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ÍNDICE

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Os 24 segundos

do voo 402

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O caos em solo

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Gráficos, mapas e imagens relacionados ao acidente

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As Vítimas

 

Fotos da tragédia

 

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Personagens da tragédia

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O Fokker 100 e os dados

do avião e do voo

A caixa-preta

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O Relatório Final

(síntese)

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.

Meu depoimento

sobre o acidente

.

Notícias da época do acidente comentadas

.A questão das

indenizações

.Vídeos sobre

o Acidente

.

Opinião e Análise

.

Outras matérias

importantes

Fontes de Pesquisa

 

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Personagens da tragédia

 

O drama das vítimas, a consternação das testemunhas e a alegria de quem escapou

A dor

O adeus da loba


REGINA LEMOS
jornalista, 46 anos

 

Ela andava exultante nos últimos dias. A uma das suas amigas mais íntimas, disse que "estava começando a viver de novo". A jornalista carioca Regina Lemos Valério, 46 anos, se referia à superação de uma grande tragédia pessoal.

 

Em junho de 1994, seu terceiro marido, o publicitário Antônio Carlos Patrício Valério, então com 33 anos, foi morto estupidamente por um tiro do estudante Clibas Cortez numa lanchonete de São Paulo. O pecado de Tonhão, como era mais conhecido, foi tentar apartar uma briga de adolescentes.

 

A perda fez com que Regina se mobilizasse numa bem-articulada campanha pelo desarmamento da população civil, que chegou à televisão. A disposição com que abraçou a causa confirmava seu espírito guerreiro. Sua mais recente empreitada era o bem-sucedido projeto da revista Mais vida, publicada pela editora de Isto É. O 11o número da revista foi o segundo feito sob a supervisão de Regina. Com circulação nacional e uma tiragem de 60 mil exemplares, Mais vida ia de encontro a uma das maiores motivações da jornalista: oferecer a mulheres maduras como ela indicações para uma vida plena, a partir de uma visão de equilíbrio de corpo, mente e espírito.

 

O novo desafio a entusiasmara tanto que, na quarta-feira 30, mesmo sabendo que teria de acordar bem cedo para viajar, trabalhou até tarde. Transcreveu de uma fita cassete a entrevista que fez com a modelo Fabiana Scaransi, capa de uma das próximas edições da revista. Ainda posou para o fotógrafo Renato dos Anjos, que prepara um calendário com flagrantes de jornalistas em seu ambiente de trabalho. Na mesa de Regina, estava um vaso com rosas brancas, sua flor preferida.

O final de semana seria de muito trabalho, até seu retorno a São Paulo, programado para segunda-feira. No Rio de Janeiro coordenaria a sessão de fotos para uma matéria sobre caminhadas à beira-mar. Regina se dedicava a um projeto de vida, o de elevar a auto-estima da mulher de meia idade. Em 1994, abdicou do cargo de diretora de redação da revista Marie Claire para escrever o livro Quarenta: a idade da loba (editora Globo). Num trabalho de fôlego, entrevistou 96 mulheres, entre anônimas a estrelas como Irene Ravache e Vera Fischer.

 

Com um tom confessional, elas expõem suas inseguranças em relação às limitações da idade, ao mesmo tempo em que se colocam aptas a novas descobertas. O clima íntimo das entrevistas já era uma marca da revista Marie Claire brasileira, lançada por Regina em 1991. "Tivemos coragem de mostrar um lado real do País e isso despertou um sentimento de credibilidade e solidariedade da leitora", diz Mônica Serino, sua melhor amiga, que trabalhou com ela e a sucedeu na direção da Marie Claire.

O sucesso de Regina na direção da revista fez com que em 1995 ela fosse convidada para assessorar a redação da Marie Claire portuguesa. A temporada de oito meses em Lisboa só era interrompida para que ela acompanhasse de perto o inquérito que apura a morte do marido. De volta ao Brasil, pensava em escrever um novo livro, agora sobre os sentimentos masculinos, enquanto atuava em outros projetos editoriais. Com 20 anos de profissão, 17 dos quais dedicados a imprensa feminina, Regina, entre outros trabalhos, assinou uma coluna de moda no Jornal da Tarde, de São Paulo, onde também foi editora.

