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ACIDENTES AÉREOS HISTÓRICOS

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O SEQUESTRO DO VOO 375 DA VASP


O voo e o sequestro

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O Voo VASP 375 era uma rota comercial doméstica operada pela Viação Aérea São Paulo (VASP) utilizando um Boeing 737-317. Em 29 de setembro de 1988, a aeronave de prefixo PP-SNT (foto acima), partiu do Aeroporto Internacional de Porto Velho, em Rondônia, com destino ao Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio de Janeiro, com previsão de quatro escalas nos aeroportos de Cuiabá (MT), Brasília (DF), Goiânia (GO) e Belo Horizonte (MG).

 

As primeiras etapas do voo foram percorridas sem intercorrências. Por volta das 10h da manhã, 60 pessoas embarcaram na última etapa do voo, no Aeroporto de Confins, em Belo Horizonte, juntando-se aos outros 38 que já estavam a bordo.

 

Na época, aparelhos de raios-X e detectores de metal não eram utilizados para verificar bagagens no Aeroporto de Confins, o que permitia a passagem livre dos passageiros.

 

O comandante Fernando Murilo de Lima e Silva e o copiloto Salvador Evangelista ao lado da filha Wendy

 

A aeronave era pilotada pelo comandante Fernando Murilo de Lima e Silva, 41 anos, e o copiloto, Salvador "Vângelis" Evangelista, 34 anos. Havia o tripulante extra, o copiloto Gilberto Renhe, 33 anos. Além deles, compunham a tripulação: o chefe de equipe José Ribamar Abreu Pinho, 36 anos; a comissária Angela Maria Rivetti Barros Barroso, 40 anos; o comissário Ronaldo Dias; e o comissário Valente.

 

Os demais tripulantes do voo 375 da VASP

Na fase final do voo, entre Belo Horizonte e Rio de Janeiro, 20 minutos após a decolagem, um dos passageiros anunciou o sequestro da aeronave e ordenou os pilotos para desviar a rota em direção a Brasília, com o objetivo de colidir a aeronave contra o Palácio do Planalto, sede do Gabinete do Presidente do Brasil, devido a um descontentamento do mesmo com ações políticas adotadas pelo presidente José Sarney.

O sequestrador, identificado como Raimundo Nonato Alves da Conceição, de 28 anos, e que portava uma um revolver calibre .32 e mais de 100 balas (alguns relatos dizem que era uma pistola 7.65), disparou contra a porta da cabine de comando (que na época não era blindada).

Ao perceber a situação, o comandante Fernando Murilo acionou pelo transponder o código 7500, que significa sequestro (O código era digitado no transponder, um dispositivo dentro da aeronave que avisa a Cindacta onde a aeronave se localiza). Com o código de sequestro acionado pelo piloto, logo depois, a Força Aérea Brasileira (FAB) mandou um caça Mirage, pilotado pelo tenente Walter Ricardo Gallette, perseguir o avião.

O comissário Ronaldo Dias, que tentou impedir a invasão da cabine, acabou baleado. O sequestrador invadiu a cabine e ordenou que a rota fosse alterada para Brasília.

Em seguida, efetuou mais dois disparos, que atingiram o engenheiro de voo, Gilberto Renhe, (que havia acabado de embarcar em Belo Horizonte) e o terceiro foi efetuado na nuca do copiloto, Salvador Evangelista, que morreu quando pegou o rádio para responder a um chamado da torre de controle de Brasília.

O piloto Fernando Murilo de Lima e Silva, seguiu com a exigência. O plano era arremessar o avião, com 108 passageiros, incluindo ele mesmo e mais sete tripulantes, contra o Palácio do Planalto. O sequestrador gritava: ‘eu quero matar o Sarney. Quero jogar o avião no Planalto!’.

Depois de sobrevoar Brasília por algum tempo, o piloto enganou Raimundo, dizendo que a visibilidade estava ruim, e o convenceu a seguirem para Goiânia. Enquanto sobrevoavam a cidade, aumentava o risco de "pane seca", que é quando o combustível acaba.

