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23.12.1946
FAMA - Flota Aérea Mercante Argentina
Avro 685 York I
Prefixo:
LV-XIG
O Avro 685 York I prefixo LV-XIG
O Avro 685 York I prefixo LV-XIG da FAMA - Flota Aérea
Mercante Argentina decolou de Londres
no dia 22 de dezembro, fazendo escalas em Paris, Dakar e
Natal. Essa seria a viagem transatlântica inaugural entre a
Argentina e a Grã Bretanha.
No dia 23, ao se aproximar do Rio (última
escala antes de Buenos Aires- destino final do voo
transatlântico) se deparou com mau tempo, principalmente
chuva forte, contatando a torre do aeroporto do Galeão por
volta das 11h30min (hora local). Sua chegada estava
prevista para as 12:30 min.
Durante a aproximação para o pouso, a
aeronave se perdeu em denso nevoeiro indo de encontro a uma
elevação na região do Morro do Sertão por volta das 12h00
min, à oeste do Parque Nacional da Tijuca. Como a aeronave
estava próxima do pouso, transportando pouco combustível,
acabou não explodindo. Isso dificultou a localização dos
destroços, localizados por agricultores locais algumas horas
depois da queda. Por conta do local ser de difícil acesso,
os bombeiros iniciariam a retirada dos corpos mais de 12
horas depois do acidente.
Dos 21 ocupantes, apenas 2 sobreviveriam ao
choque. Um dos sobreviventes, Enrique Lacroix (funcionário
da FAMA), faleceria por conta da gravidade dos ferimentos.
Com isso, apenas Claudio Mendoza Rios (tenente da Força
Aérea Peruana) sobreviveria ao desastre. Entre os mortos
estava o ex interventor da província de Salta e então
ministro da embaixada argentina em Portugal, Arturo Fassio.
Durante a remoção dos destroços foram
encontrados bens valiosos entre a bagagem dos passageiros
como dinheiro e jóias. Esses bens seriam furtados por conta
da ineficiência das autoridades, que notariam o furto apenas
muitos dias depois.
O acidente no Rio seria o primeiro dos 7
acidentes graves sofridos pela FAMA sua curta existência.
Naquela época, as cartas aeronáuticas não eram precisas e
era raros serem encontrados erros na altitude de morros e
montanhas. Aliado ao mau tempo e a inexistência (à época) de
eficientes equipamentos para proporcionar um voo seguro por
instrumentos contribuiriam para o acidente.
Por conta do controle da empresa argentina
pertencer ao governo argentino, muitos pilotos militares
assumiram o comando de suas aeronaves. Esses pilotos
militares protagonizariam diversos atos de desrespeito às
autoridades aéreas brasileiras. Era frequente o desrespeito
de ordens da torre de controle, pousos não programados e não
autorizados previamente. Esse comportamento rendeu diversas
punições aos aviadores argentinos.
Clique aqui e veja a notícia da época publicada no Diário da
Noite
Clique aqui e veja a notícia
da época publicada no Correio da Manhã
Clique aqui e veja a notícia
da época publicada no Jornal do Brasil
04.12.1946
FAB – Força Aérea Brasileira
Beechcraft AT-7 Navigator
Prefixo: ***
A aeronave colidiu contra o Pico do Couto, na Serra das
Araras, entre os municípios de Vassouras e Petrópolis, no
estado do Rio de Janeiro, e explodiu em chamas.
De acordo
com o jornal Folha da Manhã, as cinco vítimas do acidente
foram o Primeiro Aviador José Maria Anastácio Guimarães, o
Segundo Tenente Aviador da Reserva Convocado José Eduardo
Junqueira de Andrade e os três Cadetes, Marcelo Prado,
Humberto Boyd e João Alves Afonso.
22.10.1946
Panair do Brasil
Lockheed L-18 Lodestar
Prefixo: PP-PBQ
A aeronave, pilotada pelo Cmte. Bruno Rotta,
entrou numa tempestade, encontrando condições extremamente
adversas, que chegaram a danificá-la com alguma seriedade.
Por exemplo, as antenas de rádio foram arrancadas pela
severidade dos ventos encontrados. Sem comunicação e com sua
aeronave avariada, o Cmte. Rotta trouxe seu Lodestar para
pouso em emergência, acidentando-se ao pousar numa pista
improvisada na cidade de Catanduva, SP.
A aeronave
construída em 1941, foi equipada com dois motores Pratt &
Whitney Twin Wasp S1C3G. Adquirida pela Pan American Airways
(Pan Am), em 1941, foi diretamente transferida à Panair do
Brasil, em meados de 1941 e foi matriculada PP-PBQ.