 

Charmosa e bem-humorada, Regina foi hippie na adolescência e defendeu causas libertárias que a empolgavam até hoje. Em 1988, sua generosidade a fez visitar sistematicamente uma solitária detenta da Penitenciária Feminina de São Paulo. Ultimamente, além do trabalho, outro motivo de alegria era a notícia de que seria avó pela segunda vez. Sua filha com o primeiro marido, Heitor, já falecido, Inês Lemos Raddatz, que mora em Berlim e é mãe de Maria, de seis anos, está grávida de um mês. Seu segundo marido foi o jornalista Sérgio Vaz. Na fatídica manhã de quinta-feira, Regina viajou sozinha, embora pudesse ter a companhia de uma colega da revista Mais vida, a editora assistente de beleza, Katia Del Bianco, que só conseguiu passagem para o voo das 12h03. Foi o último voo da loba.

 



Caminhos cruzados


RONALDO JENKINS DE LEMOS
coronel-aviador, 51 anos

 

Foto: Carol Quintanilha

Menos de meia hora depois de o Fokker 100 cair, Ronaldo Jenkins de Lemos foi convocado no Rio pelo representante da resseguradora britânica Lloyds para investigar o acidente. Coronel-aviador na reserva desde 1991, Lemos comandou por 15 anos a Divisão de Investigação e Prevenção de Acidentes Aéreos da Aeronáutica e hoje é dono de uma empresa do ramo.

 

Uma hora e meia depois, Lemos desistiu de assumir a investigação. Soube que sua irmã, a jornalista Regina Lemos, estava entre as vítimas. A trágica coincidência também ocorreu com a psicóloga Cristina Secchin, que deu assistência a tripulantes da TAM que fariam voos posteriores ao acidente. Cristina era prima de Regina.

 


 

A ironia do herdeiro


ERNESTO IGEL
estudante, 28 anos

 

Filho do milionário Pery Igel, dono do Grupo Ultra, o jovem Ernesto Igel gostava de aventuras. Certa vez, cruzou as Américas a bordo de uma moto - de Nova York a São Paulo. Quando embarcava, porém, num avião da TAM, ele se sentia orgulhoso. Afinal, foi seu pai quem emprestou dinheiro para que o amigo da família Comandante Rolim comprasse o primeiro avião de sua frota.

 



Triste acaso


FLÁVIA F. FERNANDES
comissária de bordo, 22 anos

 

Foto: Carol Quintanilha

A aeromoça Flávia Fernandes não estava escalada para o voo 402. Na verdade, deveria voar para Brasília, e não para o Rio de Janeiro. "Ou alguém passou mal ou faltou. Caso contrário, ela não teria entrado no avião", contou a tia, Alice.

 

Há seis meses, Flávia havia passado por um susto. Ela foi refém durante um assalto a um avião da TAM ocorrido em São José dos Campos, no interior de São Paulo, e passou momentos difíceis sob a mira de metralhadoras. Flávia era jovem e bonita. Adorava se arrumar e pensava em se casar.

 


 

O prejuízo da seguradora

 

Foi um dia incomum na sede administrativa do Unibanco, em São Paulo. Oito executivos da instituição financeira haviam embarcado no voo 402 rumo ao Rio de Janeiro. Eles tinham compromissos variados, em diferentes lugares da capital carioca. Às duas horas da tarde, a assessoria de imprensa ainda fazia uma triagem em todos os departamentos do banco para saber se mais alguém, além dos profissionais mencionados na lista da TAM, estava no avião. O saldo final confirmado pelo Unibanco foram os oito mortos. Aluisio Calil Mathias estava entre eles.