Nesse momento, Raimundo pôs a arma na cabeça do piloto e mandou que ele desviasse para São Paulo. Com o copiloto morto e sem mais muito tempo no ar, pensando não ter mais nada a perder, o piloto Fernando Murilo resolveu arriscar.

O piloto – que tinha formação militar – começou a executar manobras consideradas muito perigosas.

Foi assim que, pela única vez na história, um Boeing 737 entrou em um "tunneau barril" – manobra que só é vista entre aviões militares, em que o avião circula o próprio eixo longitudinal –, mesmo desconhecendo se a aeronave poderia sustentar tal manobra, em uma tentativa de derrubar o sequestrador e pousar no aeroporto de Goiânia, o que não funcionou.

O piloto, então, arriscou ainda mais e colocou o avião em "estol", ou seja, em uma queda livre de 9 mil metros, e em parafuso. Raimundo finalmente caiu atordoado, já perto do Aeroporto Santa Genoveva, em Goiânia.

O piloto Fernando Murilo conseguiu pousar em segurança. No entanto, Raimundo recuperou a arma e o domínio do avião, e foi iniciada uma negociação com a polícia que ainda durou duas horas.

Com o avião em terra firme, o terror que os passageiros haviam sentido durante o tonneau e o parafuso deu lugar a um sentimento de sofrida ansiedade. O homem lá na frente não dava sinais de haver entregado os pontos. Muitos se lembravam de cenas, que a televisão volta e meia mostrava, de sequestros em diversos lugares do mundo, nos quais o avião decolava, pousava, decolava, pousava, às vezes percorrendo diversos países antes do desfecho.

Uma equipe da TV Globo filmara toda a cena — que parecia ter-se processado em câmara lenta — e a transmitira ao vivo para todo o país.

Quinze minutos depois da aterrissagem, tiveram início negociações entre o sequestrador e a torre do aeroporto, conduzidas por intermédio do comandante. Aparentemente, Raimundo Nonato se conformara com o pouso e, pelo menos naquele instante, não consistia em ameaça para o piloto.

Murilo mantinha ligada a APU, unidade geradora auxiliar, pequena turbina localizada na cauda do avião, que podia funcionar durante algumas horas com resíduos de combustível. Assim, era possível usar o sistema de rádio, o que lhe permitia conversar com a torre.

O sequestrador pediu para por o som da torre no alto-falante da cabine de comando e passou a ouvir a conversa. Ordenou que o piloto mandasse reabastecer o avião, para que pudessem voar para Brasília.

Mesmo supondo que as autoridades jamais consentiriam no abastecimento da aeronave, Murilo concordou em transmitir o pedido. Mas, antes, queria que o corpo de Vângelis fosse removido do cockpit. O sequestror negou o pedido.

A polícia ocupara toda a área onde o Boeing se encontrava, numa das extremidades da pista.

No interior do avião, um dos passageiros se levantou e pediu ao sequestrador que permitisse que as mulheres, crianças e tripulantes feridos fossem libertados. O pedido foi prontamente rejeitado.

Entretanto, algum tempo depois, os passageiros sentados do lado esquerdo perceberam que uma escada estava sendo conduzida para junto da porta principal do Boeing. Raimundo Nonato autorizara que um trator a trouxesse, desde que o tratorista estivesse vestindo apenas um calção, para não surpreendêlo com uma arma. Depois de muita insistência do comandante, Nonato decidira permitir o desembarque do morto e dos feridos. Mas não das mulheres e crianças.

Houve grande comoção a bordo quando Pinho, Renhe e os dois comissários retiraram o morto da galley. Ao ver as roupas cobertas de sangue, e o buraco negro no lugar do olho, alguns passageiros das primeiras filas também vomitaram.

O corpo do copiloto Vângelis é retirado do Boeing: o drama ainda não tinha terminado

Os dois feridos desceram carregando o cadáver. Renhe, de costas, sentia o osso quebrado ranger. Segurava Vângelis pelas pernas. Dias, pelas axilas. Quando alcançou a pista, Renhe olhou para cima, à esquerda, e viu que o comandante, de sua janela, assistia ao desembarque. Murilo parecia desolado e chorava. O que não o impediu de fazer um sinal para os que desembarcavam, ordenando-lhes que fossem embora. Que se mandassem dali.

