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O 11 de setembro é como conhecemos
os atentados terroristas realizados pela Al-Qaeda contra as Torres
Gêmeas e contra o Pentágono no dia 11 de setembro de 2001. Nesse
atentado, fundamentalistas islâmicos sequestraram aviões comerciais e
lançaram-nos contra os alvos citados, resultando em milhares de mortos.
O ano era 2001, muitos americanos
acordavam de manhã para um dia normal de trabalho. Era só mais uma
terça-feira comum. Até que, por volta de 9 horas, um avião colide contra
uma das torres do World Trade Center (WTC), um grande complexo comercial
localizado na cidade de Nova York. A princípio, pareceu um acidente. Não
fosse por 20 minutos depois, outra aeronave colidir com o segundo
prédio.Pânico tomava conta não só da população novaiorquina, mas de todo
o mundo.
O dia do ataque
O atentado de 11 de
setembro foi organizado pela Al-Qaeda durante anos e inserido dentro do
conceito de jihad (ideia de guerra santa que faz parte da religião
islâmica e que é explorada pelos grupos fundamentalistas). O ataque foi
muito bem planejado e usou 19 terroristas para sequestrar os aviões
comerciais e cumprir seus propósitos.
O primeiro alvo dos terroristas no
11 de setembro foram as Torres Gêmeas, que faziam parte do complexo do
World Trade Center.
Os terroristas embarcaram em quatro
voos diferentes que decolaram da costa leste dos Estados Unidos e que
pousariam na Califórnia. Os quatro voos eram de diferentes empresas
aéreas norte-americanas, a American Airlines (AA) e a United Airlines (UA).
Os voos eram os seguintes:
Voo 11 da AA - Boeing 767-223ER,
prefixo N334AA, da American Airlines (foto acima): esse voo decolou de
Boston e ia para Los Angeles. Foi o primeiro avião a colidir contra as
Torres Gêmeas e atingiu a Torre Norte.
Voo 175 da UA - Boeing 767-222,
prefixo N612UA, da United Airlines (foto acima): esse voo também decolou
de Boston e ia a Los Angeles. Foi o segundo avião a colidir contra as
Torres Gêmeas e atingiu a Torre Sul.
Voo 77 da AA - Boeing 757-223,
prefixo N644AA, da American Airlines (foto acima): esse voo decolou de
Washington e ia para Los Angeles. Foi lançado contra o Pentágono.
Voo 93 da UA - Boeing 757-222,
prefixo N591UA, da United Airlines (foto acima): esse voo decolou de
Newark e ia para São Francisco. Seria lançado contra o Capitólio, mas
caiu antes de atingir seu alvo.
Um resumo do que aconteceu
Tudo começou com o embarque dos 19
terroristas nos voos citados. Depois que as aeronaves estavam no espaço
aéreo americano, os terroristas tomaram controle delas para realizar o
plano. O voo 11 da AA decolou às 07h59 e, logo depois, às 08h46, foi
lançado contra a Torre Norte do World Trade Center.
O World Trade Center era um
complexo formado por sete edifícios, sendo as Torres Gêmeas as mais
conhecidas. Esse complexo tinha sido inaugurado em 1973 e era um dos
cartões-postais de Nova Iorque. O complexo ficava no centro financeiro
dessa cidade e, na hora do ataque, cerca de 15 mil pessoas estavam no
prédio.
Poucos minutos depois, às 09h03, o
voo 175 da AA foi lançado contra a Torre Sul do World Trade Center. O
ataque à segunda torre ampliou o grau de devastação do atentado e
aumentou o número de mortos em Nova Iorque.
Às 09h37, o voo 77 da AA foi
lançado contra o Pentágono, prédio que sediava o Departamento de Defesa
dos Estados Unidos. A essa altura, a informação de que o país passava
por um atentado terrorista já era do conhecimento das autoridades e das
pessoas comuns – como as que estavam no voo 93 da UA. Os passageiros que
estavam nesse voo conseguiram comunicar-se com conhecidos fora do avião
e ficaram sabendo do que se passava.
Os passageiros do voo 93 acabaram
rebelando-se contra os terroristas, que optaram por lançar o avião na
zona rural de Shanksville, localizada no estado da Pensilvânia, às
10:03. O alvo desse voo era o Capitólio, centro do Poder Legislativo dos
EUA.
O voo 77 da American Airlines foi
lançado contra o Pentágono, resultando na morte de 125 pessoas.
Uma vez que os ataques estavam em
curso, as autoridades intervieram para minimizar a quantidade de mortos
e para resgatar feridos. Logo após o ataque à primeira torre, a imprensa
começou a fazer a cobertura do atentado e, no momento em que a segunda
torre foi atacada, as imagens foram transmitidas ao vivo para o mundo.
A transmissão do desdobramento dos
ataques contra as Torres Gêmeas acompanhou o trabalho de resgate e o
incêndio que atingiu o prédio. O incêndio estendeu-se por alguns minutos
nos mais altos andares das Torres Gêmeas e resultou no superaquecimento
da estrutura do prédio, que não suportou e desmoronou.