 

Aos 28 anos de idade, Mathias ocupava a superintendência de Corporate Internacional do Unibanco. "Ele estava vivendo o melhor momento da carreira", contou o amigo Amizaque Catonho, que correu para o IML assim que soube do acidente. Outras vítimas foram Marcelo Ferrão, 28 anos, gerente da Unibanco Assets Management; Ariovaldo Riccioli, gerente de finanças e investimento; Carlos Mario Fournier Vieira, superintendente de finanças e investimento; Cristiano Gusmão Neto, superintendente de Corporate Internacional; Luiz Claudio Tamiello, assessor jurídico; Marcos Aurélio Rios e Marilene Gimenez Haddad, ambos gerentes da Unibanco Assets Management.

 

Melhor sorte teve Armando Gonçalves, gerente do setor de macroeconomia do banco. Na quarta-feira 30, véspera do acidente, ele tentou uma reserva no voo, mas não conseguiu. Para não ficar na lista de espera, decidiu seguir o caminho convencional da ponte aérea. Ao desembarcar no Rio de Janeiro, descobriu que nascera novamente. Como se não bastasse, o Unibanco responde por todos os seguros da companhia aérea e deverá bancar todos os prejuízos da tragédia.

 



"Papai não volta"


ARIOVALDO RICCIOLI
executivo, 32 anos

 

Foto: álbum

de família

Gerente de finanças e investimento do Unibanco, casado com Eliane e pai das meninas Gabriela, de dois anos e meio, e Isabela, de três meses, Ariovaldo Riccioli viajava com frequência ao Rio a negócios.

 

Na manhã de quinta-feira, a filha Gabriela perguntou à mãe pelo pai. "Ele foi ao Rio e volta à noite", respondeu Eliane. "Não, mãe, o avião dele caiu e ele não volta mais", retrucou Gabriela. A mãe tentou desconversar, dizendo que aquilo era besteira da filha. Minutos depois, ao ligar a televisão teve a confirmação da premonição há pouco demonstrada pela pequena Gabriela.

 


 

À espera do filho


HENRIQUE M. TRINDADE
engenheiro, 32 anos

 

A morte do engenheiro pós-graduado em marketing Henrique Trindade é duplamente cruel. Atual gerente geral do Cartão Real Visa, ele deixa a filha Roberta e a esposa Kátia grávida de cinco meses de um menino. "A família crescia exatamente como eles haviam planejado", lamenta a amiga Maria Cecília.

 



Só de avião


HAMILTON CIMIONI
empresário, 49 anos

 

Proprietário de um frigorífico, Cimioni era de uma tradicional família curitibana. Empresário de sucesso, andava com seguranças e só gostava de viajar de avião. Era casado, pai de três filhos e tinha chegado a São Paulo na noite de quarta-feira para embarcar na manhã seguinte para o Rio, para mais uma reunião de negócios. Um de seus seguranças, Dimas Guimarães, foi ao IML para ajudar na identificação, mas não conseguiu.

 



Morte na rua


TADAO FUNADA,
pedreiro, 60 anos

 

Corpo em chamas, o pedreiro Tadao Funada despencou de um prédio de dois andares na esquina das ruas Luís Orsini de Castro e Victor Eugênio do Sacramento. "Fui tentar ajudar, mas ele já estava morto. Parecia um boneco carbonizado", disse o marceneiro Washington Luis Abreu e Silva. O mais provável é que tenha sido queimado pelo querosene derramado pelo avião.
 


 

Vítima americana


DAVID FRANCIS TOBOLLA
diretor financeiro, 40 anos

 

Apaixonado pelo Brasil, o executivo americano David Francis Tobolla morava há um ano e meio em São Paulo. Funcionário de carreira do maior banco do mundo, o Citibank, poderia escolher qualquer canto do planeta para trabalhar, mas optou pela filial paulista graças à influência de sua esposa brasileira. Aos 40 anos, era diretor financeiro da área de pessoa física da instituição.
 