Eram cinco para as três da tarde. Dois maqueiros esperavam do lado de fora e levaram o corpo até uma ambulância estacionada a uns 200 metros do Boeing.

Depois que o chefe de equipe Pinho e os tripulantes feridos (carregando o cadáver) saíram do Boeing, Raimundo Nonato mandou que a escada fosse retirada. Murilo transmitiu a exigência à torre e foi atendido.

Com o Boeing parado na pista de pouso, o Aeroporto Santa Genoveva encontrava-se interditado. Os voos que para lá se dirigiam foram desviados para Brasília e Anápolis. Mas, estando o SNT próximo a uma das cabeceiras, havia, na faixa de pista que sobrava, espaço suficiente para a aterragem de aviões menores. Às 15h, pousou um Bandeirante da FAB, lotado de agentes da Polícia Federal.

As negociações prosseguiam, sempre através de Murilo. O sequestrador exigia o reabastecimento do avião. Concordava em se render às autoridades, mas só o faria em Brasília. Não voltara a mencionar ao comandante a possibilidade de jogar o Boeing sobre o palácio.

As autoridades aeronáuticas haviam decidido que o avião em hipótese alguma seria liberado para decolar. O próprio presidente da República, José Sarney, fora ouvido a respeito e concordara: nenhuma negociação sobre esse ponto.

Nas imediações do Boeing, aos poucos, atiradores de elite iam se posicionando em locais estratégicos, antevendo a possibilidade de o sequestrador surgir junto a uma das janelas do cockpit, onde, com muita perícia e sorte, poderiam abatê-lo.

Nonato se inquietava com a movimentação dos soldados e exigiu que fossem afastados. Como não foi atendido, mandou o comandante avisar as autoridades que iria executar um dos reféns. A ameaça surtiu efeito: o movimento cessou imediatamente.

Na torre, além do pessoal de serviço, e de agentes da Polícia Federal, estava o secretário de Segurança Pública de Goiás, Ronaldo Jaime, e o presidente da Vasp, Sidney Franco da Rocha, que acabara de chegar de São Paulo num Lear Jet que pousara na pista de taxiamento. Trouxera consigo, além do chefe dos pilotos da empresa, um outro comandante, aposentado, que parecia ter ligações com a polícia e que assumiu as funções de negociador.

Não podia haver pessoa mais inábil. Ao falar com Murilo, referia-se ao sequestrador — que ouvia a conversa através do alto-falante do cockpit — como boiola, baitola, não raro filho da puta.

Após cogitar pedir um caça para atacar o Palácio do Planalto e ser convencido pelo piloto de que seria inviável o pedido, como parte da negociação, a Polícia Federal atendeu a uma exigência do sequestrador por uma aeronave menor, e colocou um avião Bandeirante à disposição de Raimundo.

O Bandeirante se aproximou com as luzes de navegação piscando e os faróis acesos. Em seu interior, aparentemente, havia apenas um piloto, de calção e sem camisa, conforme exigira o sequestrador. Também por ordem de Nonato, a aeronave deu quatro voltas ao redor do Boeing. Parou a uma distância de uns 50 metros da escada.

O Bandeirante estacionado ao lado do Boeing era uma armadilha, cuidadosamente preparada pela polícia, para eliminar o sequestrador. Estava sem porta e sem escada. Em seu interior, na parte traseira, havia um plástico preto, espécie de cortina, com pequenos furos, por trás da qual um atirador empunhavauma pistola .765. Para alçar-se na aeronave, Nonato teria de usar as duas mãos, momento em que ficaria extremamente vulnerável a um ataque.

À noite, às 19h, Raimundo Conceição desceu da aeronave usando o piloto como escudo humano se dirigindo ao avião menor. Foi alvejado com dois tiros na altura dos rins por agentes de elite da Polícia Federal. Uma terceira bala também atingiu o piloto, na perna.

Encaminhado a um hospital, o sequestrador passou por uma cirurgia de emergência. Um boletim médico, divulgado às 20h30, revelou que Raimundo recebera três tiros no flanco direito, à altura dos rins. Sua pressão arterial e outros sinais vitais eram normais. O dono do hospital, doutor Ludovico de Almeida, que o assistia, disse que o paciente não corria risco de vida.

