
Escreva para nós:
contato@desastresaereos.net
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Fontes:
Folha da Manhã, Folha da Noite, Jornal do Brasil,
Correio da
Manhã, ASN, BAAA-ACRO,
Wikipédia
e FAB.
Edição de texto e imagem: Jorge Tadeu da Silva
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