 

Com lugar marcado


HENRIQUE MENTONI FILHO
executivo, 40 anos

 

O administrador sênior de fundos Henrique Mentoni Filho costumava viajar duas vezes por mês ao Rio para reuniões com executivos de sua carteira de clientes. Acreditava que o voo 402 era perfeito porque tinha lugar marcado, ao contrário da ponte-aérea. Paulista, 40 anos, Mentoni era separado, tinha duas filhas e trabalhava no Chase Manhattan Bank.
 


 

Vida realizada
LAÉRCIO CREMASCO
executivo, 42 anos

 

O mais perto que o gerente havia passado da morte foi há alguns anos, quando sofreu um acidente de barco. Mesmo assim, considerava-se um homem de sorte. Estava satisfeito com a carreira. "Ele tinha alcançado todos os seus objetivos", contou o irmão Levi. Executivo do Laboratório Farmacêutico Boehringer De Angeli, Cremasco encarava a ponte aérea duas a três vezes por mês.
 


 

Horror

"Achei que ia morrer esmagada"


LOURDES DE SOUZA
dona de casa, 56 anos

 

Um avião em chamas passou pela cabeça da dona de casa Lourdes de Souza. Há 30 anos, ela mora na rua Dr. Victor Eugênio do Sacramento, ao lado do segundo prédio atingido pelo avião. Estava tranquilamente no quintal de sua casa, lavando com uma mangueira sua cachorra Laika, uma pastora alemã, quando a tragédia aconteceu. "O avião com as luzes acesas e piscando passou e estremeceu tudo. Achei que ia morrer esmagada, mas ele continuou reto, largando combustível. O barulho era infernal. Começou a pegar fogo nas coisas do quintal, mas fui apagando com a mangueira. Quando entrei em casa, meu filho de 18 anos estava debaixo da mesa da cozinha", relembra Lourdes.

 



Pouso na cama


JORGE TADEU DA SILVA
professor, 38 anos

 

Os pais Natividade, 62 anos, e Arnaldo Conceição da Silva, 66 anos, moravam no sobrado colado ao do filho Jorge na rua Luís Orsini de Castro. O casal havia acabado de comprar seu primeiro carro zero, um Logus. No final de semana, a garagem foi reformada e pouco antes do acidente, eles estavam na janela do quarto, examinando o teto da obra. Assim que desceram para tomar o café da manhã, aconteceu a tragédia. "O trem de pouso do avião foi parar em cima da cama dos meus pais", conta Jorge. "Escaparam pelos fundos, pois há uma comunicação com o meu sobrado."

 

 



Visão da varanda


REGINA MASCAGNI
professora, 40 anos

 

A 500 metros do local do acidente, Regina Mascagni acompanhava o Fokker 100 da sacada do 12o andar do prédio onde mora. "Achei estranho o avião subir e em seguida perder velocidade." A professora se diz convencida de que o piloto seguia em linha reta e, ao perceber que poderia cair sobre uma escola, teria dado uma guinada à direita. "Ele começava a perder velocidade e, de repente, desviou para a direita e a asa bateu no prédio em frente." Por muito pouco, os 2,4 mil alunos da Escola Estadual de Primeiro e Segundo Graus Doutor Ângelo Mendes de Almeida não entraram na lista das vítimas. A escola fica na rota de passagem dos aviões e só escapou de ser atingida por pura sorte. "Os alunos ficaram em pânico", contou a inspetora Marilda Ferreira Branco.

 



"Pareciam bombas"


HUMBERTO COELHO
bancário, 40 anos

 

Morador de uma rua próxima ao local da queda do avião, Coelho foi um dos primeiros a chegar e encontrou um cenário de horror. "Pareciam bombas explodindo. Ajudei a tirar um senhor de uma das casas, mas ele não conseguia se mexer. Sua casa havia sido totalmente destruída", contou. O tenente-coronel do Corpo de Bombeiros Leopoldo Correia Filho também ajudou no resgate: "Era uma visão dantesca."