Três horas mais tarde, os médicos permitiram que a imprensa registrasse as primeiras fotos do sequestrador, no momento em que saía do centro cirúrgico, onde fora operado. Ainda sob o efeito de anestésicos, Nonato foi algemado ao leito da UTI. Do lado de fora da unidade, agentes da Polícia Federal se mantinham em vigília.

Na manhã de sexta-feira, o hospital divulgou novo boletim sobre o estado de saúde de Raimundo Nonato. Os médicos informaram que, não fossem os tranquilizantes com os quais fora medicado, ele já poderia andar. Nonato foi transferido da UTI para um apartamento. Sempre algemado ao leito, era vigiado o tempo todo pela polícia.

No Hotel Umuarama, onde haviam passado a noite, os passageiros do VP-375 tomaram o café da manhã cercados por repórteres e por cinegrafistas da televisão. Foram unânimes em declarar que deviam suas vidas à perícia e ao sangue-frio do comandante.

Entre os passageiros e tripulantes do VP-375, ficou uma grande dúvida a respeito do caça Mirage que a FAB enviou para interceptar o Boeing. Na época do sequestro, alguns jornais informaram que a missão do Mirage era derrubar o 737, caso este voasse na direção do Palácio do Planalto ou de algum outro prédio público de Brasília.

O voo 375 da VASP sendo acompanhado pelo caça Mirage da FAB (Imagem: Reprodução/TV Globo)

O então ministro-chefe do Gabinete Civil da Presidência da República, Ronaldo Costa Couto — cujo irmão, Francisco de Assis Costa Couto, encontrava-se a bordo do 737 sequestrado —, esclareceu que em momento algum o palácio soube da intenção camicase do sequestrador. Tanto que, enquanto o Vasp 375 orbitava ao redor de Brasília, o presidente José Sarney permaneceu em seu gabinete.

Os tripulantes Murilo, Renhe e Dias receberam alta do hospital naquela manhã. O caso mais grave era o de Renhe, que, com fratura no perônio, saiu numa cadeira de rodas. Como não podia deixar de ser, Murilo foi atropelado por um batalhão de repórteres. No início da tarde, o copiloto Salvador Evangelista foi enterrado em Curitiba.

Ao acordar dos sedativos, Raimundo Nonato quis saber onde estava. Admitiu que havia feito uma loucura e começou a chorar. Disse aos médicos e policiais que sequestrara o avião em protesto contra o presidente José Sarney, seu conterrâneo, que não prendia os corruptos nem acabava com a inflação.

No sábado, numa entrevista ao telejornal Hoje, da TV Globo, o doutor Ludovico disse, entre outras coisas, que o estado de saúde do sequestrador continuava evoluindo bem e que logo ele poderia ser interrogado pela polícia.

Com efeito, no domingo, um delegado e um escrivão da Polícia Federal puderam tomar o primeiro depoimento do paciente. Foi a última coisa que Raimundo Nonato fez em vida.

Nesses depoimentos colhidos pela polícia no hospital, foi levantado que o maranhense Raimundo Nonato Alves da Conceição nasceu em Vitorino Freire, vindo de uma família pobre do interior do Pará, e tinha um estilo de vida reservado e sem vícios. Foi tratorista em várias empresas de construção, e chegou a trabalhar em obras da empreiteira Mendes Júnior no Iraque.

O sequestrador Raimundo Nonato Alves da Conceição

Na época do sequestro, com 28 anos, havia sido demitido de uma obra, e ficou em situação difícil por não conseguir encontrar outro emprego. No final da década de 80, o Brasil enfrentava uma péssima fase econômica com elevados índices de desemprego e inflação. Raimundo decidiu punir quem achava ser culpado pela má situação pela qual ele e o país passavam: o então presidente da República, José Sarney, lançando um avião contra o Palácio do Planalto, onde fica o Gabinete Presidencial.

No dia 8 de agosto, Nonato viajou para o Rio de Janeiro, pela Ponte Aérea, para estudar a execução do plano que tinha em mente. Voltou de ônibus para Belo Horizonte.