Às 09h59, a Torre Sul desmoronou e,
às 10h28, a Torre Norte também desmoronou. A respeito do momento do
ataque contra o Pentágono, as imagens disponíveis são muito precárias.
Também não existem imagens disponíveis sobre o momento da queda do voo
93 da UA.
Saldo dos ataques
Após realizado todo o trabalho de
contagem das vítimas, concluiu-se que o atentado de 11 de setembro
resultou em 2996 mortes, das quais 2606 são de pessoas que morreram em
Nova Iorque, 125 morreram no Pentágono, 246 morreram nos aviões
(tripulação e passageiros inclusos). Por fim, contabiliza-se também a
morte dos 19 terroristas.
Além disso, esse foi o primeiro
grande ataque que os Estados Unidos sofreram em seu território desde o
ataque realizado pelos japoneses contra a base naval de Pearl Harbor, em
1941.
Quem foram os autores do
ataque?
O atentado de 11 de setembro foi
realizado pela organização terrorista conhecida como Al-Qaeda. Essa
organização surgiu no final da década de 1980, durante a Guerra do
Afeganistão, e tinha em Osama bin Laden um de seus fundadores e seu
líder.
Outro nome importante na
organização do atentado foi o de Khalid Sheikh Mohammed. Ele é
considerado o arquiteto do ataque e atualmente está preso à espera de
julgamento pelo seu papel no 11 de setembro. Acredita-se que o
julgamento de Khalid deverá acontecer em algum momento de 2021.
Motivações para o ataque
Podemos considerar que o grande
motivo do ataque foi o extremismo de bin Laden e sua organização. Esse
extremismo considerava os Estados Unidos como um grande inimigo por
causa da presença de tropas americanas no Oriente Médio. A relação de
Osama bin Laden com os Estados Unidos remonta à década de 1980.
No final da década de 1970,
motivados pelo contexto da Guerra Fria, os americanos passaram a
investir em forças de oposição no interior do Afeganistão. O objetivo
era enfraquecer o governo comunista daquele país e forçar os soviéticos
a intervir na situação (a ideia era fazer a União Soviética gastar
recursos em uma guerra).
Os americanos passaram a apoiar
grupos reacionários do interior do país, que passaram a receber dinheiro
e armas dos EUA. Esses grupos, conhecidos como mujahidin, convocaram um
jihad contra os soviéticos – depois que o Afeganistão foi invadido pela
URSS – e começaram a defender ideias conservadoras, o que resultou em
fundamentalismo islâmico. No curso da guerra, Osama bin Laden foi
convocado a aderir à guerra e, por isso, foi para o Afeganistão.
No final da década de 1980, bin
Laden resolveu estender sua luta contra os infiéis para fora do
Afeganistão e, por isso, participou da criação da Al-Qaeda. Até aqui, a
relação de bin Laden com os americanos era ótima, mas veio a Guerra do
Golfo e tudo mudou.
Em 1990, o Kuwait foi invadido pelo
Iraque, e a família real kuwaitiana foi abrigada em Riad, capital da
Arábia Saudita. A situação azedou as relações entre sauditas e
iraquianos e colocou no ar a possibilidade de invasão do território
saudita pelas tropas iraquianas. Bin Laden, aproveitando-se disso,
ofertou ao governo saudita as suas tropas (da Al-Qaeda) para proteger o
território da Arábia.
Os sauditas, por sua vez, recusaram
o apoio de bin Laden e aceitaram a ajuda dos norte-americanos. Bin Laden
considerou isso uma grande ofensa, afirmando ser um sacrilégio o fato de
“infiéis” estarem protegendo o solo sagrado da Arábia Saudita. Ele
afirmava que o solo saudita estava sendo profanado. Assim, bin Laden
desenvolveu um ódio profundo pelos EUA.
Essa situação levou bin Laden a ser
expulso da Arábia Saudita e, por isso, refugiou-se no Sudão e, depois,
no Afeganistão, local onde a Al-Qaeda organizou o ataque contra os
Estados Unidos como forma de vingança.
Consequências
Em outubro de 2001, tropas
americanas invadiram o Afeganistão com o objetivo de derrubar o Talibã
do poder.
O atentado de 11 de setembro gerou
uma grande comoção nos Estados Unidos, e a reação do governo
norte-americano foi imediata. Em outubro de 2001, o exército americano
iniciou a invasão do Afeganistão. O objetivo era derrubar o Talibã, o
governo (também de orientação fundamentalista) que havia dado abrigo à
Al-Qaeda.
No caso dos Estados Unidos, as
normas de segurança de voos comerciais tornaram-se extremamente rígidas,
e o país tomou medidas duras para combater o terrorismo. Por essa razão,
foi criada uma lei chamada de Ato Patriota, que, posteriormente, foi
substituída pelo USA Freedom Act.
Memorial às vítimas dos atentados
de 11 de setembro
Os relatos dos acontecimentos com
cada um dos quatro voos envolvidos no ataque terrorista contra os
Estados Unidos, você acompanha nas matérias clicando no índice abaixo:
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