Além do
acidente relatado acima, em 18 de outubro, essa mesma
aeronave sofreu danos durante pouso forçado em condições
adversas. Reparada, não resistiu à decolagem. Em 06 de
dezembro de 1946, a requerimento da Panair, foi cancelado o
registro PP-PBQ (DOU de 09/12/1946, p. 5, Seção I).
Fonte: Jose
C Silveira Junior
11.10.1946
Força Aérea dos Estados Unidos (USAAF)
Beechcraft C-45F Expeditor
Prefixo: 44-87040
Acidentado a 7 milhas a oeste do Rio de Janeiro, RJ.
27.09.1946
Panair do Brasil
Douglas DC-3A-228D
Prefixo:
PP-PCH
Na tarde do dia 27 de setembro de 1946, o avião Douglas
DC-3A-228D, prefixo PP-PCH, da Panair do Brasil (imagem
abaixo), decolou às 16h10, do aeródromo de Lagoa Santa (hoje
Aeroporto da Pampulha), em Belo Horizonte, com destino ao
Rio de Janeiro, levando a bordo 22 passageiros e três
tripulantes.
O DC-3 comandado por Otávio Bezerra Cavalcanti fez seus
último contato por rádio com a estação da Panair às 16h38,
quando sobrevoava a cidade de Conselheiro Lafaiete, ainda em
Minas Gerais.
O avião não pousou no aeroporto de Santos Dumont, nem deu
notícias. As buscas por sua localização foram desencadeadas.
Alguns moradores da região de Alto do Rio Doce (MG) disseram
ter ouvido uma forte explosão por volta das 16h40 que
confundiram com um trovão devido à forte tempestade que
havia naquele momento.
Às 16h40, após penetrar num possível cumulonimbus, onde
perderia sustentação, o Douglas DC-3 bateu no morro dos
Marimbondos, na Serra da Samambaia, próxima ao povoado de
Abreus, a cerca de 12 km da zona urbana de Alto Rio Doce,
próximo a Barbacena, no interior de Minas Gerais. Todos os
seus 25 ocupantes morreram no acidente.
Voando por instrumentos e sem contar com radar meteorológico
para identificar zonas de turbulência fortes, a turbulência
grave levou a perder o controle do avião. O avião caiu e
colidiu com o solo a alta velocidade.
28.04.1946
Syndicato Condor
Douglas DC-3 (C-47B-28-DK)
Prefixo:
PP-CCD
Durante o voo,
o DC-3 batizado Syndicato Condor 'Tupinamba' enfrentou uma pane e teve de fazer um pouso forçado no Rio
Negro, próximo a Barcelos, no Amazonas. Após o impacto, a
aeronave flutuou um pouco e acabou afundando, sem contudo
provocar ferimentos fatais em nenhum dos ocupantes.
21.04.1946
Syndicato Condor
Douglas DC-3
(C-47B-23-DK)
Prefixo: PP-CCA
A aeronave batizada Syndicato Condor 'Tabajara', acidentou-se durante o pouso em Corumbá. Perda total.
Sem vítimas.
21.04.1946
Linha
Aérea Transcontinental Brasileira
Avro 652A Anson Mk 1
Prefixo:
PP-
ATC
Acidentou-se durante o pouso em São Paulo, SP. Sem vítimas.
08.03.1946
Companhia Meridional
de Transportes Aéreos
Avro 652A Anson Mk 1
Prefixo: PP-MTC
Acidente ocorrido no Rio de Janeiro,
RJ. Sem vítimas.
05.02.1946
Syndicato Condor
Douglas DC-3 (C-47B-23-DK)
Prefixo:
PP-CBS
Queda do DC-3, PP-CBS, pegou fogo ao pousar no
Aeroporto de Ilhéus, BA, sofrendo graves ferimentos o piloto
Cyro de Araújo França e o co-piloto Karl August Werner. O
comandante França viria a falecer no comando de um Convair
240 da Cruzeiro em Vitória, ES, em 1962.
10.01.1946
Força Aérea dos Estados Unidos (USAAF)
Boeing TB-17H Flying Fortress
Prefixo: 44-83580
Acidentado na Praia de Muriú, em Natal, RN.
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Fontes:
ASN, BAAA-ACRO, USAAF,
Wikipédia, Folha da Manhã e Jornal do Brasil
Edição de texto e imagem: Jorge Tadeu da Silva