Duas semanas depois, inverteu o processo. Foi de ônibus para o Rio e retornou de avião. Verificou que, no Aeroporto do Galeão, as bagagens de mão dos passageiros eram submetidas a revistas, por intermédio de aparelhos de raios X.

A terceira tentativa se deu no dia 10 de setembro. Foi de avião e voltou de ônibus. Confirmou o que observara na primeira viagem: no Aeroporto de Confins, nem as bagagens nem os passageiros eram submetidos a detetores de metais.

As três viagens haviam consumido o restante de suas economias. Agora sobrara-lhe apenas o suficiente para uma passagem aérea de ida. Nonato jurou a si mesmo que não iria hesitar.

Quando tudo indicava que seria transferido para uma prisão, para aguardar julgamento, Nonato morreu em seu leito de hospital. Sua morte foi tão misteriosa e inesperada que os médicos do Santa Genoveva, e os legistas de Goiânia, recusaram-se a fornecer um atestado de óbito.

Foi preciso que a Polícia Federal convocasse, às pressas, em Campinas, o legista da Unicamp, professor Fortunato Badan Palhares. Que, para tranquilidade geral (murmurava-se nos corredores do hospital que Nonato fora assassinado pela própria polícia com uma injeção letal), silenciou os desconfiados ao atestar que o sequestrador do Vasp 375, e assassino de seu copiloto, morrera de um quadro infeccioso por ser portador de anemia falciforme, uma doença congênita.

Como Badan Palhares era profissional dos mais conceituados — sendo inclusive o acadêmico que, anos antes, identificara uma ossada como sendo a do carrasco nazista, e também médico, Josef Mengele (laudo, diga-se de passagem, não aceito pelo governo de Israel) —, o assunto foi esquecido.

Quando, muitos anos depois, Badan Palhares se envolveu com diversas autópsias controversas (inclusive a do empresário P. C. Farias, em Alagoas), ninguém se lembrou do longínquo caso de Goiânia para por em dúvida a legitimidade do laudo cadavérico de Raimundo Nonato Alves da Conceição.

Embora o feito do comandante Fernando Murilo não seja muito conhecido do grande público, ele costuma ser lembrado com admiração por pilotos de todo o Brasil.

Na época do sequestro, técnicos da Boeing examinaram os registros do FDR (gravador dos parâmetros de voo) do PP-SNT e se surpreenderam com as manobras executadas pelo comandante do Vasp 375. Teoricamente, a aeronave não poderia tê-las suportado.

O comandante Fernando Murilo foi condecorado com a Ordem do Mérito Aeronáutico na época do acidente, mas nunca recebeu um agradecimento oficial da presidência pelos seus feitos.

Em 2001, 13 anos após o acidente, o piloto recebeu o troféu Destaque Aeronauta do Sindicato Nacional dos Aeronautas por sua contribuição em evitar uma tragédia maior naquele dia. Fernando faleceu em 26 de agosto de 2020, aos 76 anos, por insuficiência respiratória.

Em 2011, a Infraero foi condenada em segunda instância a pagar uma indenização de R$250 mil para Wendy Evangelista, filha do copiloto Salvador Evangelista que morreu no sequestro. A justiça considerou que a entrada de um passageiro com um revólver dentro do avião foi um erro grave, não existindo normas de segurança adequadas na época.

Na cultura popular, em 2000, o sequestro foi descrito no livro "Caixa-preta" do escritor brasileiro Ivan Sant'anna. Em 2023, a produtora Escarlate, produziu um filme sobre o caso intitulado de "O Sequestro do Voo 375". O filme foi gravado nos estúdios da antiga Companhia Cinematográfica Vera Cruz. Veja abaixo o trailer oficial do filme:

Com informações do livro 'Caixa Preta' de Ivan Sant'anna, Estadão, g1, BBC, ASN

 


Reprodução dos jornais da época

 

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O pilO piloto Murilo (à dir.) mostra como o colega foi morto (Foto: Luiz Antônio/Agência O Globo)

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Texto e edição de imagens por Jorge Tadeu da Silva


 

Fontes de pesquisa: livro 'Caixa Preta' de Ivan Sant'anna, Estadão, g1, BBC, ASN

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