 



Labaredas no céu


MARIA A. DE OLIVEIRA
dona de casa, 48 anos

 

A rua estava vazia. A 150 metros dos primeiros prédios atingidos pelo Fokker 100, Maria Aparecida de Oliveira esperava o ônibus no ponto. De repente, apareceu um avião voando baixo, que atingiu em cheio o alto do edifício da esquina. "Depois, bateu num apartamento do prédio do outro lado da rua, fazendo um estrondo enorme. O avião foi caindo para a rua de trás e soltando labaredas. As bolas de fogo se espalhavam para todos os lados", conta Maria Aparecida. A esta altura ela já estava correndo na direção contrária. "Só quando pararam de cair, voltei para minha casa."

 



Alívio

Escapou graças ao pãozinho


MARIA HELENA DA SILVA
desempregada, 25 anos

 

Foto: Alex

Soletto

Sem emprego, Maria Helena veio de Ipatinga, Minas Gerais, para tentar a sorte em São Paulo. Hospedou-se na casa dos amigos Sandra, 18 anos, e Daílson, 25 anos. "Eles foram muito legais em me deixar morar lá", disse ela, que ajudava nos afazeres da casa.

 

Na manhã de quinta-feira, ela levantou cedo e foi à padaria, que fica no fim da rua. Ouviu um estrondo. "Senti um cheiro de queimado e logo virei para trás. Vi o avião caindo. Cheguei mais perto e vi a casa onde morava pegando fogo. Fiquei desesperada, meus amigos estavam lá dentro", conta Maria Helena. "Agora não sei para onde vou."

 


 

Salvo pelo trânsito


LUIZ CARLOS RELVA
consultor técnico, 48 anos

 

Foto: Pedro

Agilson

O motorista de táxi ouviu poucas e boas do passageiro Luiz Carlos Relva na manhã do acidente. De Alphaville ao aeroporto, Relva pedia mais velocidade para não perder o voo.

 

Horas depois, já no Rio, agradecia emocionado ao caótico trânsito paulistano. "Estou renascendo novamente", comemorava. "A Castelo Branco salvou a minha vida."

 



Nervosismo na ponte aérea


NIZAN GUANAES
publicitário, 37 anos

 

Uma agitação fora do comum na sala de espera da ponte aérea chamou a atenção do publicitário Nizan Guanaes, que aguardava o embarque para o Rio. "As pessoas estavam muito tensas e os telefones celulares não paravam de tocar", lembra Nizan. Segundos depois, funcionários do aeroporto comunicaram o acontecido. No início da tarde da quinta-feira 31, Nizan voltou a São Paulo, ligeiramente nervoso, mas confiante de que, pela lei das probabilidades, seria muito difícil acontecer uma nova fatalidade naquele mesmo dia.
 


 

Boa nova no IML


PAULO SÉRGIO LOPES
operador de câmbio, 27 anos

 

Foto: Alex

Soletto

O operador de câmbio do BCN Paulo Sérgio Lopes, 27 anos, chegou ao IML apavorado. Recebeu por telefone a notícia do acidente e pensou que seu tio, Luís Roberto Cardoso, que trabalha no ramo de informática, estivesse no voo. "Ele sempre viaja pela TAM e no horário do acidente", contou Paulo Sérgio.

 

"Quando vi a lista de passageiros foi um verdadeiro alívio", disse o operador, que logo em seguida recebeu uma ligação de seu tio ao celular. "Agora que estou tranqüilo vou ao hemocentro doar sangue. Tem muita gente precisando."

 


 

Fonte: Revista Isto É (6 de novembro de 1996) - Reportagem de Álvaro Almeida, Andréa Michael, Andréia Ferreira, Celso Fonseca, Cilene Pereira, Darcio Oliveira, Edna Dantas, Gilberto Nascimento, Lu Gomes, Luciana Peluso, Luiza Villaméa, Mário Simas Filho, Rita Moraes (SP); Hélio Contreiras, Valéria Propato (RJ); Andrei Meireles, Eliane Trindade (DF)

 


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